Boiando em Moçambique

Desventuras de Rafael Moralez na África


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Crônicas

Saudações

 

Ando escrevendo umas crônicas para o site Nada Pop, caso tenham curiosidade segue o link:

http://nadapop.com.br/category/cronicas/

 

Fora isso continuo no doutorado e em breve vou para algum lugar que ainda não sei!
espero que todos estejam bem!

 

Grande abraço!Dazed_red


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Fique bem

Saudações

 

Morei em Paris uns anos atrás, cidade boa!

Era tranquilo, tomava vinho… …na época houveram ameças de ataques terroristas, saí de bicicleta de madrugada fotografar os lugares vazios, nesse dia só tinha eu e a polícia nas ruas.

Tomara que tudo fique bem logo por lá!

Tem umas fotos nesse link!

 

Abrs!

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.158513050833853.34967.100000254766019&type=1&l=fb4d2fcd19


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Novas

Hey!

 

Muito tempo que não escrevo aqui! Talvez porque faz tempo que não faço uma viagem grande de verdade!

No momento faço viagens acadêmicas, por conta do doutorado que curso fico lendo um monte de coisa e só a cabeça vai, a barriga cresce e as horas na frente do computador também.

Estou maquinando um jeito de botar o pé no mundo mais uma vez!

Talvez volte a escrever sobre São Paulo… …dá pra viajar na cidade!

Ou dou uma bica em tudo isso e saio pedalar que é o que me faz feliz de verdade!

 

Abrazos!

 

??????????????

Maquinando a saída!

 


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França, Moçambique e Brasil

Olás

Aqui tudo caminha em um bom janeiro… …2000 e crazy como disse amiga minha!

Recebi um e-mail da editora Balão, que lançou esse blog no formato livro, eles receberem um e-mail de um professor francês chamado René Pélissier que escreveu um artigo sobre a Àfrica onde cita o Boiando em Moçambique.

O link para a revista acadêmica onde ele publicou vai logo abaixo e vou dar um jeito de colocar a página onde cita o livro aqui. Ele fala bem do Boiando em Moçambique e diz que posso ganhar a vida escrevendo sobre viagens caso o mestrado não dê dinheiro.

Bom que o mestrado não vai dar dinheiro isso é certo… …quanto a ser escritor de viagens estou trabalhando pra conseguir alguma coisa nesse sentido.

http://www.africanos.eu/ceaup/index.php?p=k&type=AS&pub=92&s=2

Citação do professor René Pelissier

Citação do professor René Pelissier

É bom ser citado, afinal algum tipo de reconhecimento é sempre interessante. O Brasil é legal mas as vezes encheo saquito e dá vontade de ir lá longe ver o que tá acontecendo.

Enquanto isso vou escrever para o professor René dizendo que muito agradecido estou e que em breve cito ele também em alguma coisa que escrever por aqui.

Teve show do Bootsy Collins e eu perdi, tinha convite mas não fui!

Agora vou estudar mais porque senão o mestrado não vai dar em nada mesmo!

Grande abraço!

Ao som de Philip Glass


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Das Micareta

dançarina

dançarina

Das Micareta

Se o carnaval fosse na Alemanha ou em terras nórdicas a festa se chamaria Das Wunf Carneval, e um carnaval fora de época seria denominado Das Micareta. Como isso tudo acontece aqui pelo Brésil mesmo temo nome de Carnaval e Micareta, o que cabe melhor ao festejo popular.

Um carnaval fora de época é chamado de Micareta.

Uma Micareta fora de época é o próprio Carnaval. Pai da Micareta. Sacaste.

Sacaste o sarcasmo? Isso tudo pra dizer que a sociedade agora entra naquele modo de funcionamento onde nada de sério é resolvido porque logo-mais-tem-o-carnaval… …e daí, depois tem páscoa, então também não dá pra resolver nada antes da páscoa?

Resolvi que voltarei a escrever pelo menos duas vezes por semana nesse blog. Coisas de São Paulo e planos mirabolantes para o futuro.

No momento faço um segundo mestrado… …não me perguntem porque estou fazendo um segundo mestrado, não sei responder essa pergunta, mas é fato, daqui a pouco acaba ele, eu acho!

No momento em São Paulo, e por aqui fico mais uns meses, depois parto… …a dor do parto! A felicidade do parto!

Um desenho que me pariu!!

Ao som de Red fang, banda nova que conheci e é boa pacas!

Abrazos!


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Matéria no Blog da MTv

Mundo árabe

Mundo árabe

Hey !!!

Tudo bem!

Quanto tempo não escrevo aqui… …acho que voltarei a fazer isso viu! Deu saudade de postar as coisas diariamente… …na verdade deu vontade de sair mundo afora de novo, mas isso são outros quinhentos!

Olha só, saiu no blog da MTv (aquele canal que um dia, a muito tempo atrás, tocava música, rock sabe!!!) então eles publicaram uma matéria sobre o livro e eu dei uma pequena entrevistas em vídeo.

Lê lá meu!!!

ó o link – http://valerumlivro.mtv.uol.com.br/2012/07/12/boiando-com-rafael-moralez/

Por aqui ando em São Paulo de novo, faço um segundo mestrado, não sei ao certo porque faço isso, mas faço!

Ando de bike quando não chove, desenho bastante, tomo chá, comi um macarrão bom hoje e de vez em quando escrevo umas coisas aqui e outras ali!

Ah minhas costas não doem mais… …isso é bom, muito bom!

Então se você não leu o blog vai lá embaixo no primeiro post e começa de lá, esses último são sobre Paris, um lugar cheio de franceses que gostam de  queijo e vinho… …eu também gosto e não sou francês nasci em Piracicaba!

Grande abraço a todos e volto a escrever aqui, antes vou fazer um chá de hortelã ali e já volto!

Rafa

Ao som de  – chuva paulistana


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Expo no RJ

Hey pessoas!

Então tá assim… …eu aqui continuo estudando pacas… …mas tem acontecido um movimento interessante com as ilustrações. A exposição saiu do Jazz nos Fundos em São Paulo e foi para o Rio de Janeiro, em uma galeria que chama Reserva+, muito legals isso tudo!

Agora vou caçar outro lugar aqui em Sp pra quando os quadros voltarem!

Penso em voltar a escrita aqui nesse blog… …Seo Moralez, meu pai, disse que estou perdendo tempo, acho que sim!

Então vou procurar uns assuntos que sejam interessantes para aqui dizer algo a respeito!

Mando uma foto da exposição carioca!

Abratos!

A exposição ficou assim... ...e tá sendo legal isso tudo!

A exposição ficou assim... ...e tá sendo legal isso tudo!


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Comicon

O Rio de Janeiro é o crime mano!!!  Falei isso umas trenzentas vezes desde que cheguei aqui! Mas a cidade é linda, o povo é gente fina, o chopp é tomado a qualquer momento (se bem que o de São Paulo é bem melhor!) e a praia funciona!

É verdade que estou em Ipanema e isso aqui parace um pouco com cenário de novela da TV Groba… …tem um outro lado do RJ que vi pouco ainda e que não me parece ser tão plástico como esse!

A Comicon foi bem legal, conhecer outros quadrinistas, trocar idéia com o Peter Kuper, criador do Spy x Spy, uns debates e ambiente que mostra que o quadrinho nacional tá crescendo e indo para um direção bem interessante!

E tinha fanzines, e tinha exposição do Will Eisner e um bando de coisa legal pacas…

Aqui quando se come uma coxinha você ganha um refrexxxco, não é suco não, é refrexxxco!

Não é bolacha é biscoito! Até porque não se fala bolacha, mas sim BUlacha! E se pedir uma bulacha perigas tomar um tapão na fuça! Mas disso aí todo mundo já sabe!

Mando aqui um abraço para Marques & Etelma, valeu a força aí no blog!

Vou imprimir uns desenhos bem grandes, formatro AO, fazer uns cartazes, quem quiser um me dá um toque!

Ainda fico por aqui até quinta… …vai rolar um chopp logo mais!

Mando umas fotos aí… ….o Rio é o crime mano!

Ipanema, janela do quarto do hotel... ...bem legal esse lugar aí!

Painéis na Comicon, a esquerda desenhos do parceiro Rodrigo Bueno pro Peixe Peludo, a direita desenhos meus!

O dia foi acabando amarelo!

E o fim do dia no Rio é bonito pacas!


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Londrix… …Londrina

Tem florzinha saturada!

Fui convidado como autor para participar do Festival Literário de Londrina e foi mais ou menos isso que rolou!

Sobre Londrix… …sob Londrix!

Eu estava quieto aqui em São Paulo – capetal, se é que é possível ficar quieto nessa cidade, quando recebi uma mensagem da Nadia dizendo assim:

“…ô fiote, tem um festival literário aqui em Londrina, e se pá você vai ser convidado, tá afins?”

Craro Cróvis, vamolá! Londrina eu conheço de outros tempos e sempre é bom voltar e dar uma espiada como a cidade se comporta. E ela se comporta bem mal… …nada, estava o maior barato lá! Me mandaram um passagem para as 6:00 da manhã, o que me fez ir pro aeroporto as 5:00, pra isso tive que acordar as 4:00, pra ficar com sono o resto do dia.

Mas fiquei pensando, “Quem diabos vai estar na mesa de debate comigo?”, tinha a mínima idéia, imaginei que poderia ter os mais distintos tipos… …bom isso é um tanto óbvio, não poderiam me convidar para participar de uma mesa com trigêmeos escritores de auto-ajuda, se bem que isso seria bastante interessante! Enfim só me restava esperar… …e esperei! Quando cheguei no teatro encontrei o Losnak, figuraça, gente fina e um baita escritor também! Um povo com cara estranha e umas pessoas meio loucas, mas isso faz bem… …é necessário diria! Há, no sentido de existir, porque sempre que há, algo existe, algo há. Se há, já existe, ou como disse não-lembro-quem “se existe o nome do bicho, o bicho existe”. O unicórnio existe, mesmo sem ser necessariamente um equino de chifres comercializado no Canal do Boi. Adoro o Canal do Boi, é um antro virtual de boys e bois butinudos comprando e vendendo picanhas em potência. Agora devo voltar aos estudos, isso sempre me acontece. Essas coisas sempre me atormentam, mas mesmo assim eu persisto… …e isso te interessa?

Tenho para mim que é complicado de associar coisas boas ao Canal do Boi, fico imaginando o contra regra do Canal do Boi, a gentil senhora do cafezinho do Canal do Boi, a secretária sertaneja do Canal do Boi, o boi do Canal do Boi, ando meio aficionado com essa história toda.

Melhor que o Canal do Boi só a TV Senado, mas aí já é muita baixaria. Fico imaginando o contra regra da TV Senado, os bastidores da TV Senado, o cafezinho da TV Senado, o raio que o parta da TV Senado.

Vou assinar uma TV a cabo, ou como dizem os americanos “keibou”, adoro sotaques gringos, os americanos são os melhores. Os americanos são sempre os melhores. Em tudo, não importa o que. Tenho sorte de ter nascido na américa… …do sul, Deuzolivre ser um redneck, gosto mesmo é dessa lambança tropical, dessa malemolência e de toda brasilidade que me há em torno. Esse coqueiro que á coco, que é onde mato a minha sede. E o coqueiro pode dar mais alguma coisa que não coco?

Na mesa de debate tinha um povo legal pacas, nada a ver com trigêmeos albinos escritores de auto ajuda, estavam lá a Estrela Leminski, que é um baita garota inteligente e que faz símbolo de metal o que por si só já faz dela uma boa pessoa pra mim, estava também o Leprevost que é francês, ele não fala francês, mas ele é francês capiche!!! Ele tem um texto que é o maior barato e que me identifiquei um monte, não falei isso pra ele, mas vou mandar, esse escrito daí ele vai ficar sabendo. E também o Karleno Bocarro que é um baita escritor, nunca li uma linha dele, mas ele tem um cartão de visitas escrito assim “Karleno Bocarro – Escritor”, a coisa é séria ali viu! O tipo de sujeito que eu ficaria tomando cerveja e falando de coisa séria e bobagem a noite inteira!

O debate foi o maior barato até eu fiz pergunta pra mesa, afinal estava do lado de três escritores juramentados. No fim de tudo fomos tomar algumas poucas cervejas no restaurante Dona Menina, boa comida… …boa cerveja… …boas pessoas em volta… … até advogada de direitos autorais tinha lá na mesa caso alguém precisasse processar ou reclamar seus direitos. Se bem que não prestei muita atenção no que ela dizia, seu decote não me deixava pensar! Ela usava um sutinhém (gosto dessa palavra assim, e daí?) daqueles que a alça é transparente, e estava meio caída no ombro, a alça… …e isso me lembrou quando vou ao supermercado e a alça da sacola arrebenta… …vou parar por aqui porque isso não é um conto erótico com trigêmeos escritores transando com chiuauas, anãs albinas e alicates!

Depois nós íamos todos nos encontrar em um outro bar, que a Estrela ia cantar, o Leprevost ia tocar e o Karleno ia dançar, mas eu não fui… …a vida me levou pra outro lugar que eu não posso contar aqui… …mas foi divertido!

No outro dia acordei e pensei “Quer saber… …foda-se, sou escritor de hoje em diante!” e já pisei na sala dizendo, “…renasci em satã, sou escritor!!”, joguei fora a falsa modéstia e a incerteza! Bem melhor assim! Agradeço aos meus companheiros de mesa que não presenciaram a mudança, mas que são em parte responsáveis por ela devido às respostas que deram quando perguntei quando se sentiram escritores.

Depois passei um dia de ressaca, e fui assumir a bateria no show do Pedro e Nádia, a banda chama Encéfalos Acesos, é constituída de bateria no melhor estilo pedreiro, guitarra no talo e poesia na doce voz de Nadia Val… …passamos as músicas meia hora antes de tudo começar e foi o maior barato! Será que todo festival de literatura é assim?

Rafael Moralez, escritor (há, sentiu o drama da alcunha que me auto infligi)

Essa é a Brigitte, bonita ela né... ...é o dog da Malu... ...


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Pra Jarinu ou Janiru

Desce?

Houve um tempo que chegueava em casa e pensava “Pronto! Agora acabou! Já entreguei a dissertação e tudo acabou! Página virada! Nunca mais vou me enfiar nesse enrosco de pós-graduação!”

Mentira!

Tudo Mentira!!

E não é que eu to fazendo um segundo mestrado uêbaaaaa!

Incrivis!!! (como diria o Mussum!)

Agora me encontro atolado de coisas para fazer mas isso é problema meu! Ninguém tem a ver com isso!

Bom voltando ao assunto de sempre dias atrás… …pedalar… … fui subir de bicicleta uma ladeira que tem por aqui!

Na verdade estava indo ao sítio que uns amigos estavam no fim de semana em  um lugar que dizem que chama Janiru, mas que todo mundo chama de Janiru! Capiche!!

Fica uns 70 km de São Paulo e eu saí muito bem preparado de bicicleta sábado as 11:00 da manhã com o sol na testa, de ressaca com 4 laranjas no alforje, sem crédito no celular e um mapa que imprimi de última hora mas que não estava lá essas coisas!

Ou seja… …tinha tudo… …TUDO, pra dar certo!!

Já de cara pedalei a ladeira da Cantareira  que é de lascar! Ô subidinha chata! Mas cheguei bem e lá em cima tive um entusiasmado papo com o pessoal da polícia que como sempre foram extremamente solícitos, educados e simpáticos! Ah como gosto de conversar com o Seo Poliça!!

Passada a fase Swat (ou Chips, se preferir) desci uma baita de uma ladeira que levou um tempão, não sei quanto, estava mais preocupado em não sair da estrada já que nunca freio em descida, só desvio!

Frear bicicleta na descida é coisa pra maricas! Não se freia mas sim desvia-se, se não der pra desviar, segura a bronca do que te acontecer!

Frear é igual capacete, coisa de maricas!

Encontrei um gambá morto na estrada, foi legal!

Tava lá parado, meio caladão!

Mas eis que me vejo na zona rural, já tinha pedalado uns 40 km, e não sabia mais pra onde ir, para qual direção ir. A idéia era ir de São Paulo até essa tal de Jarinu de bicicleta pela zona rural.

Pensei… …bom, vou consultar o mapa, coloco a mão no bolso e percebo que perdi o mapa!

MA GA VI LHA!!

Pensei… …bom vou perguntar pra esse tiozinho matuto aqui que deve saber tudo da região e vai me indicar um atalho por onde chego lá em 20 minutos.

Segue o diálogo:

– Boa tarde, o Senhor sabe pra que lado fica a cidade de Jarinu?

– … (silêncio)

– A cidade de jarinu sabe?

– … nué aqui não fio!!!!

– Bom, então fudeu!

Mas nesse exato momento um amigo que estava no sítio me ligou no celular e me deu as coordenadas!

Sei que pedalei mais umas 4 horas e cheguei lá no fim do dia com direito a uma carona para os 20 km finais!

Moral da história: “Nunca saia de ressaca, as 11:00 da manhã, com 4 laranjas e sem um bom, veja bem eu disse BOM, mapa!”

Agora vou escrever uma merda de um artiguinho encardido pra um porcaria de uma disciplina desse inferno dessa pós!

Depois foram dias preguiçosos com direito a piscina, comida boa, cerveja e um grupo de amigos cheio de filhos!!!

Abrazos!

Um ponto vermelho!


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Digital

Pois bem!!  Pois muito bem!

Depois de tudo o que acontece me vem mais essa!

O Povo da Balão colocou o livro pra vender no formato digital, e isso é legal pacas!!!

Tá aí o link para comprar! Mesmo se não for comprar clica nele só pra ver como ficou vai!!

http://www.gatosabido.com.br/ebook-download/151528/rafael-moralez-boiando-em-mocambique.html

Não gosto muito da palavra “link”, acho que deveria ser “lonk”, ou “fonk”, alguma coisa assim, link me lembra amarelo e coisas pequenininhas… …acho que essa relação cor/som/tamanho semrpe me acompanh0u!

Azul tem som médio e é normal

Vermelho é mais pro agudo e maior que o normal

Preto é grave e gigante

Roxo é grave e grande

Compreende?

Bom… …ando estudando muito, tentando escrever uma coisa aqui e outra ali, e procurando um jeito de ir embora de São Paulo, ir embora do Brasil!

Missão tripulada pra marte tô dentro!

Fui indicado ao prêmio HQMix como roteirista revelação por causa da HQ Peixe Peludo. que escrevi e o Rodrigo Bueno desenhou! Grandiscoisa diz aí!

Mas se rolar vai ser legal, e só de ser indicado já é um baita orgulho. O Peixe foi indicado como melhor album nacional e o Rodrigo como  melhor desenhista revelação! Vamos ver que bicho vai dar tudo isso aí!

Abaixo vai uma poesia concreta:

Se fosse do Leminski todo mundo ia pagar maior pau... ...como é meu ninguém tá nem aí!

 

Um abarço elefante pra foto bundo!!

Rafa


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Dos agradecimentos

Pois bem… …lançamos o livro, a editora fez ele ficar bem legal, e naturalmente esse movimento todo gera movimento em outras bandas.

E onde é que gerou um movimento também?

Em Moçambique uêba!!!!!

Ando recebendo uns e-mails de lá, sempre recebi, mas agora eles voltaram a chegar, e tem dois tipos de e-mails que de lá recebi, 99% são e-mail elogiosos e de admiração por divulgar e tornar público a beleza de lugares como Katsanha, Mussacama, ou então são pessoas enaltecendo a beleza da música do Kasupe Jazz Band, e realmente eles são muito bons, coloco abaixo o link para quem não ouviu, vale a pena:

http://www.youtube.com/watch?v=i36Y_1EahA4

Recebi também um emocionado e-mail de um cidadão que teve sua infância em Boroma, e que me agradecia por levar a ela virtualmente um pouco da terra quente em que nasceu e cresceu, pediu que levasse essa imagem ao máximo de pessoas que eu puder, e aqui respondo, vou fazer isso, já estou fazendo.

Tem também um e-mail muito bacana do filho do homem que desenhou o rótulo da cerveja 2M, uma cerveja tipicamente moçambicana que muito tomei, pena não poder conhecê-lo pessoalmente.

Acabo de ver um comentário de um dos participantes do Nhau, um tipo de religião local em que o dançarino entra em transe e fica dias sem falar com outras pessoas e sem ser ele mesmo, mas sim possuído por um algum tipo de ente supramundano, vem através da dança se expressar entre nós. Bonito pacas, pena não ter conseguido entender direito o que é tudo aquilo.

Confesso que me dá saudade daquela gente e dos lugares que fui e que não fui também, agora estou vinculado a uns trabalhos que me não dá pra largar pra sair por aí sem rumo.

Tem também outro tipo de e-mail, que são de algumas pessoas que não sabem ler, ou não enxergam, o respeito e admiração por detrás de uma escrita bem humorada. Mas deles eu prefiro não perder meu tempo aqui, prefiro sim agradecer a todos esses moçambicanos que me enviam mensagens e deixo aqui de novo minha admiração e respeito por todos vocês ok!

Agora começo aqui uma segunda pós-graduação o que me mantém em São Paulo por um bom tempo… …tomara que não!

Rio Pinheiros em São Paulo, a luz é bonita, pena que o rio não está tão bem assim!

Rio Pinheiros em São Paulo, a luz é bonita, pena que o rio não está tão bem assim!

Abrazos!


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Axé!

Junto com o livro Boiando em Moçambique saiu um fanzine intitulado Produto do Ócio/Boiando em Moçanzine, o link para baixar a verão virtual do zine tá aqui ó:

http://hotfile.com/dl/114322589/65668f1/BOIANDO7.rar.html

Tive o privilégio de contar com três bons cartunistas que fizeram umas HQs bem legais!

A capa ficou boa também, é um embondeiro… …eu que fiz z capa por isso que ficou tão boa assim!

Embondeiro com folhas retícula

Baixa aí meu!!!

E agora apresento os Balões… …o pessoal da editora Balão, abaixo Guilherme e Flávia em seu momento YO RAPPER! A Natália tá atrás da camêra tirando a foto e dançando break!

Certo mano!

E foi uma galera muito legal no lançamento, deu gosto de ver tanta gente se movimentando e tomando vinho branco ruim junto!

Uma visão lateral!

Visão do helicóptero... ...COMANDANTE HAMILTON, ME DÁ O MAPA DO LANÇAMENTO COMANDANTE HAMILTON, ONDE ESTÁ O AUTOR COMANDANTE HAMILTON!

Os Balões, Natália, Flávia e Guilherme Rapper, a editora mais gente fina de São Paulo!

Eu tenho uma capacidade para sair mal em foto que é incrível!

Agora eu tenho que correr atrás de uma montanha de coisa aqui!

Abraço no dog!

 


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Arremesso

Saudações paulistanas

Sim, pois em São Paulo me encontro, ou desencontro, mas com certeza, estou! Não acredito que o lugar seja necessário para o encontro consigo, mas alguns facilitam sobremaneira o exercício do encontrar.

Essa introdução foi pra dar uma enrolada, deu certo diz aí!?

Mas fato é que o livro foi lançado, arremessado… …e foi legal pacas! Reencontrei amigos que não via a muito tempo e outros que vejo sempre o que proporcionou um ambiente interessante. Agora a editora quer fazer outros lançamentos. Mas já foi lançado!

Se já houve lançamento, lançado está! Não se arremessa a mesma pedra duas vezes… …não sei, vou pensar melhor a respeito!

Mas pra quem quiser, o livro está sendo vendido na Livraria da Vila, loja da Fradique Coutinho – Vila Madalena, junto com o livro vem um Fanzine com histórias em quadrinhos sobre o tema do livro, então se você não encontrar o Fanzine na Livraria da Vila, me escreve que eu te mando um!

Se você quiser um fanzine sem ter comprado o livro me escreve que te envio do mesmo jeito! Agora se você quiser alguma outra coisa daí tem que conversar… …cês também são cheio de querê hein!!! Tá loco meu!!!

Coma Merluza! Leia o livro Universo em desencanto! Sorria você está sendo filmado!

Ando de bicicleta como sempre, hoje fui ao centrão resolver umas paradas, uma tabela resume o grau de nervosismo que o pequeno passeio gerou em minha já não tão pacífica mente, o resultado pode ser apresentado  e analisado no pequeno gráfico abaixo:

Gráfico que mostra a relação nervosismo/passeio de bicicleta até o centro de São paulo

 

Tem que clicar duas vezes no gráfico e depois que abrir em outra tela mais duas vezes em cima dele de novo pra poder ver direito! Você acha burpcrático? Reclama pro Bill Gates que inventou isso tudo aqui!

Percebam que ao sair da casa a preocupação maior são os ônibus e taxis que acompanhando a linha verde deixa claro minha intenção de que se eu tivesse uma arma ia dar merda… …ia faltar bala pra esses maluco aí! OO XICOTE IA ISTALÁ MANO!

Boy em carrão então é o pior mas deixemos esse assunto de lado, vamos falar de numismática, aquele monte de selo que não serve mais para enviar carta para lugar nenhum… …eita belezura hein!

Coma Merluza!!!

Coma Merluza

 

Depois do lançamento do livro esse blog voltou a ter muitos leitores, pelo menos a média de gente entrando e fuçando aqui! Legaus! Vou escrever sobre o que bem entender e quem quiser comentar tá limpo viu!

Abreizes!

Rafa


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E tudo caminha…

Pois bem que eu voltei faz tempo lá das terras moçambicanas. Na volta teve umas 8 reuniões de “AAAAAAAH o Moralez voltou, vamo comemorá!!!”, e depois fiquei um tempo caramujo em casa resolvendo o que fazer da vida e eis que em uma festa encontro a Natália, amiga minha e namorada do João Riveros, guitarrista da finada banda que eu tinha.

Ela falou que tinha lido o blog e que queria publicar… …o blog virou livro e o lançamento acontece dia 08/04 lá na Livraria da Vila que fica na Fradique Coutinho, Vila Madalena.

E saiu no estadão já, legaus né! Maior barato como dizia o Tim Maia!

O link para a matéria:

http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,um-brasileiro-boiando-em-mocambique,700409,0.htm

Há, no sentido de existir, porque sempre que há, algo existe, algo há. Se há, já existe, ou como disse não-lembro-quem “se existe o nome do bicho, o bicho existe”. O unicórnio existe, mesmo sem ser necessariamente um equino de chifres comercializado no Canal do Boi. Adoro o Canal do Boi, é um antro virtual de boys e bois butinudos comprando e vendendo picanhas em potência. Agora devo voltar aos estudos, isso sempre me acontece. Essas coisas sempre me atormentam, mas mesmo assim eu persisto… …e isso te interessa?

Tenho para mim que é complicado de associar coisas boas ao Canal do Boi, fico imaginando o contra regra do Canal do Boi, a gentil senhora do cafezinho do Canal do Boi, a secretária sertaneja do Canal do Boi, o boi do Canal do Boi, ando meio aficionado com essa história toda.

Melhor que o Canal do Boi só a TV Senado, mas aí já é muita baixaria. Fico imaginando o contra regra da TV Senado, os bastidores da TV Senado, o cafezinho da TV Senado, o raio que o parta da TV Senado.

Vou assinar uma TV a cabo, ou como dizem os americanos “keibou”, adoro sotaques gringos, os americanos são os melhores. Os americanos são sempre os melhores. Em tudo, não importa o que. Tenho sorte de ter nascido na américa… …do sul, Deuzolivre ser um redneck, gosto mesmo é dessa lambança tropical, dessa malemolência e de toda brasilidade que me há em torno. Esse coqueiro que á coco, que é onde mato a minha sede. E o coqueiro pode dar mais alguma coisa que não coco?

Abreuzos!!

Rafa

 


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Livros

Hey!

Tempos que aqui não escrevia!

Pois bem que eu fiz que fiz e disse que não ia fazer porque já tava tudo feito e daí aparece a Balão, editora, e me propõe de fazer um livro de tudo isso e de mais outras coisas!

E não é que saiu mesmo da idéia e vai tudo pro papel!

Incrivis!! Como diria o grande e saudoso Mussum!

Gosto do Mum-ha também mas isso não tem nada a ver com a história do Blog virar Livro!

Vou postar aqui a capa do livro e o release! E vai ter lançamento e tudo! daqui a pouco além de me encherem o saquito dizendo que sou poeta, o que não corresponde a realidade pois poesia nunca fiz e tampouco realizo o exercício de ler recorrentemente versos! Gosto de alguns mas nada que seja significativo! Prefiro uns artigos sobre filosofia e cousas do gênero!

Agora em São Paulo o clima está isotrópico! O que pode ser bom, ou não!

E daqui a pouco vou dar aula de português para um brasileiro-gringo, cousas como alguém que nasceu aqui mas viveu fora a vida todam então fala:

– Caipirinha de maracacudjá!

– Tá errado

– MaracuDJÁ!

– Não, caipirinha é de limão! Pode falar maracudjá, mas caipirinha de maracudjá não pode, tem queser de limão!

Compreende o nível da aula! Coisa fina!

O lançamento é dia 08 de abril na Livraria da Vila, da Fradique Coutinho – Vila Madalena, vou colocar o convite aqui!

Abraços e voltarei, e não Voltaire que e outro cara, a escrever aqui nesses dias!

Pra quem quiser ler é só chegar!

Abrazos!

Capa do livro, ficou lindona diz aí? O modelo ajuda!

Capa do livro, ficou lindona diz aí? O modelo ajuda!

 

O release


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Revista Fevereiro

Saudações

Pois bem não escrevo mais porque São Paulo não me diz tanta coisa, acho que já acostumei com o ar! Mas venho apresentar outra coisa agora!

Saiu o novo número da Revista Fevereiro, que é uma publicação de Filosofia Política, cultura e outras coisas mais, dessa vez eu ilustrei a parada!

O link é esse:

http://www.revistafevereiro.com/index.html

Dá uma olhada lá, tem artigos do Ruy Fausto, e do alexandre Carrasco, vale a pena ler!

Hoje 21/12 estaremos eu e Rodrigo Bueno no programa Metrópolis da TV Cultura falando sobre esse tal de quadrinho nacional e outras coisas mais!

E tem uma matéria que vai sair no Jornal da Tarde sobre o peixe Peludo, HQ por mim escrita e desenhada pelo Bueno!

Agora que parei em SP me ocupo com essas viagens mentais, até aparecer um outro lugar pra ir!

É isso aí!

Abreizes!

Rafa

Página principal do site da Revista Fevereiro

Página principal do site da Revista Fevereiro




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Um convite

Hey crazy people!!

Por aqui ainda tento recuperar minhas fotos de viagem, o HD não quer ressucistar, mas venho fazer um convite!

Eu mais meu camarada Rodrigo Bueno, grande desenhista, iremos lançar um álbum de HQ:

Dia 27/11 – Lançamento da HQ Peixe Peludo – Texto de Rafael Moralez e desenhos de Rodrigo Bueno

Onde: Livraria HQMix – Praça Franklin Rossevelt, 142 – Centro – São
…Paulo – SP

Lá pelas 19:00… …apareçe lá meu!!!!!

 

Tá aí a capa... ...ficou bonitinha hein!!!

Como diz meu amigo João Riveros… …quem for ganha um abraço meu e outro do Rodrigo… …ou não!

Abrazos!!

Rafa


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Revés

HD pifou!! 3 meses de foto estão por um fio!!!!!

30 horas em aeroporto!

SP e Santa Efigênia como boas vindas!

Tô na correria, daqui a pouco explico e escrevo!

Tem um livro saindo do forno, almanaque de HQ! Todos estão convidados pro lançamento pela Conrad!

O Blog virou livro, mas segundo a editora Balão só aparece ano que vem nas livrarias!

 

Abrazos!!

…a todos!!


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Sartre, punqui, outono e skin reds

 

Montparnasse tá ficando com cara de inverno

 

O inverno está chegando, na verdade estamos no outono mas tá frio e a cidade vai mudando aos pouquinhos. Os picnics nos jardins e parques acontece com menos frequência, sempre tem uma blusa na mochila, o vinho além de ser gostoso de beber carrega um certo calor pro nosso corpo e andar de bicicleta fica mais doído. O vento gelado corta o rosto. Estou ensaiando para dar mais uma volta de madrugada de vélo mas da uma preguiça danada. fui ver o Sartre e a Simone de Beauvoir ontem, estão lá os dois bem quietinhos, pensando na morte da bezerra. Depois pra variar fui num show de punqui rock que foi ruim pacas. Tinha um grupo grande de skin reds que não tem nada a ver com nazismo, é o skin red original que curte o som numa boa e não se importa com essa coisa de nazi não, aliás a banda skin foi a melhor da noite. Hoje eu não sei o que vai acontecer, como se algum dia soubéssemos!

Acho que visitar o Sartre me deixou um pouco confuso!

 

O homem, a árvore!

 

 

Sartre e Simone

 

 

Archi

architectural

 

 

Cai o sol...

 

 

Show skin red - Paris 2010

 

 

Show punqui - Paris 2010

 

 

Lugar bom para ouvir música pesada ruim!

 


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Vélos II

As bicicletas estão presentes o tempo todo. Ainda bem!!! E elas refletem muito a personalidade de seu proprietário. Eu penso isso pelo menos! Sempre que vejo alguém com essas mountain bikes de 70 marchas feita pela Nasa e que suporta profundidades de até 400 metros sinto uma coisa estranha! Pra que você quer uma super suspensão que aguenta 7 toneladas. Sei que tudo isso deve ter sua função para os competidores e profissionais do esporte, mas eu curto mesmo é pedalar por aí!

Ando fotografando algumas pela cidade… …lá vai!!!

Clássica

Bicicletas refletem a personalidade do dono!

Bicicletas refletem a personalidade do dono!

 

Desmanche ao ar livre

La poste... ...é bonita, mas pesaaaaada!

Monaretas

 

Strange people!

 

Sinuca

 

 

Quindim

 

Eu prefiro o meio de transporte branco!

 

 


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Abelhas, bicicletas, hardcore e o eixo da terra!

Tem dias com números interessantes, me lembro do dia 01/01/01, estava em Londrina e escrevi a data várias vezes.

Domingo foi 10/10/10 e teve uma baita manifestação aqui em Paris contra o aquecimento global chamada Global day, alguns shows, a francesada reunida nas praças e todo mundo andando de bicicleta.

 

liberté, egalité fraternité... ...franceses em manifestação!

Fiquei sabendo de uma bicicletada aqui, é um tipo de manifestação que acontece em São Paulo também, funciona da seguinte maneira.

Você junta o máximo de pessoas possível e organiza a parada de forma que ninguém se machuque, daí é só conduzir todo mundo de bike pelas ruas mais movimentadas da cidade de forma a azucrinar o maior número possível de motoristas, enquanto tudo isso acontece você pode olhar e rir da expressão dos motoristas de carro enquanto esperam as bicicletas passarem.

O evento tinha a saída programada para sair da frente do Louvre e lá fui eu. Achei que ia ser barulhento e uma baita festa, mas nada disso, todo mundo andando comportadamente e as vezes um ou outro tocava a campainha “trim, trim”… …adrenalina total!

 

 

Bikers reunidos antes do trim-trim coletivo

 

Saí em disparada ultrapassei todo mundo e filmei a passagem da turba, veja no vídeo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=gY1gNs7CXAE

Depois fui no Canal Saint Martin porque estava um dia bonito de sol e eu gosto daquele lugar, é bonito pacas!

 

Aqui, quando se tem sol ele é aproveitado!!

Se São Paulo tratasse seus rios poderíamos ter lugares maravilhosos, e tive a oportunidade de ver uma mini-orchestra-de-abelhas-perna-de-pau, veja o vídeo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=IjQyQNs__GM

 

 

As maiores abelhas do mundo tocavam standats do jazz, divertido!

 

Pra fechar o dia bem fui ver um show de hardcore que prometia ser pesado pacas, lá fui eu de novo sheio de boas intenções e qual minha surpresa ao perceber que eram umas bandas nada pesadas. Tinha uma só que era legal as outras eram de lascar o cano da botina.

Encontrei o pino da terra, fica na periferia de Paris, em um lugar que chama Noisy-champs!

Fui !!!

 

 

Axis, parece Niemeyer, mas não é!!!

 


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Castelos e zumbis

Todo rei tem seu castelo!

Mesmo que seja o da Pamonha que fica ali na Rodovia Castelo Branco! Aqui não é diferente, esse povo gosta pacas de castelo.

Pena não conhecerem todo o potencial daqueles destinados ao comércio de gostosuras feitas a base de Zea mays, ou milho para os mais íntimos do cereal em questão! Dias atrás fui ao Chateau de Vincennes que fica uns 30 minutos de bicicleta daqui do centro de Paris, e ele é bem legal!

Não tem a mesma graça e elegância que o da Pamonha... ...gosto daqueles arcos verdes e amarelos que lembra um milho e tals...

 

 

Não é grande não, mas tem um fosso interessante, nunca tinha visto um, e é realmente surpreendente… …puxa vida como um fosso muda a vida da gente não! Tem também a fossa que essa sim pode mudar a vida da gente. (Nossa esse trocadilho foi de matar de ruim!!!)

 

 

Maravilha de fosso hein!!!

 

E pra variar um igrejona dentro dos muros do castelo, pois conexão com o supramundano, o mundo do Jéza, não pode faltar quando se trata de reis, e essa sim é bem bonita, grande, alta, faz a gente se sentir um radinho de pilha lá dentro. Mas pergunto:

De que rei estamos falando?

Do rei do futebol Pelé?

Do rei Roberto “Beto”Carlos?

Do rei do baião Luiz Gonzaga?

Do rei dos reis , pai do Jéza?

Ou do verdadeiro rei… …sim o VERDADEIRO REI ELVIS “The Pelvis” PRESLEY, o rei do rock!!!!

Esse sim era rei. Era nada, tudo mentira, o rei do rock é o Jerry Lee Lewis, o Elvis era produto de uma gravadora lá dos EUA que eu não sei o nome, mas li isso em um livro. O Elvis era maior fantoche, mas tem carisma, e eu gosto dele e pronto!!!

 

 

Igreja em PB... ...foto arte... ...texturas...

 

 

 

Dentro da igreja, pé direito alto pra mostrar como você é pequeno diante de deus!

 

 

 

Belos vitrais, mandalas certo?

 

 

 

Gargulas do lado de fora, yeah!!!

 

Depois do castelinho da Pamonha fui em um show de rock zumbi e vi uma banda bem legal tocar rock limpo, rápido e simples, sem frescura. A banda chama The Cavaliers, filmei uma música no show e tá no youtube nesse link aqui ó:

http://www.youtube.com/watch?v=3k1cRi7bUew

Depois fiquei umas duas horas conversando com três zumbis que eram bem divertidos. Sim, porque se você estivesse vestido de zumbi não pagava pra entrar no show, e tinha várias pessoas fantasiadas lá, quando fui entrar olhei para a garota que vendia os convites e disse:

– Eu sou um zumbi!!

Ela me responde rindo que “…não, você não é um zumbi!!!”

– Claro que sou, é que morri ha pouco tempo!!!

– Paga a entrada logo vai!!

Pelo menos tentei certo! No fim os zumbis me deram um tubinho de sangue falso que era pra me incentivar a me vestir como morto-vivo nos próximos shows que eu for!

– …hmmmmm acho que não!

Amanhã talvez eu vá para Versalhes ver aquele outro castelão lá… …ou tem também o Museu do Esgoto pra ir, tô na dúvida ainda!

Abrazos!

 

 

The undead, os mortos-vivos, os zumbis franceses são sorridentes e simpáticos!

 

 

 

The Cavaliers on stage!

 


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Da comida e da comida na França

Muito se diz sobre a comida francesa. Muito se diz também sobre como trocar pneu sem machucar a roda do carro, muito se diz sobre criar canarinho da terra que canta que é uma beleza. Isso deixa claro que esse povo fala pra burro sobre qualquer coisa que apareça na frente. Mas isso não vem ao caso. Fato é que um mês atrás eu fui a um restaurante perto de um lugar grandão que tem aqui e que eu esqueci no nome e comi uma coisa que chama Andouillette com mostarda e que é bom pacas. Corte a cena aqui!

Ontem, estava eu passeando no supermarché Franprix quando vi uma coisa que parecia uma morcela, ou morcilla, que é aquele embutido com sangue e tals… …aliás quanto mais sangue envolvido na refeição mais divertida ela fica. Esse negócio de vegetarianismo é maior conversa furada, bom mesmo é kibe cru, carpaccio, churrasco mal passado. Na verdade eu fui vegetariano por uns dois anos, mas me recuperei e agora estou de volta as carnes e também respeito pacas quem é vegetariano porque cada um cuida da sua vida e quem sou eu pra dar pitaco no viver alheio! Leia o livro Libertação animal de um filósofo australiano chamado Peter Singer, é muito bom, lá ele te dá bons motivos para ser vegetariano. Como eu não escuto conselho sigo comendo as carnes todas.

Voltando a morcilla… …vi aquilo no balcão dos refrigerados e não resisti, comprei. Qual minha surpresa quando cortei a primeira fatia, aquela gordinha concava da ponta que começa “o viver” do embutido enquanto comida a ser consumida, o embutido era ruim. Não tinha o sabor que esperava e além do que nem sangue tinha. Deixe de lado e parti para os queijos que esses não tem erro. Corte novamente a cena!

Noite. Patricia chega em casa e resolvemos assar umas lingüiças, muito boas por sinal, que estavam no congelador, como quem não quer nada, e de maneira totalmente inconseqüente resolvi cortar uma grossa fatia daquela morcela horrorosa que de tarde havia experimentado e colocar para assar junto das saborosas lingüiças. Qual minha surpresa ao término do período de forno quando vi aquela rodelinha de morcila ser justamente o Andouillette que havia comido dias atrás.

TODO UM UNIVERSO SE ABRIU EM MINHA MENTE!

Me vi envolto em um turbilhão de sabores, é bom pacas!!! Acreditei que a humanidade era realmente algo a ser considerado como válida, mesmo com o Tiririca eleito, mesmo com a Hebe fazendo show cantando ainda valia apena viver e que a depespeito do que dizem o ser humano não faz só besteira… …ele fez o Andouillette. Corte a cena!

Hoje fui ao supermarché franprix, todo seguro de si para comprar mais um Andouillette e uma mostarda de Dijon, que é o melhor acompanhamento para o embutido em questão. De mostarda em punho paro diante do balcão refrigerado e minha mente congela! Não via nenhum Andouillette a minha frente. Respiração ofegante, ansioso corro os olhos… …e nada!!!

Meu mundo caiu! O Andouillette havia acabado!!! Sem encontrar sentido para a vida, já pensando em virar faquir ou um modelo da Louis Vuitton anoréxico que em suas entrevistas apenas iria repetir incessantemente Andouillette… … Andouillette… …perguntei a mocinha do supermarché se isso tudo era verdade! Se o Andouillette havia realmente acabado.

Ela me responde que não, tá aqui ó!!

Hoje, feliz da vida, asso um Andouillette e vou comer com mostarda que é bom pacas!

Fui!

Canal Saint Martin a noite!!!

Picnic gelado um pouco antes do tal do Andouillette!

Motoca bacana!


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Stairway to hell

E sabe quem continua bombando aqui na França? Sim, ele, o Brésil e seu presidente. Vi mais uma publicação com a capa toda dedicada ao meu país, mando a foto para vocês verem:

Aqui usei minha lente grande angular... ...tá bom vai eu nem sei o que é grande angular ainda!!!

Será que a Dilma vai sair tanto quanto ele?

Eu sei que a foto poderia ser melhor, mas há de se ter paciência, não se aprende a fotografar do dia pra noite, vocês todos são muito ansiosos e essa cobrança toda não tem espaço por aqui. Na verdade ninguém me cobrou nada e as pessoas até elogiam as fotos, escrevi tudo isso só pra criar um clima de tensão no ar. Veja bem eu disse Tensão!

Como tem bicicleta largada na rua nessa cidade. É incrivis! Algumas são depenadas e ficam só o quadro ou a roda. Acho que tem muita bicicleta porque o parisiense não tem espaço pra guardar ela em casa. Aqui mesmo eu deixava a minha no cour, que é como eles chamam o pátio do predinho onde resido. Dias depois apareceu um bilhetinho do sindico dizendo que não podia bicicleta ali. Dias depois o próprio veio falar comigo. Ameacei ele com uns safanões, não sem antes mostrar toda minha habilidade em jiu Jitsu, treino diariamente para o vale-tudo. Na verdade conversamos civilizadamente e ele me disse que por mais umas semanas não tem problema algum e que o condomínio é que está errado e que deveria providenciar um lugar para as bicicletas. De novo tentei criar certa tensão no texto vocês notaram?

Tem umas bicicletas que dão uma tristeza de ver:

Seul le squelette!!!

Depenaram geral, só sobrou a roda!

Tem umas bicicletas bonitinhas também:

Monaretas me deixam feliz!

Fui no Cité de l’Architecture et du Patrimoine, bem legal! Eles tem a escada para o inferno como podem ver na foto abaixo:

Stairway to hell

Agora vou fazer mais um tour de madrugada, dessa vez nas ruas menores, depois coloco as fotos aqui! E amanhã vou na loja da Prada experimentar umas roupas, só pra dar uma azucrinada no povo! Sei lá… …ver as pessoas nervosas me diverte!

De novo a tensão no ar!!!

Fui

Rafas


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Nuit blanche 2010

Ontem aconteceu a Nuit Blanche 2010 aqui em Paris, que nada mais é que a Virada Cultural francesa, ou seria a Virada Cultural a Nuit Blanche brasileira, não importa! Fui lá cheio de boas intenções andar e ver alguma coisa interessante de música, arte, seja lá que diabos eles queiram mostrar.

Diferente da versão paulistana onde milhares de pessoas caminham pelo centro de São Paulo de um lado pro outro tentando ver algum show o número de pessoas aqui é bem menor. A cidade é menor então tá tudo certo! Diferente também é que você não vê aqui aquele grupo de adolescentes bêbados de vinho barato ou devolvendo para a calçada o excesso etílico. O vinho aqui é bem melhor do que um Chapinha por exemplo, mas em compensação a cidade cheira a xixi. Um grande banheiro a céu aberto e fede bastante em alguns lugares como as ruazinhas pequenas que todo mundo chama de cantinhos-charmosos-de-Paris, pode-se chamar também de cantinho-onde-os-beldo-fazem-xixi-na-rua-em-Paris.

E isso acontece o tempo inteiro, não é por causda Nuit Blanche não, em qualquer dia normal tem um francês fazendo um xixizinho na rua numa boa. Dias atrás li uma matéria no Le monde (há, eu to mala pacas hein!! Lendo o Le Monde!!!) de umas feministas que diziam que o xixi na rua de Paris é uma coisa machista de marcar território como os animais, pois só eles podem fazer na rua, elas tem que necessariamente ir a um banheiro, pela dificuldade técnica de baixar as calças e daí fazer xixi, enquanto o homem pode fazer em pé em qualquer lugar. Pensei que elas poderiam fazer o xixi num potinho e jogar daí na rua! Bastante civilizado e assim todo mundo pode jogar xixi onde bem entender! Falta boa vontade desse povo também né!

Voltemos a Nuit Blanche. As atrações tinham filas muito grandes, muito mesmo. Encarei uma pra ver o que rolava lá dentro do lugar, era alguma coisa que prometia uma instalação. Nunca gostei dessa coisa de instalação ou performance, acho chato e geralmente é alguma coisa que só faz sentido pro autor, aquele negócio meio texturas-sou-artista-vídeomaker-já-trabalhei-com-publicidade-gosto-de-comida-japonesa-e-vou-em-balada-no-Itaim… …tô fora! E não é que foi assim!!! Quando entrei no lugar, depois de uma meia hora de fila, tinha lá, quatro telas grandes de 5 metros cada uma com um vídeo de mulas pastando em um campo vazio… …e lá ficavam as mulinhas bonitinhas de um lado para o outro do vídeo, e a francesada falando baixinho e fazendo de conta que aquilo ali era uma puta experiência sensorial. Eu cresci no interior e cansei de ver cavalo e mula pastando, posso afirmar que ao vivo ou em vídeo isso não se configura como experiência-sensorial-fantástica, com todo respeito e admiração que tenho por esses animais. Por todos os animais!

Só não dá pra levar a sério ser humano que faz instalação e performance dessas. Ai num dá né! Talvez ele quisesse mostrar o vazio do existir e as coitadas das mulinhas entraram no filme-performance-instalação dele sem querer.

Tinha também outro lugar com um cinema ao ar livre numa praça que passava animações. Esse sim era legal e ainda tinha uma sopa de cebola por 2 euros que matou a fome numa boa!

Vou andar de bike!

Fui!!!

Pati na pracinha do cinema ao ar livre com a sopa de cebola em punho e minha nova bike a frente!

Instituto do Mundo Árabe a noite, estrelinhas no chão!

Ele necessariamente não gostou de sair na foto!


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Da música e da música francesa

Bom mesmo é Cauby Peixoto, aquele vozeirão cantando “Conceiçãooooo, eu me lembro muito bem…”, ou o Nelson Gonçalves cantando “A Volta do Boêmio”, isso sim!

Tenho corrido atrás da música e da música francesa e não tem sido nada fácil. Fui em uns shows de metal, ska e punk e vi algumas coisas que eles próprios denominam como chaoscore, neo-crust, fastcore… …ok, é tudo metal pra mim e tá valendo.

Fui também num show de ska muito legal, conheci uma banda que chama Guarapita filmei uma música deles também, vale a pena ver, o show era nu squat com preço livre, você paga o quanto quiser fica uma caixa e você deposita ali suas moedas e notas, muito coletivo e organizado o negócio, veja o video da banda:

http://www.youtube.com/watch?v=gUOxdAQKRrs

Gosto dessa coisa que chamam de música pesada, mas ficar com firulas que eu toco grind-core-sgrunfth-com-limão-sem-camisa-e-muito-gelo não tem muita importância pra mim. Noites atrás vi quatro bandas bem pesadas aqui, foi interessante, era num squat no centro de Paris. Veja os nomes das bandas Hongo da Espanha, Sakatat da Turquia, Kasatka da Belgica e Nesseria da França. O interessante é que mesmo a atmosfera sendo metaleira e o lugar um squat tudo era muito pacífico e perfumado, parecia a hora do recreio-metal. Todo mundo com o uniforme de metaleiro, cabelo bem penteado e lavado, banquinhas de produtos como fitas demo, patchs, broches e camisetas (comprei uma por sinal) e o fatídico cachorro que acompanha esse povo em tudo que é lugar que eles vão. Sempre tem um dog na balada, é interessante.

Como estava perto de um bar que chama La cantada, e é de metal também fui lá ver o que rolava no bar, e qual minha surpresa?!!!  NÃO ROLAVA NADA! Tava vazio de dar dó! Ninguém, nem um mísero metaleirinho pra trocar uma idéia e falar mal do Metallica tinha lá!

Como já estava com o ouvido zunindo depois de 3 horas de música alta fui pra casa dormir. Lembrei que uma vez em Moçambique estava na fila da ponte esperando ela abrir pra poder passar e veio um vendedor ambulante oferecendo CDs de músicas moçambicanas, mas era um tipo de regaton, uma coisa meio funk que eu não curto muito e na hora eu estava no carro ouvindo Slayer, aumentei o som e pedi a opinião dele, isso foi filmado e pode ser assistido no vídeo link abaixo. Tentei apresentar o Slayer pra ele mas acho que não curtiu muito não! Segue o link:

http://www.youtube.com/watch?v=VMHcK3wUrJ4

E tem esses dois vídeos que fiz dos shows da noite metal-from-hell-perfumado:

http://www.youtube.com/watch?v=Jfhs66IL768

http://www.youtube.com/watch?v=Bld4THLycgk

Obs**fotografar show é uma coisa difícil!

Falous

Rafa

Hongo Neo-crust da Espanha... ...boa música!

kasatka - Fastcore da Bélgica, uma guitar e uma bateria, bem bom!

Perfumada audiência no show do Sakatat - Grindcore da Turquia


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Paris promenades de nuit

Paris é uma festa! Hemingway já dizia isso e eu concordo! Mas se você não tem documento europeu ou muita grana você não tá convidado pra festa… …ENTÃO TU NÃO ENTRA MÁI BRÓDI!! Como vim a passeio e estudo por mim tá limpo, os Sans papiers que cuidem de seus problemas!

Fato é que aqui tem gente pacas! Tem gente saindo pelo ladrão e eu não gosto dessa coisa de ser humano confesso que prefiro os animais! Mas já que pertenço a essa raça denominada como inteligente (embora duvide seriamente disso tudo) convivo com meus iguais e tento não chatear muito quem me rodeia. Tenho conseguido pouco, é verdade!

Ando lendo o Grande sertão: veredas, que é de uma boniteza sem fim. Muito importante é atentar para os dois pontos que dividem o título do livro, mais adiante falo mais sobre isso. Recomendo o livro acima, é necessário, é fundamental sua leitura, me faz acreditar um pouco mais nessa bando de carne e osso, chamados de gente, pessoas, que por aí andam. Ainda prefiro a Sofia, pastor belga que é inteligente pacas. Mais que eu!!

Como não curto muito muita gente e muita gente me chateia decidi visitar os pontos turísticos de Paris de madrugada, assim não tenho que conviver com aquela bando de gente tirando foto de tudo (“eu” posso tirar foto de tudo, mas os outros não!), com os americanos dizendo em tom de espanto “”AMAZING!!!”, com a italianada gritando “GIACOMO VIENI QUI, GUARDA CHE BELLA TORRE!!”, os orientais andando em fila bem mais silenciosos, a brasileirada gritando também “Pô aê lá no rio tem corrrrcovado, muito maixxx manero aí!”, enfim com qualquer turista seja lá de que inferno ele tenha saído.

Nem dormi. Fiquei lendo o Grande Sertão (que é de uma buniteza que não cabe na gente!) e quando eram umas três da madrugada saí de bicicleta pela cidade… …e foi legal pacas! Como não tem carro rodando dá pra aproveitar o passeio muito mais, o asfalto é lisinho, então dá pra pedalar bem rápido. Agora possuo uma Peugeot speed de 10 marchas, um micro foguete quando impulsionada pelas minhas fortes panturrilhas! (As vezes um auto elogio é permitido) Estava um frio de uns 14 graus, tranqüilo. Rodei por umas duas horas e meia, voltei pra casa as cinco da manhã depois de ver uma Paris vazia, muito mais interessante, na minha opinião. Gostei de ver os jardins do Louvre sem ninguém, vazio. Bonito!

Dias atrás houve uma ameaça de bomba em pontos turísticos da cidade, chegaram a evacuar a torre Eifel, todos aqueles cuidados anti terrorismo. De madrugada a cidade tinha bastante polícia, cheguei a ver policias especializadas vasculhando alguns pontos turísticos como pontes e praças. Cuidado pra não explodir é bom!

Hoje tem show de metal, eu vou! Nada como ouvir um pouco de música agressiva e mal tocada!

Belas ruas e pontes vazias!

Notre Dame… …até fiquei uns 5 minutos olhando a beleza do prédio sozinho!

Pont des arts, sempre cheia de gente e seus picnics!

Sena sem barco vira espelho!

Louvre um ambiente meio vazio… …estranho!

Jardins do Louvre

Mais uma dos jardins do Louvre!

Ninguém, só as esculturas estavam lá!
Ninguém, só as esculturas estavam lá!

Pedalar por uma rua lisinha e sem carro é bem bom!

A maldita torre de novo!
A maldita torre de novo!

Arco, tarco verva como dizem os caipiras de Piracicaba!

champs elysee

Pra variar eu me perdi no caminho de volta pra casa, então aproveitei as ruas lisas e vazias!

No caminho encontrei a Opera, bonita e silenciosa!


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Mais um dia comum em Paris

Tenho fotografado essa cidade. Penso que essa cidade pede para ser fotografada, como uma modelo-atriz-manequim-imitação-da-Gisele-Bundchen. Uma cidade cenário. Dias atrás, no canal Saint Martin parecia filme mesmo.

Pierre e Lucy se encontraram para discutir a relação, nenhum lugar é melhor para isso que o topo de uma ponte, assim se precisar um joga o outro lá de cima e o problema fica resolvido. Tudo estava perfeito!

O sol, a ponte, a temperatura, a pressão atmosférica, o brasileiro com a camêra na parte de baixo da ponte fotografando tudo sem eles perceberem, o tamaguchi de Lucy estava alimentado, Pierre usava sua cueca da sorte, assim como um supositório que não vem ao caso!

Pierre pediria a mão e outras partes mais de Lucy em um sério compromisso de casamento. Pelo menos pelos próximos 3 meses, ou até que algum Latin Lover os separe.

Olá Pierre! Olá Lucy! (Love is in the air)

Qual a surpresa de Pierre quando Lucy disse: “Pierre você é um cara muito legaus… …mas eu tô de saco cheio de você!”

Nesse momento ela diz: "Pierre você me sufoca!!! Acho melhor a gente dar um tempo!"

Pierre inconformado responde: “Tá limpo, mas devolve o cd do Charles Aznavour e o meu vestido de renda!” Sim, ele pediu o vestido de renda dele de volta, porque os franceses são todos uns boiolas, TODO MUNDO SABE DISSO!!!

O japinha voyeur na janela diz "Puta merda... ...eles vão terminar!!!"

O Pequeno samurai que desde seus mais tenros dias acompanha tudo o rola na vizinhança pela janela teceu o comentário acima, não sem antes soltar mais um pequeno pum. Condizente com seu tamanho. O garoto promete!

A árvore Godzila só pensa em destruir Tokyo!

Essa árvore eu encontrei no caminho para Reims de bike, parece o Godzila ou eu tô delirando?

A torre fica lá paradona, um monte de ferro torto!

A maldita torre. Segundo meu pai um dia eles ainda vão achar água nessa perfuração aí!

Achei essa foto bonita então coloquei aqui sem motivo algum!

Árvores, texturas!

E o pretume vem chegando no fim do dia!

E o dia acabou com um romance a menos em Paris, um vestido de rendas devolvido para seu dono boiola e um japinha peidorrento dormindo feliz!

Fui

Rafa


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Do viver e do viver ilegal na Zooropa!

França!

Sim, França… …mas não só aqui, diria que em toda a Zooropa tem brasileiro ilegal trabalhando por alguns trocados. Alguns míseros trocados como costumo dizer! Mas fato é que tem gente de todo tipo. A diferenciação que costumo fazer entre estes é de um pensamento que permeia a maioria dos brasucas que aqui encontro. Uns tem outros não tem esse tipo de dinâmica do pensar o  ser-gringo!

Faço um breve interlúdio aqui para dizer que eu odeio a palavra “brasuca”, acho feia, de mal gosto, me remete a alguma coisa ruim, um troço esquisito… …preciso pensar nisso melhor, termino aqui esse breve parênteses-ódio-etimológico.

Voltando aos brasucas… …tive o prazer, ou nem tanto assim, de nesta, e noutras viagens, que realizei de conversar com alguns deles e hoje no trem indo pro curso de francês pensei em um tipo comum. Um Macunaíma, um anti-alguma-coisa, e na dinâmica da conversa com esse tipo de sujeito, e reconheci 6 (seis) patamares básicos. São eles:

1 – O diálogo tem início onde ele se mostra superior, onde ele apresenta sem devaneios, mas com provas cabais, que o lugar que ele mora é muuuuuito melhor que qualquer cidade no Brasil, não importa o lugar, aqui na Zooropa ele está bem melhor. Na real ele mora num muquifo com mais 11 neguinho, mas acha lindo fazer isso em Paris. Ok, no problems, concordo que as cidades daqui tem infra estrutura boa e assiste muito mais o cidadão em alguns sentidos. E cada um mora onde e como quer né!

2 – O segundo ato começa com uma rasteira em qualquer coisa que seja brasileira. O clichê é falar mal de São Paulo, o Rio é muito violento, Minas tá complicado de emprego sô!, e por aí vai. Resumindo ele diz: “Tô me sentindo muito bem aqui!”, e solta um “Tre biân cumpádi!”, Há algumas variações do pessoal de direita com as frases: “Tem a Dilma também, agora que eu não volto mesmo!”, mal sabe ele que aqui tem o Jean-Marie Le Pen que é um nazistão de mão cheia!

3 – Depois de argumentar com o peão que o Brasil tem sim coisas interessantíssimas e muito boas, ele começa a amolecer e diz “…que também não é bem assim, aqui não é só maravilha não!!!”, porque ele tem que mostrar que a vida aqui tem seu desafio a ser vencido, que ele tem que trabalhar muito pra ganhar uns eurinhos (carinhoso eurinhos não?). Começa a sessão de descarrego na Zooropa, e dá-lhe paulada na França e na Inglaterra. Começa aí uma pontinha de arrependimento…

4 – Pronto, ele assume, “…o povo aqui é meio racista sabe?!!! As vezes tratam a gente tão mal!”. Olhos intumescidos, saudade da terrinha, o lombo maltratado dói até a alma. Ele quer algumas palavras de conforto. Num dá né, palavras de conforto, eu não sei ainda o que é isso não!!

5 – Já meio alto pelo quarto copo de vinho o peão bate o pé firme e diz, “agora eu vou guardar dinheiro e voltar, ano que vem eu to lá no meu país, saudade do meu bairro, e blá, blá, blá…” (aquele mesmo que ele desceu o sarrafo no Brasil minutos atrás)

6 – Fecha o discurso com chave de ouro, que é a promessa comum da maioria dos brasileiros ilegais aqui, o sonho dividido por todos: “Vou voltar e montar uma pousada na Bahia!!!”, Axé, evoé!! Como se pousada fosse uma vida parecida com umas férias eterna!

Fiz um gráfico batuta que mostra a curva descendente do discurso, lá vai:

Gráfico ilegal-prego-na-areia-tô-bem-pra-carái

Fato é que cada um vive como quer, e por mim tá limpo, deixa eles viverem a vida certo?!

Mas deixa eu praguejar e criticar também!? Right!!

Fui num show de pseudo-punk na perifa de Paris que terminou com muito sangue, pouco rock e um bocado de frio, aliás depois vou falar da Música e da Música francesa!

É isso aí psit!!

Abreuzos!

Rafa

Punk que não é muito punk não, meio Guns o som aí!

Esse aí era gente fina, deu uma cabeçada no prato da bateria, achei curioso e pedi uma foto!


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Fotros

Muito tempo no mesmo lugar!

Muito tempo no mesmo lugar!

Instituto do Mundo Árabe

as janelas tem um sistema que abre...

...e fecha conforme a quantidade de luz que é necessário dentro da sala!

Notre Dame

notre Dame e um navio que carrega areia... ...romântico o navio não?!

Tempo foi fechando...

e era um pretume no céu...

Acabou meio cor de rosa! Esses franceses são tudo uns maricas !


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Em trega!

No Brésil temos os motoboys, que todo mundo odeia, falam mal deles a torto em todos os sentidos, dizem que são bandidos, andam armados, chutam retrovisores dos carros (o que eu entendo como razoável pois tenho vontade de chutar retrovisor de carro estacionado) e que eles atrapalham o transito da cidade. Mas na hora que a pizza chega quentinha ninguém trata o motoboy com má educação ou como bandido né!

Ah Dedé mama na gata cê num qué né! Nunca entendi essa frase mas quando era criança ouvia as pessoas falando então repito até hoje mesmo sem saber o significado ao certo!

Fato é que aqui estas figuras carismáticas, queridos pela população paulistana não existem aqui nesta vila chamada de Paris. As entregas são feitas por vans, e documento impresso chega pelo correio mesmo, que aliás eles adoram esse monte de papel e carimbo e cheque, nunca vi povo pra gostar de papel assim. O virtual não tem muita chance aqui não, o negócio é no papel mesmo.

Mas as vans de entrega guardam alguma semelhança com aquelas motos CG-125 com o tanque amassado e cheio de adesivo da Jovem Pan FM, a maior parte destes veículos são todos grafitados, enviarei as fotos de alguns.

Essa é meio grafite né!

Mais um!

Ah se o vídeo do patins do post passado não abrir clica duas vezes que vai direto pro youtube  e lá ele rola.

Dias trás fui num show de Ska num squat aqui na perifa de Paris, foi bem legal, segue um vídeo de uma das bandas que chama Guarapita, eles são cheios de tocar motivos latinos e cousa e tals!

Tem o link pra um vídeo que fiz no show logo abaixo;

http://www.youtube.com/watch?v=gUOxdAQKRrs

Mas a banda era muito boa ao vivo. Tinha uns punks muito bem vestidos, cheios de tachinhas e cabelos arrepiados, pedi pra tirar uma foto deles, mas me pediram dinheiro pra poder fotografar. Argumentei que dinheiro era uma coisa capitalista e que o punk é totalmente contra esse esquema do capital que o negócio do punk é anarquia e ir contra todo esse monopólio de dinheiro, e blá, blá, blá… …ele olhou pra mim com cara de quem não tinha argumento pra responder e ficou quieto.

Não tirei a foto!

Pra terminar mais um carro da corrida maluca!

Como era o nome do vilão que andava com um cachorro do lado e virava o capitão Branquinho depois?

Como era o nome do vilão que andava com um cachorro do lado e virava o capitão Branquinho depois?


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Urbano

Diferentre de algumas capitais que tive o prazer de visitar Paris tem poucos muros pixados e grafitados. Em compensação o túnel do metrô é um grafite só, mas tá tudo lá debaixo da terra.

Há de se fazer uma diferenciação entre pixo e grafite. Grafite é desenho… …bonito, colorido, as vezes feio, mas tá valendo. Pixo é pixo e ponto final. Tem também uma meia dúzia de desocupados que fazem stickers, ou adezivim como gosto de chamar. Esses passam um tempão produzindo e colando esses pedaços de papéis pela cidade. Tem também o ladrilho-atari que é outra história que vou contar mais adiante.

Os grafiteiros daqui tem aquele ar meio de artista, deve ser porque eles estão em Paris e aqui todo mundo aqui se acha meio artista. Até eu, que mal sei desenhar ando meio cheio de si achando quer vou viver sem ter que trabalhar muito. Esse negócio de vida boêmia custa caro pacas e dá um sono danado no outro dia. Mas voltando aos grafites tem alguns bem interessantes, como esses aí:

Grafite bem grande... ...e bonito também!

Bom desenho.

Os desocupados que fazem stickers se resguardam a colar essas porcarias nas placas e canos de água/esgoto, como esses aí:

Eles chamam isso de Stickers... ...lá no interior de onde eu venho chama Colante!

E o ladrilho-atari é o maior barato, ele espalha pela cidade um monte de mini quadros, todos muito bem feitos, como esses aí:

Esse não é do Atari, é de outro game!

Aqui fiz um catadão dos que fotografei na cidade!

Ele faz isso em várias cidades do mundo, tem um site (http://www.space-invaders.com/), vou tentar fazer isso em São Paulo quando voltar. Se é que vai voltar né Rafael!?

Voltarei! E não Voltaire que é um outro cara aqui desse país!

E tem também esse cara que cola essas intervenções com atores de hollywood:

É sempre Above algum ator ou atriz!

Pra mim intervenção é coisa cirúrgica… …igual no jornal na TV quando o médico chega e diz “…fizemos uma intervenção cirúrgica no ator fulano de tal e ele vai ficar meio lesado, não tem jeito!”, acho legal isso aí!

Mas existe um respeito pela cidade aqui, o pixador não utiliza qualquer lugar, prédios públicos e construções históricas são preservadas, acho que é porque tem câmera a dar com pau e se alguém chegar com um spray perto leva um tiro de fuzil na cabeça. É um jeito bastante cordial de educar o cidadão! Depois neguinho deslumbrado vem me falar que “…AAAAHHh mas a Europa tem tudo preservado o Brasil não!”, ah vá se danar né! Tem um aparelho de coerção e de controle poderoso aqui! E como disse a Gisele não dá nem pra bater prego numa parede porque tudo aqui tem mais de 500 anos. Não pisa aí que é preservado, o Napoleão deu uma catarrada aí!

E sabe quem tá com tudo e não tá prosa aqui na França? Sim, é ele o Brasil e o Lula, tem 3 edições nas bancas falando bem de nossa terra. Uma delas tem a chamada como “O lugar em que a esquerda deu certo!”, interessante não! E tem Lula espalhado pela cidade toda, eles aqui são meio deslumbrados com o Brasil, acham uma terra exótica, cheia de mistérios.

Pô… …que eu to fazendo aqui então, vambora pro Brasil descobrir os mistérios dessa terra exótica!!

Na banca de revista!

Edição especial do Le Monde sobre o Brasil, na propaganda da banca, embaixo em amarelo é outra edição sobre o Brasil tamém!

No Metrô!


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Eclipse

O lance é a conjunção tempo/dinheiro, quando acontece é como um eclipse total do sol e você lá de bandejão na piscina torrando o cocuruto com o luz filtrada, condensada. Quando acontece tem que aproveitar. Muito dinheiro e pouco tempo é tão ruim quanto muito tempo e pouco dinheiro, isso é um ditado irlandes eu acho, ou como diz o B Negão “…muita idéia na cabeça e pouco dinheiro no bolso, pódicrê cumpadi tu é funk até o caroço…”

Mas o que importa é que o pão daqui é bom, só que meia hora depois que você comprou já dá pra bater prego com ele, fica duro que é o cão. O que obriga vossa senhoria a rumar até boulangerie mais próxima de vossa Maison e comprar outro pão e assim sucessivamente! O cara da padaria ri a toa! Dia inteiro andando pra lá e pra cá mostrando os dentes, ganhando dinheiro aos borbotões! Mas o pão é bom, confesso!

Ando me tratando da coluna com um chinês pra variar, acupuntura é o maior barato. Gosto pacas! E fui lá. Não sei como escreve o nome dele, me perdoem, o chamo de Cheng e ele atende. Ele me chama de Morái, que deve ser algo próximo ao meu sobrenome, Moralez. O lugar é feio, a primeira vista parece uma clínica ilegal, mas ele senta e te pergunta uns 3 kilos de coisas, daí você deita e ele enfia umas 12 agulhas na suas costas, você paga, ele não te dá o troco, que são 3 euros e você volta na próxima quinta pra fazer outra sessão. Mas me sinto bem melhor! Antes de ir embora tem um pequeno sermão de como precisamos nos movimentar, ele ficou uns três minutos me explicando como dobrar o joelho para cuspir na pia quando for escovar o dente. Nos comunicamos metade inglês e metade francês. Eu pergunto em inglês, ele responde em francês e os dois fazem de conta que entendeu o que o outro queria dizer! Isso sim é médico!

Perguntei onde ele estudou, quem era o mestre de acupuntura dele, me disse que foi no Vietnã e na Coréia. Tá valendo, lembro de meus tempos de guerra, quando entrei em combate em Ling Lang Fang!

Agora tenho uma montanha de trabalho aqui, coisas acadêmicas! Nem é tanta coisa assim, mas é bom fazer de conta que tá cheio de coisa pra fazer, massageia o ego!

Vou comprar pão!

Falous!

Sim, isso é uma bicicleta!

O sapato mais feio do muuundo!!

Pompidou, lugarzinho porreta esse aí!


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Um pra lá e dois pra cá!

MÁÁÁÁÁÁÁÁ  OOOOOOEEEEEEEE!!!

Diria assim Santos, o Silvio. Na Grécia antiga as pessoas tinham nomes como Anaxímenes, Anaximandro, Areta de Cirene, Empédocles, Simplício de Cicília, e por aí vai, no Brésil temos Silvio, o Santos. Eu gosto dele, mas não faço a mínima idéia de porque estou escrevendo sobre isso.

Fato é que estava felizão da vida pedalando com minha bike Correio rumo a Luxemburgo quando não mais que de repente o joelho dá sinais de vida, ele me disse que iria começar a doer e de fato isso ocorre. Muito pesada a bicicleta para a estrada, boa para a cidade, mas péssima para routes, pesada e o guidão tem uma posição que faz doer os pulsos. Coitado dos carteiros de Paris vou dar um copo d’àgua pra eles quando encontrar algum. Vou nada, eles que façam greve por melhores bicicletas.

Daí voltei a Paris, porque pra ficar na estrada com dor prefiro ficar aqui tomando vinho, é mais gostoso. Na estação de trem fui descer minha bicicleta do compartimento pra bikes e tinha duas velhinhas ciclistas que iam descer também, e o trem estava pra partir, tínhamos poucos minutos pra descer as três bicicletas. Fui lá peguei a minha e desci, voltei pra buscar meu alforje e uma das velhinhas estava com ele na mão pra levar pra mim, peguei ele joguei na estação e fui lá no melhor estilo defensor-dos-pobres-e-oprimidos, todo valentão tirar as duas bikes das velhinhas. Fiz isso numa boa, foi fácil, mas para elas seria complicado, pois o trem é alto nesse compartimento e tals, Só que nessa operação-ajuda-velhinha eu arrebentei com minhas costas que agora dói pacas. Ou seja, estou em Paris com uma bike pesada com o joelho estourado e dor nas costas. Acho que as velhinhas estão melhor que eu. Vou procurar uma acupuntura aqui e estudar um pouco do francês.

Ah… …a região de champagne é bonita pacas!! Muita uva pronta pra comer na beira da estrada, são docinhas e cidadezinhas interessantes de ficar por um tempo. Vinhedos e rios bonitos, vale a pena, mas não vá com bicicleta dos correios, prefira as mountain bikes feitas de fibra de carbono projetada pela Nasa com 45 marchas que nem precisa pedalar. Ou vai de trem que também é bem legal.

O Amyr Kilnk uma vez disse que o maior medo dele era não partir para suas viagens, se ele saísse tudo bem, não teria problema nenhum se tivesse que voltar dali a meia hora, que ele tentaria de novo. Mas que deveria partir. Concordo com ele, partir é importante, mas voltar três dias e 160 km depois é chato pacas, prefiro sair e ir bem longe de uma vez. Vou consertar as costas trocar de bike e começar tudo de novo.

Bom… …até que ele não tá tão errado assim!

Fui!

Acampamento em Trilport

Vilarejos


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Ok, acho que entendi!

Acho que entendi, então é assim! Você compra a bicicleta e junto um cadeado grande, muito grande! Daí você vai jantar na casa de seu amigo e na volta, para ir embora, vai buscar sua bicicleta, e quando lá chega percebe que no lugar da sua bicicleta há um vazio, há o nada!

Houve então uma troca em que você fica com o nada e alguém, provavelmente um feladaputa francês, ou de qualquer outra nacionalidade, fica com a sua bicicleta. Interessante que com a bicicleta você pode ir embora pedalando para sua casa, o que se torna inviável de fazer com o nada. Com o nada o melhor a se fazer é nada mesmo, ou nada fazer, como preferir.

Penso que se há, no sentido de existência enquanto essência, o nada no lugar da minha bicicleta eu não estou totalmente desprovido de algo, eu tenho agora o nada, antes tinha a bicicleta. No entanto vale notar que o nada mesmo sendo um conceito, pode ser carregado consigo para todos os lugares, enquanto a bicicleta o leva para outros lugares, distintos, porém na minha percepção não menos interessantes.

Fato é que no momento busco algo que me valha como meio de transporte, algo que seja o contrário do nada ora possuído. E nunca possuído pelo demônio que é outra coisa!

Aqui você torra uma grana pra ter uma bike mas se quiser garantir que não vai perdê-la tem que soldar ela na grade, assim o ladrão, tampouco você, usam ou perdem a magrela!

Interessante essa relação ciclística com a fenomenologia, podemos nos ocupar disso mais adiante, por ora ando a toa, penso muito, e pedalo pouco, visto o ocorrido!

Fui!

A pé!

Estranho... ...muito estranho!!!

Uma monareta pra terminar com algo belo!


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Dias

Consegui finalmente ir as catacumbas. Cheguei lá e tinha só umas 5 pessoas na minha frente e é bem legal. Montanhas de ossos e cranios. Você anda pacas e o lugar é muito grande, corredores de ossos, tudo sinalizado pra ninguém se perder. Na saída o segurança me pergunta se estou com algum cranio ou osso na mochila. Acho que tenho cara de quem rouba ossadas. Nunca fui a cemitério fazer isso, mas se tivesse um emprego tipo o do corcunda Igor ajudante do Dr. Frankenstein eu encaro numa boa.

Dias atrás foi meu aniversário. Ano passado comemorei em Moçambique com os costumes e tradições de lá, foi muito interessante, e esse ano tô aqui nesse “paiseco” que chamam de França (ATENÇÃO: isso é uma piada), fomos num pub tomar uma Guinness eu, Pati e mais uns amigos locais! Depois pra outro bar e mais outro bar!

Sei que tem um queijo de cabra bom pacas na geladeira e vou lá comer um pouco! Aliás nunca comi tanto queijo  de cabra como nesses dias!

Tem um cidadão que ele ladrilha a cidade de Paris, no lugar de grafitar ele aplica mini painéis com figuras que me lembram os personagens dos jogos da Atari, é bem legal, vou colocar umas fotos aqui. e já ando compreendendo bem o idioma francês. O ouvido acostuma… …acho que amanhã vou na cripta da Notre Dame, ou num museu de medicina que dizem que tem uns cadáveres legais pra ver. ando numa fase meio terror eu acho!

Ontem fomos em um bar bem rock’n roll aqui, o dono era gente fina e do nada ele sacou um jogo de dominó e ficamos lá um tempão jogando com ele. Bom papo, boa beer e ganhei umas duas partidas. Ganhamos um trago de uma bebida que eu não sei o que é e fomos embora.

Não ando com muita vontade de escrever não, os dias estão bem preguiçosos nesse sentido!

Falous

Esse de camisa verde sou eu e mais atrás são as ossadas ok!

Alguns grafites-ladrilhos-atari


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Tá tudo fechado!!

E chega o verão a francesada pica a mula e vai todo mundo queimar o cocoruto em outras bandas. Ou ficar acampado em algum lago que tem por aí!

Ando na cidade de Paris e o que mais vejo são lojas e escritórios fechados com aviso que devido ao verão voltaram a funcionar só em setembro. E não são poucos lugares não!! A maioria tá assim. Só grandes redes e supermercados abrem direto. Eles não tão errados não! Melhor aproveitar o verão e ganhar menos dinheiro, assim curte-se mais a vida e a cidade e quem está do seu lado.

Como eles mesmo dizem “C’est l’été!” (em francês leia seletê!) Eu abrevio para CLT ou Consolidação das Leis do Trabalho, que no fim é a mesma coisa!

Afinal sair de férias é um dos assuntos da CLT. Incrivis essa relação entre o verão e a CLT! Conheço gente que ia gostar disso.

Hoje fiz uma HQ sobre as Bahia, mas ela é politicamente incorreta, então não poderei publicar aqui. Já me ameaçaram de processo e não quero pagar pra ver!

Sabe o que mais vi em Veneza?

Japonês andando de gôndola. É incrível, tem uma cada 3 minutos e todas lotadas de orientais. Se você quer ver japonês de gôndola Veneza é o lugar! Mas também pudera né, porque gôndola, só vi em Veneza, então que outro lugar poderia ver quem quer que seja andando naquele bote preto com italiano cantante, que não Veneza!

O raciocínio foi meio confuso… …admito! Mas faz uma força que você entende! Daí me explica porque eu não tenho isso muito claro ainda!

Dias atrás tentei ir as catacumbas aqui de Paris.

Sonho meu!!! Tinha uma fila de 40 turista branquelo-aguado-com-câmera-de-700-megapixels-na-mão pra ver crânio e fêmur e outros ossos mais… …e eu achando que era o único a gostar disso. Me senti roubado… …queria ser o único a ir nas catacumbas… …vou processar o estado francês por ter divulgado as catacumbas como ponto turístico para branquelo-aguado-com-câmera-de-700-megapixels-na-mão!

Volto lá nessa semana que vai chover e daí a turistada não vai lá… …eu acho!

Chega de processos! Aqui no parque La Villette (muito bonito por sinal!) tem a bola de gude de deus!

Estava acontecendo um domingo com shows do Magreb lá e tinha muita música africana… …fiquei um pouco e fui embora. Me desculpem mas eu já vi música africana o suficiente pra umas três gerações, tô mais afins de um pouco de rock tomando uma Guinness. O rock não rolou nesse domingo mas a Guinness sim. Eu e Pati tomamos uma em um pub no canal Saint Martin ao som dos patinhos fazendo “qué qué!”

Aliás preciso encontrar a cena metal parisiense logo!

Tá aí a foto!

Fui!

Rafa

Bola-de-gude-de-deus! Se não é dele é do Jezá, filho do todo-poderoso!


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Esse é o inferninho, podiscrê!

Eu podia estar roubando, eu podia estar matando… …mas não, eu resolvi mudar de cidade de novo e voltar a escrever no blog, entre outras coisas. No fundo as oportunidades aparecem e a vontade de rodar coça dentro do cerebelo e aí já viu né!

Pois bem… …depois de uns meses de Brasil agilizei uma saída pela esquerda, ou “la gauche” como dizem aqui, e vim morar uns meses na França. Paris é uma festa conforme já dizia o Hemingway. Aproveitei e dei uns rolês pela Itália que se mostrou um lugar de gente pouco polida. Então o que for encontrando pelo caminho vou contar aqui.  Da mesma forma que fazia na África, mas agora com mais queijo, vinho, bicicletas e o mau humor que me é peculiar.

Antes de começar a praguejar e falar mal dos franceses quero contar que uma editora de São Paulo, a Balão editorial, curtiu o blog e ele vai virar livro. Legaus né!! Tem loco pra tudo nessa vida!! Mas fiquei feliz porque os escritos vão ter um suporte material no formato livro, deixando assim de ser um simples sítio virtual.

Ninguém mais fala português…

Ontem fomos em um restaurante aqui comer alguma gostosura, ou nem tão gostosura assim, típica francesa. Acabou que enfiei o dedo no cardápio e falei: “Dá esse aqui mesmo!” Tinha a mínima idéia do que viria. No fim era um purê de maçã com morcela e a Pati comeu uma perna de cordeiro que estava muito melhor que a lingüiça metida a besta com maçã amassada que pedi. No fim a Pati quis trocar e comi o cordeiro também!

Agora vou ali na Boulangerie comprar um pão francês, há!! Aqui todo pão é francês, incrivis não! O vizinho fuma um cigarro fedido pacas!

Amanhã eu começo a contar algo verdadeiramente interessante e coloco uma foto aqui nesse troço!

Falous

Rafa


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Virada Cultural e Zanzibar

Hey!!

beleza!

Fim de semana passado teve Virada Cultural aqui em SP. Fui lá ver… …grandiscoisa!

Um monte de gente andando de um lado pro outro e shows difíceis de assistir. Tá certo que eu não curto grandes aglomerações mas lá estava muito pra minha head. Mas me lembrou uma feira que fui em Zanzibar, daí no motivo de aqui entrar e relatar o fato.

Era uma sexta feira fim de tarde, estava em um bar que chama Linvgstone, boa cerveja em mesas onde os corvos sentavam e tentavam ciscar alguma coisa que tivesse em volta. Era legal a convivência com esses animais, eles são bonitos, lindos.

Mas estava lá de bobeira na beira da praia vendo um povo puxar barco pra terra quando resolvi andar pelo bairro. Nisso já era noite e quando vi estava naquele labirino de ruas, sem luz, pois a ilha estava sem energia elétrica e percebi que havia umas mesas com velas nas vielas com um pessoal em volta. Era dia de uma festa qualquer que não me lembro o nome, mas eles comiam polvos e calamares e pedaços de peixes, fritos e assados, estavam sobre a madeira da mesa mesmo, que era uma madeira velha, gasta pelo tempo. De um lado da mesa os peixes e polvos, do outro montinhos de pimenta, era tudo meio sujo, uma vela pra iluminar e um cidadão com uma faca cortando lascas de carne que todo mundo ia pagando com moedas e comendo ali mesmo, com a mão. Experimentei um pedaço de polvo com a pimenta deles, era bom, mas não limpo. E lá meu brother se tu pegá um bixo nas tripa tu tá ralado. Então parei por aí mesmo.

O melhor da história foi que o esperto aqui saiu sem a câmera, portanto, não tem foto dessa noite.

Mas depois encontrei a festa oficial, numa praçona, cheio de turista europeu comendo os mesmo peixes e polvos, só que custavam 4 vezes mais e eram um pouquinho mais limpos. Isso me lembrou a Virada cultural, ou vice-versa! Meio fake!

Na praçona eu só tomei uma garapa, quente, mas gostosa.

Falous

Rafa

Grande!

Em SP o fim do dia é diferente né!


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And now… …the future!!

Ando organizando algumas informações africanas para ver se dou um formato diferente nessas fotos todas e textos e quem sabe publicar de algum outro jeito. Na verdade não ando fazendo nada disso, tô terminando o mestrado que não acaba nuuuuuunca… …o troço complicado sô!

Falei tal qual mineiro. Morei em Minas, em Ouro Preto, fui lá fazer cursinho. Tão tá!

Conheci virtualmente o filho do cara que desenhou o rótulo da cerveja 2M, ele deixou um comentário aqui no Blog… …mó sastifação aê!!!

Bebi um caminhão dessa cerveja em Moçambique. Ele encontrou o blog e me mandou uma mensagem simpática. Teria sido interessante conhecer ele pessoalmente, quem sabe tomar umas 2M.

Aqui, além de estudar, toco minha bateria nova, me alimento bem, até engordei um pouco, e tomo groselha. Entrei em uma fase groselha! O liquido vermelho, doce pacas, me seduz. Vou virar um sommelier de groselha.

Aliás… …ouço radio e vejo notícias na net, percebi que com a velocidade da rede não preciso mais de tv. E a radio é muito mais legal, um dos canais de rádio que ouço tem uma mulher que fala sobre gastronomia e vinhos. Vou escrever para eles e sugerir uma coluna sobre groselhas.

– ahnnnn… …a vitaminada Milani, safra de 2003 é um ano excelente para consumir com biscoitos de polvilho!

Acho meio chato gente que fala de vinhos, mas tudo ok! Sempre que se bebe um bom vinho a gente acaba falando dele então tá tudo normals.

Hoje achei a casa dos fuscas cor-de-vinho, fica em Pinheiros -SP – Capetal, e eu tô com conjuntivite e uma vontade grande de dar uma bica em tudo isso aqui e cair lá pros lados do leste europeu que deve ter um monte de coisas legais pra ver e fazer!

Vamovê!!!

Abreizes!

Parecia uma ilusão... ...cenário plástico, texturas, coisas de artista-video-maker... rsrsrsrsr


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Tá… …vamo lá!

Muita gente pergunta o que eu fui fazer e o que eu tô fazendo!

Recebi já uma quantidade grande de e-mails me perguntando isso.

Aliás o blog tá com quase 10000 visitas!!!

Incrivis! Como diria o Mussum! Grande Mussum, gosto dele!

Mas Dez mil é muita gente entrando aqui nesse troço, esperava por isso não! Espero em breve poder dar mais atenção a este que tanta gente vê!

Eu fui pra África trabalhar com educação! Não digo o nome da empresa porque não vejo necessidade, até mesmo porque assinei um termo de sigilo e nem sei que bode isso tudo pode dar!

No momento faço mestrado em epistemologia, ou, Filosofia da ciência na área de energia em São Paulo. No estado de São Paulo!  Capiche!!!!

E daqui uns dois meses vou me picar daqui e sei lá pra onde vou! Sei só que não tô afins de ficar aqui na Capetal, a terra do capeta como disse já tantas vezes!

Bota fé que estava num boteco mês passado tomando umas biritas quando um cara olha pra mim e fala:

– Você estava em um avião indo pra Tanzania em dezembro?

– Sim, porque?

– Porque eu estava lá e lembro de você!

Ah.. …essa vida de popstar me cansa a beleza! Mas como sou muito belo, isso não me cansa!

Como Nietzsche que é uma porcaria e achava que escrevia textos belos com aqueles aforismas chinfrins!!

Mas encontrar o cara aqui foi legal, ele era gente fina!

Tem várias outras passagens africanas que seria interessante narrar aqui, mas as vezes acho que não tem mais muito sentido… …que o que ficou lá, ficou… …e é só um pouco mais de coisa de viagem!

Até porque contar tudo as vezes é chato pacas!

Até porque eu tô com muita coisa pra fazer no mestrado!

Falous

Rafa

**E pra variar… …mais um desenho!!!  UÊBA!!!

Não coloquei nome nesse!


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Agora um desenho!

E depois de ficar trocentas horas em aeroporto cheguei em São Paulo. Agora já tá tudo quase certo por aqui e a vontade de sair de novo por aí é grande. Acho que termino o mestrado nesse próximo mês e se der tudo certo tiro umas férias.

encontro

É sempre bom ter uns roteiros guardados na manga pra quando a conjunção tempo x dinheiro surgir no horizonte poder aproveitar. Pena que essa conjunção é igual o cometa Halley que aparece a cada 70 anos e mesmo assim ninguém vê… …eu não vi o cometa, era pequeno, devia ter uns 10 anos de idade. Se alguém viu mande fotos que coloco aqui!

Depois vou contar sobre as coisas de Tete, os Médicos sem fronteiras e cousas outras que conheci naquele lugar!

Por falar em fotos tenho umas 6000 fotos, mas hoje vou por um desenho. Até porque preciso estudar mais.

Então é isso! Vou estudar mais que o prazo tá acabando!

Pra falar a verdade já acabou!

Falous

Rafa


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Kendwa Rocks

No caminho para Kendwa… …40 minutos sacolejando no Dala-dala, que é um caminhãozinho com uma capota na carroceria e todo mundo vai entrando ali, e tá apertado já mas entra mais gente mesmo assim! E as mercadorias e bagagens vão no teto, quando você acha que não cabe mais ninguém, entra uma família com nenê e sacolas e tudo mais. Foi legal! Sendo o único não tanzaniano ali consegui conversar com meus companheiros de aperto sobre vários assuntos. Uma boa forma de se integrar e interagir é tomar um busão lotado, todo  mundo fica na mesma e acaba acontecendo um reconhecimento de pertencimento ao local. menos em São Paulo que busão lotado é sinônimo de cara feia e olhar fixo no vazio!

O caminho era muito bonito, dava pra ver de relance porque o motorista era veloz. Mas umas paisagens de praia, com um lado meio africano e corvos e os policiais mandando todo mundo descer pra mandar todo mundo subir sem nem revistar nada. Interessante!

Chgou um ponto no meio da estrada que vi uma placa escrito Kendwa, era ali, desci no meio do nada e fui andando por uma estrada de terra, sozinho, num sol de 40 e tantos graus pra chegar num lugar que não sabia onde era. Tranquilo!

Acaba que vejo a praia e um belo de um lodge, confortável pacas, boa comida, cerveja gelada, cheio de turista eupoeu deslumbrado e os Massais andando de um lado pro outro tentando te vender alguma coisa.

Encontrei meus amigos de safari de novo, as espanholas chatinhas e o casal mina da Eritréia (Sara) e cara da Noruega (Thomas).

Foram dias preguiçosos na praia, comendo peixe espada, tomando cerveja Serengueti e Tusker, dormindo bem, o oceano Indico azul turquesa… …meio paraíso o lugar! Conheci um povo inglês também, gente fina!

Na passagem de ano teve uma festona, muita gente, música eletrônica e um rango bom!

Depois da meia noite me encontrei com Sara e Thomas ficamos conversando um bom tempo. Algum cretino soltou uma granada de efeito moral perto da pista, foi uma puta correria, olhos e nariz ardendo pacas, o casal da Eritréia eram militares e me ajudaram nessa hora, depois vi eles ajudando outras pessoas. Os caras eram meio MacGiver saca!!

Mas no fim foi tudo bem e bem divertido. Passado o ano novo, dia 1 de janeiro comecei a voltar pro Brasil, só fui chegar aqui dia 3 de janeiro.

Foram longos dias de barco, carro, ônibus, 3 aviões uma espera gigante em Johanesburgo e uma sensação de que deveria começar a planejar outra viagem destas o quanto antes.

Aqui vão as fotos de Kendwa Rocks, uma das praias mais bonitas que já fui!!

Peixes no mercado de Stone Town, coloreds!

Polvos e outras criaturinhas do mar!

A praia de Kendwa Rocks, bem legal!

Um massai em seu ambiente de trabalho!

Mais um massai, eles são simpáticos!

Grupo de massais

Colors

eu

Eu depois de umas 3 breja!

Dog gente fina, altos papos com ele!!

O dia foi chegando ao fim!

Mais um pouquinho e acaba!

Muito azul até de noite!

E um novo dia nasce, azul pacas e com uma puta praia bonita pra dar um rolê!


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Animal

Minha gente!!

Nada como lembrar dos bons tempos do finado Collor, aquilo sim que era política econômica!!  A Zélia, o confisco da poupança, o Lada Niva, o dólar pau a pau com o dinheirinho brasuca!!

Odeio a palavra brasuca, acho feio pacas!!!

Acordei no campsite do lugar com nome impossível de pronunciar lá pelas 5 da manhã, tomei um cafezão e sai pra ficar andando de jeep por estradas de terra.

Pensei que se safari fosse aquilo podia fazer no interior de SP mesmo, no oeste paulista… …mas ledo engano deste que vos escreve. Passada a primeira hora de chacoalho chegamos a reserva de Ngorongoro, bonito pacas!! Babuínos, zebras, gnus, javalis, rinocerontes, leões, guepardos, elefantes, flamingos, uns lobinhos que não lembro o nome, etc… …e foi assim  o dia todo. Você não desce do carro em momento algum, só pra fazer um xixizinho e olhe lá!

Encontramos uma girafa morta por leões, vou por a foto aqui! E ver esses bichos todos soltos é bonito pacas, vale a pena!

No segundo dia fomos a Tarengire, teve girafas e mais um monte de bichos! Depois de dois dias andando de carro pelos parques voltei a Arusha e me despedi de meus amigos de safari, ver esses bichos soltos foi bem legal! Emocionante diria! Acho que todo mundo devia ver…

Voltei pra Stone Town naquela porcaria de Hostel dos rastafari que queriam cobrar mais caro porque só tinha cama de casal. Um calor do cão e a cidade sem energia, tudo com gerador. Decidi ir embora dali, resolvi que iria mais cedo para Kendwa Rocks onde tinha reserva em um Lodge para passar o ano novo.

Não sem antes entrar em uma discussão com os rastafari sobre o preço da diária, queriam cobrar mais caro, já tinha ficado ali no mesmo quarto e custava 15 dólares, dessa vez ele queria cobrar 30 dólares, entramos em um interessante debate não muito gentil, até que o rasta-mór disse:

– Você não vai sair daqui pagando 15 dólares, vc tem que pagar 30 dólares!!!

-Mas o quarto custa 15???

– 30 dólares… …paga!!!

Ficamos uns 50 segundos em silêncio, e isso quando você discute com alguém é muito tempo, parece que passou uma hora, até que quando eu ia começar a argumentar de novo com ele chegou mecânico do gerador do hotel que estava quebrado, o rasta mór foi lá pra dentro resolver a parada do gerador quebrado. Não sem antes dizer pra eu esperar que ele ia voltar.  Ah eu não via a hora dele voltar, tava com saudade já!!

E eu sozinho na portaria do hotel esperando por ele pra continuarmos a nossa agradável e amigável discussão, quando de repente… …não mais que de repente passa o rasta-mirim, um rastinha, um rastafarizinho que mandava merda nenhuma ali dentro, chamei ele e disse:

– Entrega esses 15 dólares pro teu chefe, diz que foi o cara tatuado de camisa vermelha que deu!!

E saí, quando estava com o pé na rua ele coloca a cabeça pra fora do hotel e grita:

– Hey você não tem trocado!!

Voltei lá contei os troquinho e dei 13 dólares mais uma moedas em shilings agradeci, ele ficou contente também e me mandei do lugar.

Fui até o mercado da cidade, uma zona de lugar, peguei um Dala-dala (transporte popular local) e me mandei pro norte da ilha.

A passagem pro norte da ilha foi outra saga, a primeira oferta custava cinquenta mil shelings, no fim fui por mil e quinhentos, lá se você não barganhar paga muito mais do que as coisas valem!

Bom… …paguei minha conta no hotel, com desconto, o que eu acho justo porque com desconto você cativa o cliente e ele sempre volta! Não vai ser meu caso!

Mas me livrei de ver qual técnica de soco e chute os rastafaris praticam em Zanzibar!!

Prefiro tomar cerveja na beira da praia… …e foi isso que eu fui fazer!

As zebras são lindas ao vivo, e super ativas, uma correria danada de um lado pro outro!

Os Gnus são mais metaleiros, povo meio acabrunhado, gostei deles!!

Grupo de leoas, tinha uma chuvinha fina... ...uma preguiça danada! Ficamos meia hora ali e só uma levantou a cabeça pra ver o que rolava!

Rinoceronte, esse estava meio longe, mas foi bem legal de ver, dizem que não é sempre que ele tá por lá!

A girafa morte. Pedi pra descer do carro e ver de perto mas o não rolou, acho que foi melhor assim!

The king of the jungle, e provavelmente o responsável pela foto anterior segundo os nativos!

A esposa do Leo acima, com cara de quem não tá afins de muito papo!

Elefante tranquilão batendo um rango. As manadas estavão longe, mas deu pra ver!

E o bicho mais bonito de todos, elegantes e tranquilas, tirei umas trocentas fotos delas!


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Arusha

Onde a gente tava mesmo?!

Arusha né!!

Pois bem meus queridos desci no aeroporto de Arusha que parecia o do filme Casablanca, era um galpãozinho com uma construçãozinha aqui e outra ali e… …o cara que me vendeu o safari na agência que parecia um boteco disse que o Sr. Vitor ia me buscar no aeroporto. Só que o espertão esquecei de avisar o tal do Vitor que meu voo tinha escala, então demorava mais que o normal. Quando saí da cerca do embarque não tinha ninguém lá. Quer dizer, tinha um monte de gente mas o Vitor não.

Esperei um tanto e quando foi ficando mais ralinho de gente perguntei se a cidade era perto, o cara do taxi me disse que uns15 km, tinha o cartão do tal vitor, mas não tinha telefone pra ligar, daí o cara muito cordialmente ligou pro tal Vitor que disse gentilmente pra eu pegar um taxi e ir ao Blue Rock Bulding Center que ele não ia lá me buscar não porque  ele foi antes esperou e meu avião não chegou.

Bom fui ao tal Blue Rock que era um predinho de 3 andares, o Vitor era um cara sério. Muito sério! Misterioso diria. Dava um certo receio de discordar dele sabe! E ele me disse:

– Você vai aqui com o Sr. Sgrunf (não lembro o nome) e ele vai te levar ao carro que te deixará no campsite, fica a duas horas daqui e amanhã você irá fazer dois dias de Safari!

Respondi:

– Sim senhor, senhor!!! Bati continência fui embora com o Sr. Sgrunf

O Sgrunf me levou num terminal de carros e ônibus populares que era uma zona, mas uma zona de verdade, me colocou dentro de um carro com mais oito pessoas, me deu um envelope com parte do dinheiro que tinha dado a eles, e um papel escrito onde deveria descer, e me disse:

– Esse carro vai até o campsite, você entrega esse envelope com dinheiro para meu irmão, bom safari!

– ….ééééé… …mas, como sei a hora de descer do carro!

– O motorista te avisa!

Só que na África o carro só sai quando tá cheio e ainda tinha uma vaga, cabiam 9 pessoas no carro e só tinham oito. E demorou pacas, até que a mulher no fundo do carro se encheu de ficar lá apertada e foi embora com os dois filhos, e todo mundo foi atrás dela só fiquei eu lá paradão na janelinha como sempre!

Daí perguntei para um cidadão o que tinha acontecido, ele me disse:

– Esse carro não vai mais sair hoje, ele está vazio você tem que procurar outro!

– Como assim, cadê o motorista!?????

– É ele aqui!

Fui falar com o motorista mas ele não falava inglês, e o cara que me deu informação descobriu que eu era do Brasil e ficava dizendo que era do Yemêm e adorava futebol e Ronaldo e Kaka e pelé, e tals… …eu fiquei de saco cheio dele e mandei ele voltar pro Yemêm que eu tinha que resolver meus pobrema!!

Daí eu estava no meio de uma puta zona, com um envelope com parte do meu dinheiro na mão e um papel onde tinha que descer, cujo nome era impronunciável!

Vi um cara meio sério e pedi ajuda a ele, por coincidência ele ia um pouco além de onde tinha que descer e fui no carro que ele ia. Apertado pacas, mas fui!

O motorista do carro novo era um motorista sagaz! Veloz! Destemido! Foi anoitecendo e ele não ligou o farol, ligou a seta! Só ligava o farol quando vinha um carro na contramão!

Foi tranqüilo! Deu um medo desgraçado!

Duas horas depois, com uma pontualidade e segurança britânica ele para em um vilarejo e fala:

Yambe na yambe tinipereka kutenda kuna imwe mbuya mpfundzisi, ntsogoleri!!

Apontando pra mim, era ali! Uma puta escuridão e uma porteira na minha frente, do nada sai um cidadão e diz!

– Mister Rafael!!! I waiting for you!

Quase abracei ele e comecei a chorar de emoção! O campsite era ali!

Entrei e jantei com meu grupo uma comida boa com um cara da Noruega vestido de massai, uma mulher da Eritréia, e duas espanholas.

Agora vou estudar!

Falous!

Ao som de Gotan!

Rafas

Hoje não tem foto!


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From Dar es Salaam to Stone Town

Saudações terráqueos!

Levem-me a seu líder!!

Estava eu em Dar es Salaam, cidade bem árabe, andei pacas a manhã toda e decidi que não valia apena ficar ali, nem tinha tanta coisa assim pra ver, eu acho! Fui até o porto e comprei uma passagem de Ferry para Stone Town que fica na Ilha de Zanzibar, praia né!?

Peguei o Ferry e cheguei em Stone Town no meio da tarde, sempre quente.É estranho porque a ilha de Zanzibar pertence a Tanzania, e eu já tinha o visto de turista para o país, mas quando você chega na Ilha de Zanzibar tem que pedir um novo visto. É como se fosse um outro país.

O Freddie Mercury nasceu lá… …grandiscoisa!

Você percebe que está em um lugar diferente quando no lugar de pombas a cidade tá cheia de corvos e todo mundo anda de lambreta. Bem legal.

É tudo árabe, você vai comprar uma bala e tem que ficar 10 minutos negociando desconto com o cara senão ele fica bravo porque você não pechinchou. Os americanos não pechincham, mas os comerciantes gostam deles porque pagam preços altíssimos por coisas que eu pagava quase 10% do valor. Mão de vaca que sou cheguei a negociar uma passagem de Dala-Dala, que é o transporte público local, o cara queria 10.000,00 shelinghs negociei e saiu por 1000,00, e ainda fui na janelinha!

A cidade de Stone Town é um labirinto. Só a parte do mercado e do porto que sai para as estradas são grandes vias que os carros passam. A ruas tem um metro e meio de largura, e os mano andam a milhão de lambreta por lá. E comem polvo frito na rua, é bom pacas!

A ilha de Zanzibar estava sem energia, tudo movido a gerador e andar a noite nesse labirinto era bem legal. Só foi difícil achar o hostel depois de umas 5 cervejas. Andei pacas!!

Lá as mulheres andam de burca e boa parte delas tem as mãos tatuadas de henna, eles gostam de tatuagens era interessante conversar com eles sobre o assunto porque não tem o preconceito ocidental, é tranqüilo, faz parte do dia a dia deles.

Mas fiquei lá um dia e comprei de uma agência de turismo que parecia um boteco com uma família morando no fundo do escritório um pacote para ir ao Serengueti ver uns bichos. Paguei uma grana, mas fui!

Em duas horas estava dentro de um avião-Kombi que me levou a outro aeroporto onde peguei um aviãozinho-Kinder ovo rumo a Arusha… …ah Arusha!! Cidadezinha desgraçenta!

Amanhã conto de Arusha!

Falous!

Rafa

Ao som de: Queens of the stone Age

Uma mesquita bonitona que tinha lá!

Típica rua de Stone Town, os carros circulam só fora da cidade. Nessa via só bike e lambreta! Bem legal!

Texturas! Foto arte... ...tão tá!

Esse é um prédio público que por dentro era lindo, mas o esperto aqui não tirou foto de dentro, fiquei lá olhando só... ...babando na gravata!

Essa rua saía no hotel, tirei a foto pra conseguir lembrar e voltar caso me perdesse, o que acontecia o tempo todo!


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Vamo lá!!

O Robinho voltou pro Santos!! Se ele volta eu também posso voltar!

Então vou contar aqui os last days na África e depois nóis vê o que faz aqui em SP. Ando correndo (percebem o trocadilho aqui?) para terminar a dissertação do mestradum… …Jah proverá!

Saí de Mótrambique em dezembro, dia 22 tava um calor do cão, uns 48ºC, torrante, torresmo! Dei uma mofada no aeroporto porque o avião demorou umas 6 horas a mais pra chegar. Tranquilo, daí foi aquele lenga-lenga de ir pra Maputo dormir lá uma noite e depois ir pra Joanesburgo. Larguei a maior parte da bagagem no aeroporto, por sinal é caro pacas deixar bagagem lá! E fui rumo a Dar es Salaam, capital da Tanzania onde ia ficar uns dias.

Cobsegui chegar a Dar es Salaam a noite, umas 19:00, tudo escuro, lá só se fala a língua local que é o Suaíli e inglês com sotaque legal!

Calor do cão, negociei um taxi até o dito hotel que me disseram ser bom… …tão tá! Mas antes de chegar no hotel eu lá do lado do motorista todo turistão parado no farol, com a mochila entre as pernas e vem um sujeito não tão bem intencionado assim e tenta arrancar a mochila de  mim, isso 5 minutos depois de eu ter colocado o pé na Tanzania. O motorista segurou um lado da mochila eu segurei outro e o cara lá fora puxando. Um assalto no melhor estilo cabo-de-guerra, eis que o meliante desiste! O motorista diz:

– É melhor fechar a janela!

– Ah qué isso, tá uma brisa tão boa aqui!!

Assaltos acontecem mas até que me saí bem desse, só um susto.

O hotel era uma merda. Quente pacas  e tudo torto. Dormi uma noite e só fui sair de lá de manhãzinha.

Dar es Salaam é árabe, muçulmano, nem parece que você tá na África, tem mesquita pra tudo quanto é lado e o povo anda com umas armas pesadas na rua, fuzil e outras mais. Lá tomei garapa, que eles chama de Sugar Cane Juice, bem gelada, na rua mesmo, voltei umas três vezes na barraquinha pra tomar mais. Mal sabia o garapeiro que em no interior garapa é o maior barato e todo mundo transa o suco da cana numa nice! (Esse foi meu momento hippie-paz e amor-anos 70)

Mas bom mesmo é o tapetinho que vendem na frente das mesquitas com uma bússola grudada, assim você muçulmano não perde Meca e pode orar trocentas vezes por dia para o Sr. Alá.

Incrívis, como diria o Mussum!

Isso continua… …amanhã escrevo mais! Vou estudar aqui!

Falous

Rafa

Ao som de – ventilador do teto da sala

Nhau - religião, espírito, dança eu não sei o que é, mas é lhoco mano!

Outro cidadão do Nhau, eles incorporam e ficam horas com a fantasia, nesse tempo não são mais eles mesmos! Como disse, é lhoco mano!!


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Agora

Hello crazy… …real crazy people!!

Ando por São Paulo – capetal, como já disse aqui, a terra do capeta!

Mas tô ocupadão terminando o mestrado, então tá complicado de postar coisas aqui. Até porque nada diria sobre Moçambique, mas sim sobre o lugar que ora me encontro.

Ainda vou contar aqui sobre o fim de ano na Tanzania, que foi legal pacas, Zanzibar, Serengueti, granada de efeito moral explodindo na pista de dança, girafa, elefante, leão, babuíno

Eu tenho fotos dele de frente mas achei a bunda mais sexy! Elefante no parque de Tarengire Tanzania

e afins!

Mas por enquanto deixo aqui minhas desculpas por abandonar o blog!! Tem um monte de gente falando pra continuar e prometo que assim que terminar a %*#@%¨do mestrado eu volto aqui com certeza!

Eu na praia de Kendwa Rocks na ilha de Zanzibar! Sem comentários para com eu sou bonito pacas hein!!

Girafas elegantes... ...como eu!

Leão eu vi vários, mas essa aí olhou firme pra gente!!

Então ficamos assim…

Agradeço de novo a todo mundo que tá falando pra continuar, prometo que assim que der volto aqui!!

Abreizes!!

Rafa


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Rick Martin

Pequenos lagartos, espero ver animais maiores na Tanzania!

UÊPAAA… …um, dos, três… …assim dizia Rick Martin, grande ex-menudo, ator, cantor, dançarino, coreógrafo e latino nas horas vagas!

Olha gentes… …sei que já desliguei o computer e disse que nem ia mais postar nada aqui até ano que vem mas mudei de idéia… …e como eu que mando nesse boteco aqui vou reativar agora e pronto acabô!

Essa história de votação e que voltaria só em janeiro é tudo conversa fiada! Falsas promessas… …aqui anda quente e tentei despachar a bicicleta para Johanesburgo hoje no aeroporto, mas nem deu!

Primeiro que cheguei lá e tinha umas três caixas de carne, veja bem caixas aqui não quer dizer nada refrigerado, são caixas de papelão com carne ensacada dentro, tudo ao natural, na temperatura ambiente, só que elas chegaram no dia anterior e ninguém veio buscar, então tava tudo lá podrão, com mosca verde pra tudo quanto é lado, e todo mundo saltitando igual balé pra não pisar na água que fedia pacas, e eu lá com a bike empacotada pensando:

-Se a caixa da bike encostar nessa água vai feder pro resto da vida!

Mas fiz uma curvinha e passei pelo perigo maior, a poça de sangue e água, desconsiderei psicologicamente as moscas verdes e o fedor já tava normal no nariz, deu aquela amortecida sabe! Fui setor de cargas adentro, mas descobri que pra despachar vai sair mais caro que a própria bicicleta. Então ela vai ficar.

Coisas da vida! Às vezes precisamos nos despedir dos entes queridos!

Na saída um sujeito grandalhão com biotipo de sul africano vira pra mim e diz em português lusitano:

– Você tem um blog!!! Boiando em Moçambique!!?

– Sim, como você sabe? (é óbvio que é por causa da internet!!)

– Ah eu leio… …reconheci você, eu gosto de ler ele!!

Agradeci e nos cumprimentamos.

Saí felizão, mesmo sem poder levar a bike pro Brasil!

Daí sentei aqui e resolvi que vou continuar com esse boteco aqui aberto!

É isso aí!

Segunda estarei rumo a Tanzania, seja  que Jah desejar!

Ao som de Samba Concorrência – Ao vivo no Berlin Estúdio

Sapo na água do cão! Um costume local!


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E assim..

Last cartoon

Pois bem meus camaradas, meus comparsas… …aqui o trabalho praticamente acabou, falta só um relatóriozinho que já tá quase pronto… …então me mando dessa terra moçambicana (graças a Jah porque meu saquito já encheu!) e vou África afora!

A votação deu que o blog vai continuar, mas pra onde eu vou agora não sei se tem computer e nessas épocas de fim de ano devo ficar longe de teclas e monitores.

Então esse é um post de pause!

Sugiro que parem todos também…

Abrazos a todos… …e que essas próximas semanas sejam divertidas e tranquilas.

Thanks a todos que leram e que me mandaram mensagens elogiando ou criticando (ninguém criticou! há)

Voltamos em janeiro… …espero!

Falous

Ao som de Guy Klucevsek – Stolen memories


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Placas e plantas!

Hello crazy people!!

Aqui tudo em paz como manda o satanás!

Mas novesfora o tempo anda rápido, e o trabalho também! Fui Nessa loja fazer o serviço e correu tudo bem. Pegamos o de cor verde e o amarelo que tem peças sobressalentes. Mas tem que ajustar com tecido pois o sistema rejeita outros tipos de material e não colocar muito sal sempre de olho no azymute. Como vocês podem perceber no letreiro da loja eles trabalham com o mesmo sistema que temos no Brasil, mas aqui é um pouco diferente. Ah… …e o interessante é que se você deixa fora de casa uma noite ele não infla como os outros mas sim condensa! Interessante né!

A pintura da fachada diz tudo!

Close do escrito:

E precisa dizer mais alguma coisa?!

Passei em frente e fotografei, depois entrei pra ver o que era e não vou contar a ninguém,  o texto acima é só pra confundir, só eu sei… …SÓ EU SEI!!!!!

HAHAHA NÃO ADIANTA HE-MAN!!!

Esse era o esqueleto do desenho do He-man que tanto assisti na minha infância, ele era o personagem mais legal, mas sempre tinha o xarope do herói pra ganhar no fim… …paciência!

Mas não é só desgraça e He-man não!

Passei por esse jardim de florezinhas bonitinhas! Levaria todas elas para minha namorada (isso é uma declaração!) mas elas secariam na droga do avião da South Africa Airways!

São tantas...

Vou exercitar mais minhas declarações! Ainda tá ruim né! Mas Pati te levo várias flores quando em Sampa estiver ok!

Passei também por uma praça e lá tem uma escultura em homenagem a OMM (Organização da Mulher Moçambicana);

Mas... ...a organização não devia justamente libertar as mulheres dessa tradição?

Na placa acima você vê duas mulhers, uma com uma marreta que aqui usam pra quebrar pedra e outra com uma enxada que aqui tem um desenho diferente (o da direita), a enxada tem um calcanhar. Mas a mulher aqui já trabalha pacas, elas deveriam deixar de fazer isso e ir estudar ou fazer o que estiver afins… …a estrela dispensa explicações! Vem do socialismo, Che Guevara essas influências do mal!!  HAHAHA NÃO ADIANTA SERRA A DILMA IRÁ VENCER!!!

Viajei fortão agora hein!

Bom… …mas o Che é muito lembrado aqui, até nos tênis All Star:

All Guevara o preferido de 9 entre 10 estudantes de sociais da FFLCH, porque sempre tem um filhinho de papai que é PSDB e usa nike!

Fico imaginando as propagandas possíveis para esse tênis, ele poderia ter um slogan do tipo:

Faça a Revolução, mas faça com estilo… …All Guevara, hay que endurecer pero sin perder las tendências fashion rocker jamás!

Ou então:

A revolução começa pelos pés!

Ui…

Bom… …tá na cara que é falsificado, mas o Che deve estar todo pimpão porque tem um All Star com sua foto… …deve estar não!

Voltando ao totem da OMM, achei ele com um formato meio fálico demais para uma organização feminista-socialista:

...é... ...a imagem fala por si!

Continuando com as placas em Maputo me deparei com esse salão aqui;

Queria muito conhecer o cara que pintou essa placa, ele deve ter quadros interessantíssimos!

Não deu muita vontade de entrar e cortar o cabelo não! Se bem que o resultado poderia surpreender!

Mas em compensação a placa do restaurante Mapiko é um achado;

Não comi no Mapiko... ...mas recomendo!

É um cachorro? É um dinossauro? É o Gorpo? (hoje ressucistei o He-man!)

Me diz aí que diabos é esse desenho?

Por fim a árvore monstro… …vocês conseguem ver a cabeça de um monstro!

Ele tá com a boca aberta...

Amanhã tem trabalho pacas e adivinha o que tem de almoço?

Rango de frango pela milésima vez!

Tudo isso ao som de Dead  Kennedys, disco antigão!

Falous!

Aprazos!

Rafa


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Produto(r)

Aqui tudo anda bem!

Prometi não falar mais de cabritos, mas eis que ao acordar hoje me deparo com vários deles aqui em casa mesmo, então não posso deixar de especular mais um pouco sobre o assunto. A Sonia que mora aqui comprou uns cabritinhos para levar sei lá pra onde! Fui ter com os mesmos, são tanquilos e falantes!

Um deles subiu na cadeira e ensaiou um discurso, ele disse bééééééééé béé béééééééééééééé e olhou pra mim!

Ninguém deu muita atenção ao discurso... ...as mesmas velhas promessas de sempre!

Depois foi a vez de esperar pela vez de falar… …em fila!

São animais organizados e democráticos os cabritos! Todos tem sua vez...

Mas esperar pela vez cansa!

Senta que lá vem a história!

Depois  de passar bons momentos com os cabritos fui consertar uma camisa com o Sr. João, costureiro de mão cheia. O menino sei quem é não… …tava lá de curioso! Mas falava pacas!!  Aqui costurar é um trabalho só de homens, as mulheres vão todas pra machamba (roça) carpir e cuidar do trabalho pesado!

Serviço de primeira, minha camisa ficou boa pacas!

Fui comprar um rango, e acabei me deparando com isso aqui que não sei o que é, nem pra que serve, tampouco como se faz, mas vou comer de algum jeito:

A embalagem convenceu a adquirir, é um tipo de massa acredito eu!

E o sabonete parece embalagem de bateria de carro:

É forte hein!!!

Sei que vocês devem estra pensando que o cara vem pra África e fica tirando foto de cabrito, mas que que cê qué?

Que eu levante de manhã com uma lança, mate um Gnu tiro o couro dele no dente e depois vou desenhar na parede da caverna???

Péralá né meu!

Mas semana que vem estarei na Tanzania. Como diz Silvio, o Santos, AGUARDEMMMM!

Lá tem bicho pacas!

Enquanto isso a galera local passa bons momentos rachando lenha pra poder ter fogo pra janta!!

Tem um cidadão rachando lenha aí na foto, aperta os zóio que você vê!

ô diliça!!

Apreixes!

Ao som de Mastodon

Rafa


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Chuvarada!

Hey!

Então como disse uns dias atrás choveu pacas aqui! Vi na internet que em São Paulo também choveu muito, mas lá alaga e aqui um dia depois tá um poeirão danado!

Uma vez conversando com um inglês sobre a chuva torrencial de que ambos nos escondíamos debaixo de uma marquise eu disse:

– Much rain hã!!!

– Yes… …it’s good weather… …for ducks!! HAHAHAHAHAHAHA

E ficou rindo um bom tempo da própria piada! Daí ele olhava pra mim e dizia “Ducks! HAHAHAHAHAH!”, e eu pensando quando que a chuva ia passar pra eu me picar dali! Humor inglês né!

Por coincidência conheci outro gringo aqui hoje, americano, que se orgulhava de ter ido caçar na Zambia, e dizia todo feliz que tinha atirado em leão, elefante, girafa e não sei em quem mais… …porque que ele não atira na mãe dele né! Fala pros filhos saírem correndo e manda bala nos moleque, deve ser emocionante! Porque ele não atira em si próprio, não estamos vivendo um momento de auto conhecimento, muito livro de auto ajuda, Paulo Coelho (ou Paulo Conejo em español) e coisa e tals, então… …atire em você mesmo e seja feliz!

Voltando a chuva que cá caiu, isso fez a paisagem mudar deveras. Veja o embondeiro em outubro:

Aqui ele é bonitão, tem os galhos em fractais! Esse é bem grande!

Depois da chuva semanas atrás ele ficou assim ó:

Verdim... ..chega brilhá os zóio da gente!!

Notem que é a mesma árvore, vejam a construção amarela a direita!

E os rios não são diferentes, porém eles não ficam verdes, mas sim, cheios de água, que é o que se espera de um rio. Uma árvore convencional fica verde e um rio enche de água, o contrário pode ser um pouco bizarro, mas não menos interessante certo!? antes para ter acesso a água os habitantes dessa comunidade tinham que tirar do buraco:

Dureza hein!

E o rio que eu não sei o nome estava assim:

desértico!

Agora depois do pé d’água:

Uuuuuu... ...melhorou hein!

A margem do outro lado da ponte:

Tem umas casinha do lado direito... ..dá pra ver? Esse dia tava ruim de peixe, peguei nada!!

Depois da chuvarada:

Essa foto lembra até os corgo da àgua do Barbado lá em Cruzália!!!

E a criançada se diverte gritando: “MUZUNGO, MUZUNGO, FOTO FOTO!!!”

Alegria coletiva!

É o mesmo rio, se prestar atenção dá pra ver que a margem é a mesma. O calor ainda tá forte, mas deu uma melhorada.

Vou lá comer um rango de frango pra variar um pouco!

Falous

Ao som de Emicida – Pra quem já mordeu um cachorro por comida até que eu cheguei longe!

Rafa


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Mais cabrito!

Hoje na ponte fiquei atento e registrei o transporte de cabrito de bike em outra modalidade. Coitado dos bichinho né… …sofre pacas! Mas não da pra exigir muita coisa deles aqui

Lotação máxima 2 cabritos

Tá tudo ficando verdinho por aqui. Choveu pacas e não demora nada as árvores e plantas aparecem com folhas e tudo fica mais bonito. Muitas plantas que vejo aqui encontramos no Brasil. Não sei o nome mas reconheço as folhas e caules e coisas e tals! O flamboyant está presente e bem vermelho! Mas de árvore grande só o embondeiro mesmo. Vou registrar eles verdinhos e com flores pra vóismice vê!

Si sunsse num quizé é só num vê!

Ah… …tem outro modelo de mochila de cabrito, mas essa é modelo bicho post mortem.

Mochila de cabrito versão escolar!

Queria mesmo era ir num show de metal daqueles bem desgraçentos mesmo!! Saudade da boa e mal tocada música pesada brasileira! Tem a bem tocada, mas eu prefiro a mal tocada!

Tem também o cabrito ensopado, frito, com molho e na brasa, mas esse é outro assunto que deixarei para um momento mais gastronômico. Transporte de cabritos é um assunto de grande relevância… …vale a pena gastar algumas horas de seu dia pesquisando, lendo e escrevendo a respeito!

Chega de cabritos! Prometo que não vou mais ficar tirando foto deles em situações vexatórias. Isso constrange toda a família cabrito. E eles são pessoas queridas, cidadãos de bem! Penso que os cabritos deviam estra mais presentes em nossas vidas, ainda mais nessa época de fim de ano, quando nos presépios de todo o Brasil eles lá estão ornando a cena do nascimento do menino Jéza!

A falta de assunto faz a gente escrever muita bobagem!

Ao som de Trilha sonora do filme The good, the bad and the ugly.

Falous

Rafa


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Mochila de cabrito

Aqui eles levam cabritos pra tudo quanto é lado. Eles e o gado são um símbolo de status social, assim como no Brasil as pessoas mais materialistas olham o carro importado da pessoa e a julga pela marca, aqui quanto mais cabrito e boi você tem mais playboy você é!

O interessante é que mesmo com um grave problema de fome as famílias muitas vezes não abatem e comeme esses animais, eles servem apenas para manter o grau de importância do pai diante da sociedade, já que são extremamente machistas e só o homem tem vez e voz e viva voz. É contraditório, mas assim o é!

Gostaram do “assim o é!” hein… …tenho meus momentos.

E os cabritos são transportados de todas as formas possíveis. Uns pastoreiam, outros levam debaixo do banco das chapas (Chapa é a lotação local!), outros na bike na garupa e alguns são mais destemidos, sagazes, intrépidos…

Inacreditível hein... ...imagina o futum que deve ficar as costas!

As galinhas não recebem tratamento VIP!!!

Leva-se o quanto cabe no guidão!

As fotos foram tiradas pelo Edward, camarada que trabalha aqui comigo, com seu celular! Vou tentar registrar as Chapas, um espetáculo a parte!!

Abraços!

Ao som de  Johnny Cash – American IV-The Man Comes Around


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Segunda é braba em qualquer lugar!

Aqui a segunda-feira começou braba. Segunda é braba em qualquer parte do planeta. deve ter um chinês reclamando da segunda numa fabriqueta de fundo de quintal lá Qiong Shin. Nem sei se existe essa cidade, acabei de inventar o nome. Mas tem tanta cidade lá que deve ter alguma com nome parecido com esse.

Aqui a ponte que temos que atravessar para chegar no escriptorium está em obras e demorou a abrir passagem, uns 40 minutos. Depois a energia acabou umas 5 vezes na sequência, o que fez com que o computador ficasse naquele liga-não liga-liga-não liga, por fim deu pau e agora tá tudo bagunçado.

O almoço foi uma droga! Feijão ralo, com arroz frio e um frangote feio de ver, salada de beterraba e pepino, suco quente e laranja azeda de sobremesa!

A pasta de dente acabou e ainda são duas da tarde!!

Quando que isso vai acabar!

Bom tenho mais duas semanas de Moçambique, depois “munto no porco” e vou pra África do Sul e se tudo der muito certo Tanzania e depois não sei mais de nada!

Fiz uma votação aí !

 Vota lá meu!!!

Abraço!

Amanhã tem foto! Promessa de político já que estou em clima de plebiscito!

inté

Rafa


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Aeroplano

Subida_amarelo

~çlj~ç

Voltei a Tete na sexta-feira. Como todo mundo vai pra capital no fim de semana e volta na segunda o fluxo de passageiros de Maputo pra cá é pequeno nesse dia, então o avião que eles colocam é bem pequenininho… …é praticamente uma Kombi com asas. Eu me sentiria mais seguro numa Kombi, porque ela está no chão e só precisa de freios, já o avião… …ele tinha massa corrida na fuselagem. Você entraria em um avião com massa corrida?

Ele era pequetitico assim! Quando o vi na pista comecei a rir… …de nervoso. Dava pra ver a cabine dos pilotos e na hora da decolagem os dois seguraram juntos, com as mãos uma sobre a outra, aquela alavanca que acelera o avião. Foi um momento carinhoso entre os pilotos, os dois decolando a Kombi de mãos dadas. Mas fiquei pensando se eles não estavam em um momento meio Telma & Louise e tals… …mas não alimentei as minhocas de minha head! Na verdade esse deve ser um procedimento de decolagem né, se um desmaiar de emoção por ter conseguido levantar vôo com a Kombi o outro toma a direção e vai todo mundo junto pro Ceasa (citação á música do Premeditando o Breque).

Já estou com o cabo da câmera, mas vou colocar outro desenho. Fotos só na segunda-feira!

Apreizes!!

Ao som de Public Enemy – Fear of black planet

Rafa


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Mala

One

Amanhã volto a tete depois de uma semana em Maputo. Aqui foi o de sempre… …correria, fiz muita acupuntura com Dr. Sheng e massagem com os outros Chinas. Tudo bem e melhorando!

Comprei uma mala pra levar algumas coisas ao Brasil ao chegar no hotel percebi que ela era pequena. Voltei lá no outro dia e tentei trocar o que não aconteceu, aqui comprou tá comprado. Saí batendo o pé como de costume mas pisando meio de leve porque a coluna não permitia eu pisar tão forte no chão assim. Só de raiva fui em outra loja, entrei e comprei uma mala que achei que era “bem maior” que a outra. ao chegar no hotel e comparar percebi que elas são idênticas, exatamente do mesmo tamanho. Fiquei uns 10 minutos em choque e falando baixinho pra mim mesmo “Tu é muito burro rapá!” depois começei a xingar e praguejar como de costume!

Amanhã comprarei uma mala maior. Só não sei o que fazer com as outras duas!

Ainda estou sem o cabo para passar as fotos da camêra então colocarei outro desenho!

Vocês já assistiram a filmes indianos cheios de dança e tals, aqui passa muito isso, tenho visto! É engraçado, divertido! Aqui tem indiano pacas, eles dominam o comércio, meio máfia o negócio! Não gostam de fotos, pelo menos é a impressão que tenho. No supermercado encontrei duas mulheres e pedi para elas me ajudarem a entender as embalagens de alguns produtos indianos, elas faziam o tipo Donas-de-casa e foi um bom papo e o sotaque do inglês delas era típico dos idianos. As duas de burca só mostram rosto e mãos toda tatuada com Henna, muito bonito, lindo! Queria pedir pra fotografar e dizer que os desenhos nas mãos eram lindos mas não fiz nada disso, acho que a reação aos elogios não ia ser bem recebida e a micro-amizade-fast-food que se estabeleceu por alguns minutos no supermercado seria abalada com um pedido de foto. Tornaria aquilo um momento de deslumbre freak e as duas em objeto de curiosidade. Agradeci e me despedi!

Mas pelo menos elas me ajudaram, estava pretes a comprar um óleo de passar no cabelo achando que era remédio para dores musculares. Os dois são vermelhos!

Fui a um restaurante ontem e pedi um parmegiana e uma salada de agrião, o garçom ficou sério olhando pra mim com cara de quem não fala aquele idioma, que não entendeu nada. Esperei uns 15 segundos e disse “Traz um frango mesmo vai!” nesse momento o garção saiu de seu estado de paralisia e começou a anotar o pedido! Dureza!

Vou comer umas bananas!

Abraços!

Ao som de Bar kokhba Sextet


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The Cream

 

Satã

Ando por Maputo. Vim ver umas coisas e cuidar da minha coluna que anda mal das pernas. Se no Brasil eu sou um estutande-de-pós-graduação-classe-média-durango aqui eu sou o  consumidor AAA, a classe mais abastada, The Cream. Somos nós, os brancos gringos que vão aos restaurantes mais caros mas aqui plenamente acessíveis para nossos ganhos, somos nós que compramos e gastamos o que há de mais caro. Não dá pra comprar helicóptero mas não há preocupações financeiras.

Fui ao hospital público central de Maputo mas não era exatamente o que tinha em mente. Então como a medicina realizada no sistema de saúde público não é a mais avançada saí aqui a procura de médicos particulares e acabei por indicação no bairro que concentra as embaixadas de muitos países. Lá me consultei com um brasileiro já bem naturalizado, até sotaque lusitano tem e por indicação cheguei no Dr. Sheng, chinês que é médico oficial da presidência da república. é ele que atende ao Chissano ex presidente de Moçambique e outros figurões locais. Me senti o Colllor!

Sheng é acupunturista ele fala português muito mal. Quando no consultório cheguei tinha um muçulmano de uns 3 metros de altura junto comigo pra ser atendido, com aquela roupa típica que parece um pijamão. Sheng mandou nós dois entrarmos num quarto com duas camas e disse apontando “Tira ropa, deita!”, eu nem tinha aberto a boca ainda, nem tinha dito o que tinha. É curioso estar na África ser atendido por um chinês com uma figura estranha do teu lado, se bem que ali o estranho poderia ser eu aos olhos deles! O cara  é ninja! No fim das agulhas ele me deu um potinho com pílulas verdes e disse “Toma dois todo dia!”. A consulta foi assim, e eu acordei bem melhor.

O bom da China e dos chineses serem muitos e estarem espalhados pelo mundo é que você encontra acupuntura em todo lugar, e isso pra mim é bem bom!

Agora vou para a massagem, feita por chinesas! Gueixas!

Estou sem o cabo da câmera, então vou mandar outro desenho!

Fiquem bem!

Se cuidem!

Apreixes!

Ao som de Boswel Sisters – Indicação do Sr. Moralez


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Diversão

Quando apareceu a idéia de fazer um blog coloquei para mim mesmo algumas diretrizes que deveria necessariamente respeitar. Uma delas era a de não cair no lenga-lenga de ficar falando mal de Moçambique, depreciando um país que tem muitos e graves problemas. Não ficar explorando a desgraça alheia. Então quando fico meio de bode desse lugar não escrevo nada. Acho melhor assim.

O ciclo é mais ou menos assim. Você chega e tudo é uma grande novidade, tudo realmente é novo e interessante, até as adversidades e dificuldades são vistas como novas e interessantes. Porém passado algum tempo o novo deixa de ser novo e as adversidades se tornam adversidades mesmo. E aqui “mái friende” o que não falta é adversidade.

Se você morar em Paris na primeira semana vai achar lindo a torre Eiffel vai ficar olhando pra ela por uns 10 minutos de boca aberta babando na gravata!

Na segunda semana vai ver e falar ” ó a torre lá!”.

Na terceira vai ver a torre, e só!

Na quarta nem vai ver a torre e depois de uns dois meses vai falar ” ó a maldita da torre lá, um monte de ferro torto, nem tem farol!!” Aqui não tem torre.

Tem muçulmano pra caramba e suas mesquitas.

Se fosse um Mussum Mano ia ser “mesquitis!”

Eles não deixam eu entrar na mesquita! Não adianta, já tentei!

E os portuga, espertões que eram, construíram um cinema e um clube.

Se fosse um cine de terror teria que ser 666, mas como é 333 virou igreja mesmo! Essa foi ruim hein!!

Clube largadão, devia ser legal quando funcionava!

O cinema virou igreja e o clube virou nada.

Vou embora de Mótrambique daqui a pouco e se tudo der certo ainda ando um tanto pela África antes voltar ao Brasil.

Piada local:

-Você vai morar em Moçambique? Em Maputo?

– Não

– Então você está nuMaputa roubada!!

É acho que ando um pouco cansado!

Férias que vem, Oslo!!

Falous

Rafa


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Sábado

Hoje é sábado e eu fiquei de preguiça o dia todo praticamente. Saí de bike comprar umas frutas, agora é época de manga e elas estão bem perfumadas e vale a pena comer algumas. Fui a Mussacama de novo e encontrei o pessoal da Kasupe Jazz Band que fez uma apresentação rapidinha. Um pocket show. E conheci a Graça, você podem vê-la na foto abaixo. Ela realmente é uma graça. Hoje não está tão quente mas já avisaram que amanhã vai faltar luz das oito da manhã as seis da tarde. Aguardemmmmmm!

Como trabalham as mulheres moçambicanas!!! É incrível!

The Kasupe Jazz Band, dessa vez só na guitarra e bateria.

Espelho.

Preciso de um tripé para a camêra.

Ela chama Graça, super simpática. Não fala português mas conversamos bastante!

Percebi que como muita coisa Halal, aqui tem muçulmano pra caramba e boa parte do compramos tem esse selo Halal. Mas na mesquita eles não me deixam entrar né!! Eles comem peixe, mas assim como os judeus não comem porco. Uma pena! E não comem animais com garras como leão, urso e também animais considerados repulsivos como moscas e baratas. Até aí não precisa ser muçulmano pra não querer comer mosca e também não me recordo de saber de gente que comeu carne de leão… …mas vá lá! Gostaria de meio quilo de leão moído, vou fazer panqueca hoje e me dá um kilo de patinho de urso!

Quem que esse povo pensa que é? Mas vá lá… …cada um no seu quadrado!

Fui comprar uns cds na única loja que vende material de informática aqui, que é de uns chineses, óbvio. O engraçado é que eles falam português com sotaque lusitano. Parece filme de terror Z. Um chinês na África falando com sotaque lusitano, eu ri… …foi inevitável, parecia dublagem, aquele sotaque não poderia sair de um chinês de verdade. Tá… …foi mal, mas foi engraçado! Na volta uma molecada me seguindo eu voltei e dei uma dura neles, daí olhei pro lado e tinha um povo mais velho olhando sério pra mim, não era um olhar de reprovação, mas também não era de aprovação. Mas eu me piquei dali!

Fiz um frango hoje que ficou bom pacas, não estava repulsivo, tinha garras pequenas, mas com azeite hummm… …ah e foi comprado no mercadinho do indiano-xarope-mal humorado, tudo halal, ele só da risada na hora em que você mostra o dinheiro, antes disso parece que tá com malária! Coisas que essa estadia me proporciona. Eu avisei, mas não me escutaram e deu no que deu! Quando voltar ao Brasil vou morar uma semana numa churrascaria. Não é que vou lá comer, vou morar lá. Vou acordar e o café da manhã vai ser picanha, baby beef e mais um pedacinho de costela. Sempre bom comer fibras!

Falous

Ao som de Entombed


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Um dia.

Ameaçou chover... ...mas só ameaçou! E o dia começou...

Fui para uma comunidade comprar palha... ...não lembro o nome.

Casa com poucos moradores!

O bairro é pouco concentrado.

Embondeiro vermelho

Àrvore branca, o nome certo dela é Solsol.

 

No caminho o que um dia deve ter sido uma ferrovia muito interessante.

Buraco, o mini boteco.

Voltando para cidade as barracas vão aparecendo.

A barbearia está precisando de um "up" na fachada!

Pra voltar a cidade tem que cruzar o Rio Zambeze, muito bonito por sinal!

E o dia acabou.


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Seo Bento

Quando estava no ensaio de dança Chintali semana passada o ônibus demorou chegar para levar as pessoas embora, então ficamos ali umas duas horas de bobeira… … e eu tirando foto de tudo, igual turista japonês. Digo isso com todo respeito ao turista, ao japonês e aos que tiram foto de tudo, adoro a cultura oriental e tenho bons amigos filhos de japoneses. Mas não era sobre isso que ia falar… …tem o Seo Bento, que é quem ajuda a organizar os ensaios e traduz para o Nhungue tudo o que tenho que falar com a população dos bairros, ele é do governo e trabalha com a parte de cultura e tals.

Resumindo: estavámos eu e Seo Bento ali de bobeira, ele sobre sua motoca e eu tirando a trigésima foto do mesmo embondeiro quando Seo Bento diz:

– Precisava tirar uma foto de minha moto…

– Pô Seo Bento… …demorô… …monta nela aí que a gente registra agora!!

– Mas bom mesmo era se eu andar com ela né?

– Então passeia aí que vou fotografando!

O resultado foi o book do Seo Bento abaixo. Vou imprimir as fotos e entregar para ele… …muito gente fina o cidadão!

Bento #2

Em movimento!

Bento #22

fazendo contatos!

 

Bento #1

Seo Bento e a motoca!

 Aprazos!

 

Ao som de Manu Chao

Rafa


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Notícias do átomo

Sempre quente e rodando em volta do núcleo. Fui no Why not! Um dos restaurantes administrados por sul africanos que tem aqui em Tete. Lá tem um sper ribs decente, mas hoje comi uma lasanha de carne, domingo achei que seria de bom tom uma massa já que frango tem todo dia. Um frango inteiro aqui dá meio do brasileiro, eu como um frango inteiro aqui numa boa, eles são pequenininhos, parece uma codorna gigante. A codorna então é do tamanho de um sabiá.

Nunca comi aves silvestres, sou contra essa onda de carnes exóticas. Sujeito de uma hora pra outra quer comer tamanduá, porque ele não vai comer a perna de alguém ou o braço de outro ser humano, é tudo carne ué!! Mas as instituições informais vetam a possibilidade da antropofagia. A não ser dar umas mordidinhas na namorada, aí pode! Aí é até de bom tom, se não fizer tem alguma coisa estranha!

Mas a venda de carnes no Kuatchena (mercadão popular local) é um caso a parte. Não consegui ficar muito tempo ali nas barracas porque tem mosca pra caramba, aquelas verdonas, e o cheiro é muito forte. Aliás o mercado fica sobre um antigo lixão. Acho que as fotos dizem um pouco sobre como é o lugar.

No Brasil temos o Fernandinho Beira Mar, o Marcola, etc, aqui o bandido mais perigoso chama Anibalzinho. Você levaria a sério a ameaça de alguém que chama Anibalzinho?

– Seqüestramos sua família e queremos o resgate, aqui é o Anibalzinho ô Pá!!!

Ou então:

– Parece que vão matar todo mundo!!

– Quem disse?

– Anibalzinho… (tensão no ar!)

Até aí cada um tem a bandidagem que merece. Mas o clima aqui é muito pacífico. Hoje mesmo fui no mercado de Kuatchena de novo e me enfie lá no fundão e é bem tranqüilo. Saquei a máquina numa boa e fotografei a parte do açougue, o povo até posou pra foto. Foi sossegado.

carne-1

Embaladas a vácuo e sem contato manual

   

carne-2

Os pontos pretos sobre a carne não é tempero não, é mosca mesmo!

dfsdfsdfsdfsdf

Essas fotos eu tirei perto das 11:00 da manhã, estava um calor de uns 42 C, esse boi foi morto ontem sei lá que horas... ...dá pra imaginar o cheiro desse lugar?

O mercado é um labirinto, mas organizado por seções, todas as barracas de material elétrico estão no mesmo lugar, as roupas idem e assim por diante, e lá você encontra de tudo. Tudo mesmo, até coisa que você não quer encontrar.

Agora vou estudar, tá tudo atrasado aqui!

 Falous!

 Rafa

Ao som de Jaco Pastorious


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Cabelos

Notei que os cabelos aqui seguem modelos bastante peculiares. Normal né!! No Brasil tem a chapinha, luzes, e outros modelos mais que não sei bem… …porque homem de verdade não entende de cabelo. Homem que é homem entende futebol e de mecânica, às vezes, veja bem eu disse às vezes, vai no barbeiro e diz “Corta!”. Pronto, não fica de nove horas com o assunto não.

Mas tenho notado que as mulheres usam uns cortes bastante peculiares por aqui. Vou apresentar alguns hoje e quando conseguir fotografar outros vou mostrando ao longo de nossa programação.

O corte mais comum é o denominado como “Cabelo Bandido”, porque quando não está preso, está armado. Há… …essa é boa hein!!. Mas é real, tem um que é muito interessante que é o bolotas, como podem verificar abaixo.

bolotas

O nome resume bem o penteado... ...bolotas!

Outro corte interessante é o que me lembra um rapper dos anos 90 o Coolio, ou outro rapper paulistano o Sabotagem como podem perceber nas fotos abaixo. Anteninhas…

 

Coolio

Pequenas antenas... ...fica bem nelas!

 

coolio-costas

A visão do cocoruto da head!

Tem as trancinhas, bastante utilizado…

 

trancinhas

As mulheres vão na casa umas das outras e passam o dia a trançar o cabelo!

Tem também as pessoas que não tem cabelo, então elas compram. Há um mercado de cabelo artificial nas banquinhas na rua e na beira da estrada, elas aplicam numa boa e todo mundo sai feliz. Mas algumas não contentes usam perucas mesmo, como a da foto. Tem uma garota que trabalha lá no escriptorium e ela era meio carequinha sabe… …então de um dia pro outro me aparece a margarida lá toda pimpona com um cabelo preto meio Chanel, olhei bem de perto e não deu outra… …peruca das braba! Falei nada né, quem sou eu pra criticar a peruca alheia. Por mim tá limpo!

 

peruca

Certeza que é uma peruca nervosa essa aí!!

Os homens são carecas em sua maioria, mas sempre tem uma meia dúzia de moleque desocupado que faz umas trapalhadas no cabelo, mas desses aí eu nem vou falar!

Depois fui falar com a criançada, o que sempre vale a pena por aqui!

 

galeras

Difícil verificar quem está mais feliz por tirar foto junto...

 

Moleque
Esse cidadão me seguiu por muito tempo… …gente fina!

Falous!

Rafa

Ao som de Bill Frisell


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Chintali e os tambores africanos!

Aqui tudo quente!

Vou repetir isso até o dia em que o clima fique mais ameno. Vai demorar!

Ontem choveu pela primeira vez!

Foi incrível!

Foi Sensacional!

Foi fantástico!

Foi um chuvisco de nada que nem molhou o chão!

Mas tá valendo! Antes de chover estava quente, perto dos 41 C, daí veio aquelas nuvem todas e levantô um poeirão do chão e, e, e… …e o céu ficou um pretume só e daí caiu uns pinguinho d’ água, depois voltou aquele sol que castiga o peão!!

E isso tudo aconteceu no ensaio de Chintali, uma dança deles aqui!! Fui de novo buscar as mulheres em dois diferentes bairros, dessa vez elas cantaram pouco dentro do ônibus. Mas foi bom porque tinha muita percussão e isso particularmente me agrada.

Depois fiquei quase duas horas esperando o ônibus retornar para poder levar todo mundo embora. Inclusive eu. Como fiquei bastante tempo na comunidade depois de uma hora ninguém mais queria me seguir ou ficar me olhando. Tornei-me mais um “local” o que permitiu fotografar a vontade sem incomodar. Tinha uma casa com um som bem alto, isso é comum nas comunidades, fica um tipo de DJ colocando som pro bairro. É algo como os Soundsystems jamaicanos, mas o som é um funk eletrônico que eles gostam aqui. Bem dançante… …e todo mundo dança. Todo mundo mesmo, as crianças, os véinho, os adolescentes é bem legal! Tinha uma senhora de uns 60 anos aparentando ter 90 que levantou e dançou um funkão numa boa.

Aqui a dança com o rebolar e tudo o mais não tem o mesmo sentido sexual que se entende no Brasil, é natural, não tem problema nenhum, não tem vergonha, nem pudor porque é tranquilo, é inocente. Bonito de ver!

No fim do ensaio estava lá os tambores jogados num canto e eu fui ver de perto. Veio um senhor e disse:

– Esse é o tambor africano e que se toca assim ó… (e mandou ver um ritmo interessante)

– Muito legal… …posso tentar tocar?

Todo mundo riu que o “branco ia tocar tambor”. Modéstia a parte foi tarefa simples para este que vos escreve, meu passado sentado diante de uma bateria permitiu não só reproduzir o ritmo deles como dar uma improvisada no final, pensei “ah é, segura essa então!!!” e, PÀ TUM PRA TUM TUM TUUUUM PRA CLÀ TUM PRA, etc e tals!!

Todo mundo riu e no fim nos abraçamos. Mas depois o senhor que veio conversar comigo no começo ficou olhando de revesgueio!! Gostou muito não!

Apraços!

Ao som de Intronaut

Rafas

antes-do-ensaio

Conversa antes de começar o ensaio! Queria muito falar nhungue pra entender o que ali se falava!

gente-1

As pessoas se reunem para ver!

gente-2

E foi juntando mais gente!

dança

...daí a dança e o som começam e é uma alegria coletiva muito boa de ver e de estar perto! Emocionante mesmo!

eu

esse em primeiro plano sou eu, depois tem a dança acontecendo e lá atrás de tudo as "nuvem empretejando" o céu!!

bikes

Belíssima bike, um clássico instântaneo!


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Bikes

As bibicletas.

Demorou pra falar delas. Aqui bike não é pra passear. Tampouco pra ir no Ibirapuera manter a forma de bolota, a barriga de chopp, muito menos pra desfilar o último modelo com 57 marchas e freios com pastilhas de cerâmica desenhados pela Nasa. Aqui o modelo é um só, e as marcas são Hunter (eu tenho uma), Hero e Windsor. Mas é tudo bem parecido. É a mesma bike com poucas mudanças. A bicicleta é dura, pesada, rude, forte, não tem precisão e tem que ter perna e ser alto pra andar. Como eu sou muito macho isso tudo não é problema, pedalo numa boa. O unico porém é o calor que torra o ser humano.

O transporte público aqui são as “chapas” que merece um post só pra elas, mas as bikes suprem totalmente a necessidade de transporte das pessoas. As estradas são longas e quentes. Bota quente nisso, e todo mundo caminha por elas levando o que tem que levar.

movimento-nas-estradas

A necessidade dos bens faz as pessoas caminharem bastante.

Quando não tem bike vai na cabeça.

ma~e-2

Sem bicicleta vai tudo na cabeça mesmo! Tem um filho nas costas, dá pra ver? Notem o tamanho do chinelo do menino de vermelho!

Quando tem bike levam cargas, pessoas e tudo mais que precisar

bike-1

Detalhe para a sandália cor de rosa do cidadão.

garupa

Pode também rolar uma carona, ou boléia como dizem por aqui!

saco-garupa

Se você leva muita coisa tem que segurar na descida, os freios não funcionam muito bem!

engradado

Você pode também levar seu amigo pra comprar cerveja. Uma caixa pra cada um!

lenha2

Levar lenha é normal, esse está carregando pouco, vou fotografar alguém com muita lenha pra vocês verem!

bike-2

Ou pedalar livre mesmo. Só você e a bike!

As melhores situações de carga não estão aqui, vou tentar registrar em fotos. Tem cada absurdo que só em foto pra poderem acreditar.

Fui em um ensaio de dança Mafue de três bairros juntos. Tinha que pegar um micro ônibus e buscar as mulheres das 2 comunidades e levá-las a uma terceira para lá ensaiarem.

Foi bem divertido, conversamos bastante e algumas até já conhecia. Elas cantam o caminho inteiro dentro do ônibus e me homenagearam cantando meu nome, consegui filmar meio torto, vou tentar postar. Foi muito emocionante ouvir aquele coro alto, forte e agudo falando meu nome do jeito deles e olhando pra mim, foi bem divertido. Tinha a líder de um bairro que me pedia as coisas e dizia no fim da frase:

– Precisamos de kapulanas meu querido!!!

Quando ela falava o “meu querido” todas as outras mulheres riam muito alto e tudo virava uma bagunça, eu respondia:

– Vou providenciar minha querida!

Tudo ficava barulhento de novo. Muito bom isso tudo. Mesmo com todas as adversidades possíveis o bom humor imperava naquele ensaio.

O motorista do ônibus tem o nome de Sr. Sabão.

Ao som de Grant Green.

Falous!!

Rafa


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Fui pra Boroma de novo!

Fui bra Boroma de novo!

Tá bom que lá é legal e tem árvore vermelha mas duas vezes na seqüência não dá né meu! Mas fui!

Dessa vez passei uma hora e pouco no bar que fica aos pés do morro onde tá a igreja. Presta atenção na fachada do bar.

bar

Se pudesse eu morava nesse bar! Coisa fina diz aí!!

Agora presta atenção nas pinturas da parede do bar!

parede

Decorado com imagens que promovem um estilo de vida virtuoso! A gilete no fim é uma pérola!

Agora presta atenção nas cabritinha bonitinha que fica em volta da gente!

cabrito-1

Esse é o Jair, bonitinho ele!! Falante, bem humorado! Bééééééé!

cabrito-2

Esse é o amigo do Jair, não sei o nome, meio mal humorado. tava de bode!!! há, essa foi boa hein!

Agora presta atenção na cara da comunidade ouvindo a conversa dos branquelo aguado!

DSC07701

Ouvir os anciões é muito interessante.

Acho que isso tudo resume bem como foi o dia. Pra terminar… …uma lagartixa!! Uêba!!!

lagartixa

Ela tem um rabo meio azul...

É isso aí!!

Abrazos!

Rafa

Ao som de Boswell Sisters


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Boroma e energia elétrica.

Domingo de manhã sempre falta luz. De tarde também. E se acaba a luz acaba a água junto porque ela só fica disponível dentro da casa através de uma bomba que é ligada sistematicamente para suprir as necessidades dos moradores. Foram os portuga espertões que fizeram uma casa com a caixa d’água no nível do chão, assim você sempre vai precisar de uma bomba. E aqui eles não falam luz, mas sim energia. Então é assim, domingão sem energia, você acorda não tem água pra tomar banho, escova o dente com água mineral e vai pra rua com ramela nos zóio procura algum lugar com gerador pra tomar café da manhã. Isso tudo num calor de 38° C as 10:30 da manhã. É uma gostosura!

Mas nesse domingo fiz um esquema diferente. Programei de acordar as 5:00 da manhã, assim ainda pegava o último suspiro de energia e saia de carro rumo a Boroma, um povoado a uma hora daqui que tem uma igreja que os portuga construíram (os mesmos da caixa d’água no nível do chão).

Fiz isso mas quando acordei as cinco já não tinha mais energia. Maravilha! Saí e fui caçar a estrada pra Boroma, foi fácil! Uma horinha, um pouco menos e eu tava lá! Muito bonita a igreja e o internato ao lado. Tudo mal conservado, como podem ver nas fotos, mas ainda funcionando. Assisti a uma missa católica em Nhungue ou Inhungue ou Ynhungwe, como preferir, esse é o idioma local, totalmente incompreensível, não tem nenhuma semelhança com o português.

No início a igreja foi enchendo e ninguém sentava no meu banco, até que ficou eu sozinho no banco e todo mundo apertado nos outros, daí veio uma criançada e sentou do meu lado. O padre fez o sermão em Nhungue e depois resumiu em português olhando para mim, prestei atenção e acenei positivamente com a cabeça, só eu ali não falava Nhungue, então foi muito gentil da parte dele não acham?!

Um espetáculo a parte é a música e as danças da missa, tambores e chocalhos com um canto muito harmonioso e bem executado. Gritos que lembram o candomblé e uns passos de dança bonitinhos executados pelas garotas adolescentes. Tudo na medida certa, muito bom gosto tem esse pessoal. Aliás eu gravaria um disco deles se tivesse uma gravadora, ou um gravador. Tirei umas fotos. E fiz uns vídeos meio escondido. Mas ainda não descobri como colocar vídeo nesse blog aqui.

Depois dei um rolê pelos prédios e fui ver uma nascente de água quente que fica lá no meio do nada. Saí com o Ministro que estava celebrando a missa e ele me mostrou o caminho. Mas pra que água quente num lugar como esse. Um sol fortíssimo torrando o cerebelo e eu lá enfiando a mão numa mina de água quente… …pensei bem e vi que tinha alguma coisa errada ali!!! Isso não pode estar certo. Entrei no carro e fui embora tomar tônica com limão e bastante gelo.

Amanhã vou voltar lá com uma brasilerada que quer ver o potencial arqueológico da região. O engraçado é quem vem os deslumbrado que nunca saíram do escritório e vira pro habitante local e diz:

– Gostaríamos de estar verificando os stakeholders para acionarmos o budget de nossos PV da central com os parceiros que fazem o link com todo sincretismo cultural Brasil/Moçambique/Brasil e porque não Moçambique de novo!!!

E o moçambicano que mora lá no meio do nada e viu carro duas vezes na vida olha pros almofadinha de brinquinho vestido de Indiana Jones com cara de quem não quer aquele povo ali não!

Agora voltou a força, a luz, a energia!

O som de Trilha sonora do filme Ed Wood

Apraças!

Rafa

arvore-vermelha

Árvore vermelha, lindona!

black-jesus

Black Jesus!

padre-e-o-sermão

Padre Inocêncio na hora do sermão!

plano-geral

Plano geral da igreja... ...é, a árvore ficou na frente, mas ela é lindona diz aí!! Vermelha!!

escada

A escada pro sino não tava muito boa não!!!

criançada

Minhas companheiras de missa, meio barulhentas mas tudo gente boa!

margens-do-zambeze

A igreja fica as margens do Rio Zambeze... ...vocês notaram a árvore vermelha? Já disse aqui que ela é lindona?

neneca

os mais novos vão na missa e dormem o tempo todo nas costas da mãe. É a neneca, melhor que qualquer carrinho de bebê!


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Rodamunho e afins

Muito quente esta terra. Fui a Maputo uns tempos atrás e fiz contato com umas ONGS, várias instituições, organizações e afins. Quando não sei como terminar a frase coloco um “afins”, ou então um “como vocês sabem bem…”, é batata! Espeto! Como escrevia Nelson Rodrigues, que dizia também em um livro que a mulher traía “como quem comia um Chicabon!”, gosto dessa comparação. Aqui não tem Chicabon.

Aqui nem tem sorvete!

Ando ouvindo dub pra caramba, tem a ver com o ritmo quente da região. Como tá seco pacas, não chove desde agosto, é comum ver rodamoinhos. Mini furacões. Micro tempestades de areia. E quando você olha pro lado tem um tufo de areia subindo. Acho que tufo de areia nem existe, mas tá valendo. E esses furacõezinhos são grandes, ficam mais altos que postes. Mas aqui eles não tem a simpática e folclórica figura do Saci, que dizemos viver dentro deste “rodamuinhos”, eles acham que é o capeta que tá lá dentro mesmo. E se você passar no meio de um, Jah elvis!! Capeta dentro de você pro resto da vida!

Ontem de carro tinha um “rodamunho” vindo em direção a estrada, eu acelerei e passei bem no meio dele, mas de carro, então acho que atropelei o diabo… …ué ele tava no meio da estrada, na contramão ainda, e dirigindo aquele “rodamunho” que deve estar com o IPVA vencido. Segundo dizem ele não é lá muito boa pessoa, não deve andar com os impostos em dia e tals! É a profissão dele né, um jeito satânico de ser. Semear a discórdia, plantar o mal e regar a cizânia com carinho são suas atividades diárias. Assim como tomar um Chicabon. Lá no inferno é quente será que tem Chicabon?

Será que eu tô no inferno?

Voltando as organizações, Ongs e afins, eles falam com você uma vez e no segundo contato te tratam como velhos amigos.

– “Hey Senhor Rafael como estás, foste ao Brasil, viste a namoradinha hã hã… …como está Tete? Muito quente, tens que vir a Maputo… …ah aqui há de gostar ô pá!!  Obrigadinho!!!”

– …ééé, aquela lista de preços que te pedi…

– Tás a ver, o que fizeste no Brasil, conte-me lá ô PÀ!.. …êêêpáááá o Senhor Rafael deve aprontar muita coisa no Brasil!!! Diz aí ô pá, estamos juntos!! Ishhh  yôwê!!

E nada da lista chegar! Mas são simpáticos e comunicativos, isso melhora o trabalho em alguns pontos… …veja bem, eu disse, “em alguns pontos, como vocês sabem bem!”

Fui!

Ao som de Rockers All Stars

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Mesmo sem chuva, ou umidade as árvores estão todas florindo e ficando verdinhas.

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Versão em vermelho da mesma espécie.

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Pintaram o embondeiro... ...num dá né!!

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Símbolo da vila de Moatize.


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Há sougues!

Quando você não entende alguma coisa tem que falar:

– Não estou a perceber!

E não, “Não entendi!”

Quando vai a algum lugar tem que dizer:

– Estou a vir!!

E não, “estou indo!”

E tinha um sujeito aqui agora que chama Sr. Sabão. É sério! Mas você contrataria alguém que chama Sr. Sabão?

Acho que tô ficando com um leve sotaquezinho portuga. E quando você quer dizer que mandou o e-mail para alguém, você diz:

– Mandei para si!

E quando você quer comer bem, você cozinha em casa mesmo!

E quando você tá com calor, fica com calor mesmo.

Hoje de manhã troquei o pneu da caminhonete. É estranho porque o carro é maior mas o macaco é menor. Tem um macacozinho assim ó… …é quase um sagui hidráulico!! Há essa foi boa!! Eu tinha um palio no Brasil que tinha um macacão e a caminhonete daqui tem uma porcaria de um macaco. Suei a camisa! Mas troquei! Acho que foi um pouco do jeito –caipira-de-ser em que trabalhos práticos devem ser realizados sem pestanejar. Tipo serrar tábuas, pregar alguma coisa, etc.

E hoje vi um açougue ambulante, era um sujeito com um carrinho de mão vendendo uma perna de boi. A vantagem é que você pode escolher o corte. Mas a carne não tem uma conservação muito boa. O carrinho fica as moscas. Não porque não tem cliente, mas pelas moscas mesmo. Há, mais uma hein! E o cheiro é bem convidativo… …às moscas!! Há mais uma! E quando você escolhe o corte ele pega uma machadinha e PRAW!!! Sei lá se machado faz esse som, mas ele corta e pesa na sua frente!!  Claro né… …onde mais poderia ser! Tem até uma balança, acho que dá pra ver no canto da foto. Isso foi bonito de ver!

É isso aí!!

Ao som de Slayer – God Hates Us All

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Açougue ambulante. Se no interior vendia picolé assim qual o problema de vender picanha!

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Sala de aula da escola Samora Machel. Esta sala é utilizada diariamente, não é uma sala abandonada!

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AAAAAAAAAHHHHHHH... ...o Serra nãããããããoooo!! Chega de desgraça!!

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Para acabar no melhor estilo Jornal Nacional, sempre depois da desgraça uma boa notícia, uma foto do Rio Rovubwe. Ele corre em direção ao Rio Zambeze, lindão ele né não!!


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Songo

Fui pro Songo, fica uns 200 Km daqui de Moatize, lá fica a hidrelétrica de Cahora-Bassa que represa o Rio Zambeze e forma um grande lago, muito bonito, com pedras e montanhas e cores e texturas. É legal falar texturas porque ninguém sabe muito bem como definir isso e fica aquela impressão de texto sofisticado, coisa de designer-video-maker-artista plástico. Mas foi legal pacas, ficamos em um “lodge”, como eles dizem por aqui. Nada mais é que uma pousada metida a besta, um monte de quartos espalhados pela floresta, tudo separado e a noite é uma escuridão danada.

De manhã bem cedo alugamos um barco e fomos dar uma volta na represa que é bem grande. E lá tem hipopótamos e crocodilos além do Tiger Fish, que é um peixão com dente grande e bem bonito. Chegamos bem perto dos hipopótamos que é um bichão grande pacas, eu acho bonito tem gente que não gosta. Mas pra mim ele é lindão! Só que é agressivo pacas e eles tomam muito cuidado nesses passeios. Se bem que o esperto do piloto da lancha desligava o motor quando chegávamos perto dos bichos, eu pensava “Pô! Se tiver que sair correndo e esse motor começar a tossir pra pegar!” Sabe aquela coisa do motor ficar tóinhóinhoínhóinhói e nada de pegar, e o bichão lá vindo, e o motor tóinhóinhói, mas deu certo. Crocodilos não vimos, estavam todos em um congresso de odontologia que está acontecendo em Maputo. Só tinha um lá pequetitico assim que pulou pra água quando chegamos perto dele.

Foi legal! Gostei. E tinha uns lagartozinho coloreds bonitões no “lodge”. Lodge parece Dodge. E claro que eu, mucho macho, nadei na represa. Perguntei ao guia se dava pra nadar e ele disse que ali onde estávamos não, mas que ele ia me levar pro meio do lago e que lá eu podia “pular na água e voltar pro barco rápido!” palavras dele que foram ditas enfaticamente. Respondi que beleza fazendo um sinal de positivo! Daí fomos pro meio do lago e pulei na água, só que o viado do guia não estacionou a lancha totalmente e ela deu uma andadinha pro lado sabe! O que fez com que eu ficasse mais distante da lancha, confesso que deu um medo danado. Eu ia nadando para a lancha e ela ia ficando mais longe de mim… …não foi assim muuuuuuuito legal isso sabe! Fiquei alguns segundos dentro dágua e nadei rápido ao encontro do barco. Ele disse que crocodilo fica no fundo e que ali onde estávamos era muito fundo, então era menos provável de eu ficar perto de algum. Teoricamente é um bom raciocínio, mas de bermuda dentro da água você não pensa muito nisso não, você quer mesmo é voltar pro barco. Mas de volta ao barco me senti o Tarzan e depois fiquei chamando todo mundo de maricas porque eu nadei  e eles não!

Da próxima vez vou levar uma faca entre os dentes! Wild!!

Abrazos!

 

Rafa

Ao som de Ron Carter

barragem

Esse na frente da foto de camisa colorida sou eu e lá atrás de concreto é a barragem! Sempre bom especificar essas coisas.

placa

Veja que na placa o desenho é de uma mulher trabalhando. Aqui são elas que cuidam da roça, ou machamba segundo a denominação local.

hipo-close

Um hipopótamo que chegou perto da lancha. Bonitão esse aí!

familia-hipo

A família Hipo, tutto buona gente!!

nadar

Eu praticando a modalidade "natação em pânico", tô ficando craque nisso!

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Momento Tarzan, aqui a felicidade reina no ser. Perceba o semblante sereno e toda tranquilidade que a foto emana!

lizard

Lagarto bonitinho esse né não?

beer

Tudo deu certo, então uma cerveja era merecida!


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Quente

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Arvrona, legal né! Essa está lá no Malawi!

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Criançada malawiana, tudo gente fina! Gente bonita!

Aqui a parada é quente mano!!

Pode parecer repetitivo. E é repetititititvo!! Mas aqui é quente pacas, ontem tava um forno, você saía no sol e sentia o couro torrando. Couro torrando me lembra torresmo, que me lembra virado a paulista que é bom pacas, e que me lembra que eu não posso comer nada disso por conta da malária e suas respectivas sequelas. Agora estão mais calmas, bem poucas, uma caimbrazinha aqui, uma dorzinha de cabeça de doze horas ali, coisa pouca. Por conta disso tudo no mês de outubro eu tirei sangue sete vezes para fazer exame, depois da quinta vez quando a enfermeira vinha com a agulha eu já falava “Obaaaaaa, vamo tirá sangue hoje!!  Sanguê, sanguê, sanguê!!” (leia essa última parte como um coro igual o final de parabéns a você, aquela hora do “rá, tim, bum, fulanô, fulanô” e não fulano, mas sim “fulanô”! neste caso não é sangue, mas sim “sanguê!”, ênfase no circunflexo)

Houve eleições presidenciais aqui nessa semana, hoje de manhã na rádia ouvi o seguinte diálogo:

-E o senhor como observador das eleições faz o que?

– Como observador meu trabalho é observar!

– Perfeito, e ao observar o que relata?

– Relato tudo aquilo que vejo!!!

Não é lindo! Sensacional, contei pro meu amigo moçambicano esse diálogo mal conseguindo falar porque eu tava rachando o bico de rir e ele ficou sério olhando pra mim perguntando com cara de quem tá pensando o-que-esse-branquelo-pensa-que-tá-fazendo-aqui e me diz com um olhar blasé ” O que tem de engraçado nisso?”. Bom… …acho que meu senso de humor não orna com o local.

E mataram um escorpião no banheiro de casa. Grandiscoisa! E daí, era um merdinha de um escorpião, menor que uma barata, mas fizeram um escarcéu danado. Tudo maricas esse povo!

Fim de semana vamos para o Songo na represa de Cahora Bassa, dizem que lá tem hipopótamos e crocodilos, oxalá os veja! Dizem também que lá não se pratica a natação devido a convivência pouco pacífica  com a fauna local. Vamo lá vê o que que pega!

Hoje vai ter frango no almoço pra variar. Tem frango todo dia pô, daqui a pouco vai começar a nascer pena na galera!

Quero agradecer mesmo todo mundo que me manda mensagem e e-mail elogiando o blog e dizendo que “tá legal!”, thanks de coração!!  Quando chegar no Brasil a gente toma umas beer junto oks!!

Grande abraço a todos!

Ao som de Primus – Antipop, discão esse aqui!!

Rafas

Obs** As duas fotos desse post são de Lucas Sartori, amigo brasileiro que labuta comigo.


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Tudo ficando verdim…

Mercado municipal de Maputo, lugar ideal para sorver gélidos refrescos.

Mercado Municipal de Maputo, ambiente ideal para sorver gélidos refrescos.

Um suco de uva natural, assim dizia o rótulo, mas era bom. Depois de quatro refrigerantes diferentes você começa a sentir menos o sabor das coisas.

Esse era de suco de uva natural, pelos menos dizia no rótulo, mas depois de quatro refrigrerantes você começa a sentir menos o sabor das coisas.

sparletta

Sparletta, esse é dos meus!

MÀÀÀÀÀ OEEEEEEEE!!

Hoje voltei de fato a Tete. Depois de uns dias de Brasil que fez um bem danado, porém não deu pra  ver todo mundo que eu queria.

Chego em dia de eleições presidenciais. O candidato do partido Frelimo (Frente de Libertação Moçambicana) que está no poder fazem 30 anos será reeleito. Achei que ia chegar em um país tumultuado e barulhento, mas não, parece mais um domingo quente em Tete mesmo. O voto não é obrigatório, mas é feriado mesmo assim. As campanhas ficam suspensas três dias antes das eleições, então fica tudo calmo mesmo.

Uma pena!

Achei que ia ver algo do tipo “Revolução africana!”, leões na cidade, lanças e tambores em punho, girafas besuntadas em xylocaína, pigmeus de tanga e aparelho ortopédico… …que nada, fui no posto de gasolina, comprei uma Sparletta (refrigerante sabor vermelho) e foi só isso que aconteceu. Estou com fuso de lugar algum, logo estou “confuso”, Há, essa foi boa! Não tenho nem o horário do Brasil, nem daqui. Como diz a arquiteta-urbanista-gracinha Patzand “Não sei nem a hora que tenho fome!”

Mas foi legal voltar, posso dizer que senti uma “saudade relativa” dessa terra quente.

No chek-in de ida ao Brasil atrás de mim na fila do aeroporto de Tete tinha um sujeito com 6 fuzis, normal né! Tentei tirar uma foto escondido, mas se me vissem ia dar um quiprocó danado.

Normal né!!

– O Sr. vai despachar ou vai levar o fuzil como bagagem de mão?

E as árvores estão ficando todas verdinhas, é a umidade chegando, chuva mesmo nada até agora!

Ao som de Desmond Dekker – Ska dos bons

Falous

Rafa


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Changes

Definitivamente esse cidadão não tem problemas com vizinhos.

Definitivamente esse cidadão não tem problemas com vizinhos.

O bebê vai amarrado nas costas com uma capulana, elas chama de neneca! Eles dormem o tempo todo, mesmo caminhando rápido.

O bebê vai amarrado nas costas com uma capulana, elas chama de neneca! Eles dormem o tempo todo, mesmo caminhando rápido.

Roupas e capulanas!

Roupas e capulanas!

Tenho 10 dias no Brasil, mas primeiro falaram que eu não ia mais pro Brasil. Depois disseram que eu ia mas que tinha que ser dia 14 e que iria direto.

Por mim ok!

Depois disseram que ia ser verificado.

Por mim ok!

Agora decidiram que eu vou dia 17 mas que tenho que ir dois dias antes e dormir uma noite me Maputo.

Por mim ok!

Contanto que eu viaje um pouco eu vou pro inferno se me pedirem. Mas resolve de uma vez pô!!!

Acho que nesse dia em Maputo se tiver sol vou pra ilha de Inhaca, que de nhaca não tem nada, é um lugar lindo, só vi fotos, mas tem vida marinha abundante e parece que come-se um peixe bom por lá! Vamo vê, se tiver sol  eu vou, senão vou num cassino que tem em Maputo, arriscar uns meticais na roleta, no black jack e porque não no carteado hein!!

Vou nada! A grana tá no fim e preciso comprar uns dólars no Brésil. Agora ta bão né, a cotação eu digo!! O dólar tem dois tipos de cédulas, as antigas em que a cabeça do presidente é pequena e as novas em que a cabeça é grande. Aqui, sei lá porque, eles só aceitam as cédulas dos cabeçudos, se você tenta pagar com as antigas eles não recebem, no Malawi também. Então tem que ir na casa de câmbio e pedir dólar cabeçudo se for vir gastar por essas bandas.

Porque será que tem que ser cabeçudo? Será que eles pensam que… …xápralá!! Ah e se você for trocar uma nota de 50 dólares é uma cotação, mas se der duas notas de vinte e uma de dez a cotação é menor, perguntei por que e eles responderam:

– Sim, sim, obrigadinho… …estou a compreender pá!! (leia com sotaque lusitano)

Aqui é normal isso, você faz uma pergunta e eles respondem uma coisa nada a ver, é porque não compreenderam a pergunta e respondem qualquer coisa.

Uma vez perguntei ao motorista:

-Sr. Emídio falta muito pra chegar?

– Muito obrigadinho Rafael, estamos juntos!!! (estamos juntos é tipo um “né”, quando no fim da frase você diz “né” buscando a compreensão do seu interlocutor.)

Dólar cabeçudo, passagem trocada, dia em Maputo né!!!

Tô levando um monte de camisetas escrito “Fui pra Moçambique e lembrei de você!”, vou distribuir pra umas pessoas aí!!

Abrazos!

Ao som de: Blue Cheer, sonzêra mano!!!


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Mais um pouco sobre o viver em Moatize

A mãe e a filha. A mulher moçambicana é forte!

A mãe e a filha. A mulher moçambicana é forte!

Roupas bonitas sempre!

Roupas bonitas sempre!

Enfermeiras indo pro trabalho, o uniforme delas é muito legal diz aí!

Enfermeiras indo pro trabalho, o uniforme delas é muito legal diz aí!

Fim do dia no alto de um morro aqui que chama Carrueira. Na verdade eu não estou na Àfrica, mas sim em Osasco fazendo um curso de photoshop e  essas fotos é tudo efeito de computador!

Fim do dia no alto de um morro aqui que chama Carrueira. Na verdade eu não estou na Àfrica, mas sim em Osasco fazendo um curso de photoshop e essas fotos é tudo efeito de computador!

Algumas pessoas me perguntam se aqui tem cinema, ou se tem mercado, ou se é mesmo como um acampamento, vou dar uma panorâmica sobre a vida material que me rodeia.

Entretenimento como cinema não tem, o antigo que havia na época dos portugueses virou igreja, mas devia ser bem bonito quando ainda em funcionamento. A cidade tem 6 ruas asfaltadas e uns restaurantes de Sul Africanos que fazem uma carne decente, uns barezinhos maizomeno pra tomar umas beers, e os ambientes moçambicanos mesmo, que são os mais interessantes no fim das contas.

Viver aqui tem seus contratempos, afinal o país é pobre e carente em muitos aspectos, quase todos. Mas os brasileiros gozam de boa estadia. Algumas pessoas me perguntam sobre isso. Moramos em uma confortável casa construída pelos portugueses. Eles foram expulsos com a revolução e deixaram uma boa base construída, algumas dezenas de casas no estilo modernista, belas linhas e grandes cômodos, agora com ar condicionado em todos os lugares, que é pra agüentar o calor local.

Tem guarda na porta de casa, segurança é bom. Temos carros a nossa disposição, caminhonetes Ford Ranger novinhas, com free combustível, a internet é lenta mas funciona bem o suficiente. A cidade tem uns quatro mercadinhos que trazem comida e produtos da África do Sul,  tudo importado dos EUA e Europa, então dá pra comer chocolate belga e tomar chá inglês, ao mesmo tempo que o sabonete vem de Portugal e o suco da Califórnia. Produtos moçambicanos só o básico mesmo tipo sal, açúcar, óleo, etc. A carne bovina não é lá essas coisas, tem o frango local que bem assado até que passa. Fora isso a cerveja é Amstel ou Heinneken, se bem que a marca moçambicana Laurentina não deixa a desejar. O trabalho, no meu caso educação e cultura, é bastante interessante, visitar e conviver com essas pessoas é uma aula de vida, dá uma chacoalhada no cidadão e você começa a ver que tem coisas muito mais importantes, mas as vezes em sumpaulo a gente esquece disso. Além de possibilitar de conhecer lugares em que o turismo convencional tipo Stella Barros  nunca chegaria. Tenho o privilégio de conhecer estes lugares, sempre pensei em vir pra Àfrica, mas jamais chegaria aqui, esse lugar não é nada turístico. Lógico que os contratempos são muitos e fortes, tem a malária, tem a dificuldade em realizar o que é proposto, tem a burocracia local, etc… …mas em qualquer lugar do mundo há contratempos. Bom mesmo é não ter barreiras dentro da cabeça da gente né!

Tomara que com esses escritos tenha conseguido pelo menos mostrar um pouquinho do que é  o viver moçambicano, se dar bem e se dar mal aqui. A saudade de quem a gente gosta existe, a vontade de tocar bateria e andar de bicicleta tranquilamente também, o desejo por um pastel de feira e garapa nem se fala então, mas viajar e viver em outro país é isso também, é se privar de tudo o que tem por hábito, senão qual o motivo de vir aqui pra esse fim de mundo, seria mais confortável ficar em casa com tudo isso que sinto falta. Mas daqui a pouco a volta acontece e dá pra colocar tudo em dia, inclusive de lembrar como era a vida aqui, e sentir falta das dificuldades e coisas que agora parecem tão ruins. No fundo nada é tão bom, nem tão ruim assim que mereça ser mantido ou negado, depende de como se compreende o viver e a própria existência.

Eu gosto de rodar por aí! Tem tanta coisa legal pra ver… …vale à pena!

Abrazos!!

Ao som de: Alice in chains – antigão esse

Rafa


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Balanço do tempo

Fim do dia na fronteira do Malawi!

Fim do dia na fronteira do Malawi!

Aqui os tomates são vermelhos, incrível não é!! Sensacional! Espantoso... ...puxa vida isso é realmente uma aventura... ...tomates vermelhos!

Aqui os tomates são vermelhos, incrível não é!! Sensacional! Espantoso... ...puxa vida isso é realmente uma aventura... ...tomates vermelhos!

If nothin’s right… …what’s wrong?

Use seu tempo pra se divertir é um bom lema !!

Vou pro Brasil quarta feira, fico dez dias… …ôôô beleza!!! Depois volto pra cá, daí só volto pra Brasil ano que vem!!

Apreixes!!

Rafa

Ao som de : Dub side of the moon


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Maputo

Hey! Ho, let’s go!!!

Fui a Maputo. Grandiscoisa!!! É uma cidade grande com todos os problemas que Moçambique tem, a vantagem é que tem uns lugares em que se come bem. E eu aproveitei! Mas fiquei numa correria desgraçada atrás de todas as coisas que tinha que fazer, e no fim que eu ia a uma ilha ali perto passar o weekend amanheceu um dia chuvoso e fechado, então peguei o avião de volta e vim pra Moatize, onde está um calor infernal e um sol de rachar.

Lá em Maputo tive a agradável experiência de ser abordado pela polícia local.

Fui jantar em um restaurante próximo ao hotel, percorri o caminho de táxi visto que havia uma grande área desprovida de construções onde gatunos perspicazes poderiam abordar transeuntes desavisados como eu, e interpelar por algum bem de valia para si.

Esperto que sou fui como a Angélica, de táxi. Não levei minha mochila visto que eram apenas três quadras, meu passaporte no hotel ficou.

Na volta, ainda de táxi, o veículo é parado por três policiais fortemente armados de fuzil que pediam meus documentos, o hotel estava a 50 metros, dava pra ver o prédio. Disse ao gentil cavalheiro que meus documentos estavam no hotel e que poderia buscá-los e mostrar que minha permanência no país estava devidamente autorizada e gozava de caráter legal. Ele disse que era impossível me deixar buscar o passaporte e pediu para eu descer do táxi. Na sequência pediu para mostrar o que tinha nos bolsos… …cartão de crédito, balas, dinheiro pouco, celular e um remédio pra alergia. Ele me disse que teria que verificar se aquilo era mesmo um remédio, poderia ser droga. Tudo isso envolto em muitas indiretas do tipo “Você gasta em dólar?”, “Você usa euros?” eles queriam dinheiro. Disseram que eu iria para a esquadra (delegacia local) e que dormiria lá, respondi que tudo bem, não temia pois estava certo que não tinha feito nada errado. Na verdade eu tava cagando de medo de ir pra delegacia, mas fiz cara de gringo frio, dizendo o tempo todo “Tudo bem! Eu tenho suporte da empresa e da embaixada, podemos resolver isso!” Dez minutos em pé na calçada com o táxi esperando e os policiais falando que poderíamos resolver ali mesmo, eu fazendo cara de desentendido. Até que os belezoca de fuzil cansaram e disseram “Pode ir!”

Entrei no táxi e fui! A corrupção aqui é regra, quando fui ao Malawi passamos por uns 6 postos de polícia, em todos o motorista da van deu dinheiro!

Mas no fundo dava pra ver que eles estavam também temendo um pouco, havia muita hesitação deles, nessa hora se você fica firme e se impõe eles cedem. Aqui é assim, o branco pode mais, seja lá ele quem for!

fui!

Ao som de: Residents

Anúncio em Maputo, pensei em uma consulta pra dor nas costas... ...as vezes!

Anúncio em Maputo, pensei em uma consulta pra dor nas costas... ...as vezes!

Esse é um rio que está seco, mesmo assim as mulheres cavam uns buracos e dali tiram a àgua. É a única fonte.

Esse é um rio que está seco, mesmo assim as mulheres cavam uns buracos e dali tiram a àgua. É a única fonte.

Encontei esse cidadão de sapato amarelo, vou seguir, deve ser o pai do moleque do chinelo amarelo!

Encontei esse cidadão de sapato amarelo, vou seguir, deve ser o pai do moleque do chinelo amarelo!


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MUZUNGO, MUZUNGO!!!

Tudo bem que eles não conhecem tatuagem e eu tenho as duas pernas desenhadas. Tudo bem que fora eu, não tem nenhum branco andando de bicicleta pela cidade, ainda mais com um modelo local. Vi dois engenheiros da empresa aqui andando com umas mountainbikes modernosas, meio robocop, mas nem me aproximei pra conversar, passei com minha Hunter modelo africâner e tudo bem!

Mas eu to meio de saco cheio de andar na rua e ficar ouvindo “Muzungo!!! Muzungo!!!” e as mulheres rindo alto e apontando em minha direção. Parece que você está vestido com uma roupa muito ridícula e é motivo de chacota de todos. E eles riem mesmo na cara dura. Muzungo é como os negros chamam os brancos. Dizem, não sei ao certo, que é uma denominação dada aos portugueses e que significa vagabundo, ou aquele que não quer trabalhar! Mas conversando com o Ricardo, um brother moçambicano ele contou uma longa história pra dizer que não é isso. Mas ainda acho que é! As vezes eles falam “Azungo!”, mas é a mesma coisa.

Fui no matadouro da cidade, estava fechado. Vou voltar lá durante a semana. Sempre a procura de locais agradáveis para visitar!

Essa semana vou a Maputo a capetal do país, vai ser uma lambança de alto calibre, quero só ver! Tenho muito trabalho por lá!

Aqui os homens tem o costume de quando amigos de verdade andar de mãos dadas nas ruas, as vezes só o mindinho… …ah que gracinha né! Dois marmanjão de 2 metro de altura de mão dada, ah vá!!! Mas dias atrás estavamos eu e Heloísa, minha chefa, na frente da Marilina esperando um povo chegar e passou por nós um chinês e um negão de mãos dadas olhando torto pra gente. Dois brancos de óculos escuros, acho que chamava a atenção ali. Olhei pros dois e falei” AH!!! olha proceis, mó freak aí  meu… …de mão dada!!!”, falei porque sabia que eles não iam entender nada, como de fato aconteceu. Ficamos rindo um bom tempo disso! Mas andar de mão dada num dá né!

Tem também um costume que é de ao convidar um amigo para vir a sua casa você divide a cama com ele. Tô fora! Agradeço a oportunidade mas mantenho, nessa parte, meus costumes. Vô dormi agora com negão de conchinha, ah vá!!!

A malária foi embora, graças a Jah!! Agora é cuidar e muito repelente pra não pegar de novo, ô troço ruim!

Acho que encontrei o cara do chinelo amarelo de novo, dessa vez tirei uma foto na surdina, antes verifiquei a presença de guardas. O proprietário do chinelo não me reconheceu.

Será uma máfia! Ou a nova tendência do verão 2010?

Será uma máfia! Ou a nova tendência do verão 2010?

É isso aí!

Ao som de: Ministry – Psalm 69

Bairro perto da cidade, esqueci o nome, mas é o esquema típico dos ambientes afastados do centro.

Bairro perto da cidade, esqueci o nome, mas é o esquema típico dos ambientes afastados do centro.

Embondeiros e as casinhas, parece cenário de filme!

Embondeiros e as casinhas, parece cenário de filme!

Vou começar a fotografar os diferentes usos da bicicleta aqui.

Vou começar a fotografar os diferentes usos da bicicleta aqui.

Da série Fractais, que acabou de começar!

Da série Fractais, que acabou de começar!


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Saindo

Saio da malária e retorno a um mundo menos febril. Ainda tem umas febrinhas, mas perto dos primeiros dias é refresco, é cházinho com bolacha, é mamão com açúcar. 

Tem mais um amigo aqui do escriptorium que pegou a tal malária. Acho que a nova tendência da moda primavera verão deveria ser os tons amarelados de pele que a doença proporciona. Haveria uma corrida pelas modeletes de plantão para serem mordidas pelo mosquito. Haveria um comércio ilegal de pernilongos causadores da doença no submundo da moda, todos sedentos por ingressarem no último grito, no novo suspiro que é a tremedeira do paludismo.

Aqui tem muito cego andando pela cidade. Perguntei a um amigo moçambicano qual o motivo e ele disse que tem uma bebida aqui que chama Manica, eu acho, não lembro o nome direito. É um destilado forte, a pinga local, só que na hora da fermentação eles colocam tudo que é possível dentro do tonel, pilha, bateria usada, quadro de bicicleta, pedaço de pneu. Dizem que fica mais forte. Só que causa cegueira. Mas o povo mais roots bebe mesmo assim, e fica cego. E continua bebendo.  Complicado.

Agora por conta da malária tenho uns bons meses longe dos copos. Você sara da malária mas existe um longo caminho de recuperação, cumprirei a risca.

Domingo aqui é feriado de novo, mas eles acham que feriado que cai no domingo não vale, então transferiram o feriado pra segunda… …ô beleza!!


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A Beira da malária.

Tô com malária! Mas já ta tudo ok, fiz o teste e fui atendido pelo médico da empresa que disse que se eu tomar os oito comprimidos duas vezes ao dia por quatro dias, mais uma cartela de antibiótico e um líquido lá que ele passou em cinco dias fico bom. Agora descanso em meu lar. Mas dá um febrão que meu amigo! Aqui malária rola mesmo, não tem jeito, perguntei para a empregada aqui de casa se ela podia passar um tipo de baygon em meu quarto todos os dias, assim mata o pernilongo, ela respondeu que malária não vem do pernilongo não, perguntei então de onde vinha, ela respondeu que os médicos falam que é do pernilongo, mas não é não!! Tão tá! Iniciei na cozinha para ela um longo discurso sobre a ciência e sua evolução no século XX, a medicina e todos os avanços tecnológicos que terminou em um monólogo para a garrafa d’água em meu quarto. Ela nem tchuns pra ciência!

Fui fazer o exame hoje cedo num posto de saúde local. Vou pular essa parte, acho que não merece ser descrita. O médico que me atendeu foi super gente fina, atencioso, mas é engraçado ser assistido por alguém que fala em sotaque lusitano “A pressão exxxtá 5 por 8 PÀ!!”.

Para se ter uma idéia de como isso é normal aqui, amiga minha perguntou antes de eu vir pra casa que eu tinha, disse que malária, ela respondeu “Ah… …malariazinha!”. Agora além do protetor solar vou ter que usar repelente todo dia, diliça!!!

Uma das coisas que ajuda no tratamento é quinino, então o médico me receitou tomar água tônica, que é bom… …aproveito e coloco umas gotinhas de gin, passo o dia todo com uma taça na mão, de roupão de seda pela casa tomando Gin Tônica, se alguém reclamar respondo que estou em tratamento!!! Ordens médicas.

Fui a Beira, cidade interessante, a arquitetura tem muito de modernismo, e tem muçulmano pra caramba, e eles fazem um barulho desgraçado. Dormi pouco lá, os sintomas da malária começaram a aparecer quando lá estava. Mas gostei tem uma praia muito bonita a uns 50km que chama Savania, bem legal. O interessante foi guiar 600km país adentro, deu pra ver outras regiões e lugares diferentes. Tirei poucas fotos fui em grupo (não gosto de viajar em grupo) e ninguém tava afins de perder 10 minutos no mercado da cidade ou então vendo um prédio diferentoso. Nadei no Oceano Indico, legal né!!

Mas volto lá!

Agora vou ficar aqui com o mestrado que vai ter uma arrancada rumo à linha de chegada, UÊBA!!!

Fui!

Rafa

Praia do lado esquerdo e canal de rio do direito. A foto ficou ruim!

Praia do lado esquerdo e canal de rio do direito. A foto ficou ruim!

A caminho do mar!

A caminho do mar!

Esse lugar é gigante, existem pessoas no rio, mas acho que não vai dar pra ver!

Esse lugar é gigante, existem pessoas no rio, mas acho que não vai dar pra ver!

Uma beer e um fuck you pra não esquecer do rock'n roll!!!

Uma beer e um fuck you pra não esquecer do rock'n roll!!!


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Feriadão

Amanhã é feriado aqui em Mountainbike, então vamos para Beira, uma cidade porto que tem umas praias bonitas. Dizem que a estrada é pouco boa, ou muito ruim. Mas compensa encarar qualquer coisa pra mudar de ares.  Depois logo na sequência vou pra Maputo ver umas coisas de trabalho, e depois vou para dez dias de Brasil, onde irei a Assis ver mamãe, papai estará viajando.

Ando ouvindo umas coisas de rock psicodélico que Geraldo Martins me passou antes de eu vir para estas terras. Muito legal!! Legal também são as fotos que ele postou da viagem para Poços de Caldas. Lá vocês podem ver minha irmã Olívia entre goiabadas e doces outros característicos da região… …isso faz falta, goiabada! Pastel de feira também! Tem link pro blog do Geraldo na página que agora você lê! Tá aí do lado esquerdo de deus pai todo poderoso!

Na segunda ainda tem uma visita a Incondetzi e a Angonia, dois povoados a uns 250 km daqui. Dias corridos pela frente!

Hoje não vou falar nada da Àfrica não!

Fui!

Ao som de: Husker Dü

Rafa

O bairro de Matema, ao lado da Zambezes Bridge. Dei uma volta de bike bairro adentro, pra sentir mesmo como é que é a coisa!

O bairro de Matema, ao lado da Zambezes Bridge. Dei uma volta de bike bairro adentro, pra sentir mesmo como é que é a coisa!

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Duas moedas para o kilo de batata.

Duas moedas para o kilo de batata.

Embondeiro de Katsanha, tem um povo sentado debaixo dele, aperta os zóio aí que cê vê!!!

Embondeiro de Katsanha, tem um povo sentado debaixo dele, aperta os zóio aí que cê vê!!!

Essa é Katsanha!

Essa é Katsanha!


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de escrever

Escrever é bom. Mas as vezes precisa de um tempo ou de um tempo para escrever! Não sei como acontece com quem é “escritor”. Aliás não sei como a pessoa se torna um escritor. Eu acordo e digo, hoje sou escritor, ou então desde pequeno trabalho e estudo para ser escritor, não é assim né!

Tem um monte de gente que se diz escritor e que escreve mal pacas! Por outro lado existem pessoas que não são escritores e que constroem textos magníficos, brilhantes… …como eu por exemplo!!

“Monte de gente” não é uma figura de linguagem interessante! Hoje aqui nem tá quente, mas bateu uma preguiça e tem feriado na sexta! Acho que ficarei em casa… …mestrado sabe!

Dura a vida de um mestrando na Àfrica! Muito complicado escrever uma dissertação e administrar a convivência com leões, rinocerontes e guepardos… …sem falar das ameaças que as girafas representam, sempre com aquele pescoção, sabe-se lá o que elas são capazes! Tem um sujeito aqui no excriptorium que uma vez falou das girafas, e eu disse que elas são elegantes, agora toda vez que ele vai falar alguma coisa de girafa ele diz que elas são elegantes. E fica repetindo ” elegantes e blá, blá, blá… …elegantes e blá,blá, blá…” acho que ele não tem outro adjetivo pra girafa!

Na verdade o único bicho que vi até agora aqui na Àfrica foi lagartixa, igual a que tem no Brasil! Bruta vantajão!!!

Vi um sapinho também, tava no banheiro lá de casa! Mas sapinho e lagartixa não se configuram uma cena muito wild né! Dá até vergonha de falar que veio pra Àfrica e viu um sapinho, melhor ficar quieto e deixar as pessoas pensarem que você lutou pela vida frente a rincerontes e guepardos… …e girafas elegantes!

É isso! De elegante basta eu!

Aproach!!

Rafa

Ao som de: barulho do teclado

Essa é albina, certeza! Na estrada para Chiuta, muito bonita por sinal... ...estrada e árvore!

Essa é albina, certeza! Na estrada para Chiuta, muito bonita por sinal... ...estrada e árvore!

Antiga alfândega, vou começar um álbum de fotos de prédios públicos moçambicanos, vai ser uma sensação! Como diz Nelson, o Rodrigues, vende mais que Chicabon no verão carioca!

Antiga alfândega, vou começar um álbum de fotos de prédios públicos moçambicanos, vai ser uma sensação! Como diz Nelson, o Rodrigues, vende mais que Chicabon no verão carioca!

Caminho para Chiuta, lugar legal, cheguei lá e quando vi que não tinha nada... ...as vezes nada é algo pra se ver! Hoje estou poético... ...quiçá metafísico!

Caminho para Chiuta, lugar legal, cheguei lá e quando vi não tinha nada... ...as vezes nada é algo pra se ver! Muitas vezes nada é a melhor coisa pra ser ver! Hoje estou poético... ...quiçá metafísico!


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Mais uma perna da XIVSGRUNFF Volta Ciclística de Moatize e Grande Tete

Dei um “dirroler” de bikes! (como dizia no interior), ou pedalei um pouco nesse sábado de manhã.

Foi legal! Pedalar é sempre legal!

Fui em um lugar afastado da cidade na estrada que leva ao Malawi, lá tem vários embondeiros e queria fotografar mais alguns. Ventava muito, o que fazia o pedalar um exercício mais pesado que o normal. A bicicleta não oferece muito conforto, na verdade você pedala na velocidade que ela deixa, com a ausência de marchas fica-se refém das limitações do equipamento locomotor. Estou acostumado a pedalar em estrada com bicicletas de 21 marchas, hoje foi uma experiência interessante porque tanto na subida como na descida é ela quem resolve a velocidade. Tá, já falei isso né!!

O lugar dos embondeiros é bem vazio, não tem nada lá, nem casas. Como fui sozinho e queria tirar uma foto diante da árvore, programo a câmera para disparar 10 segundos depois e corro até a bike, porque a distância para que a arvore caiba na foto é grande. Então é meio circense o negócio. Eu tava crente que não tinha ninguém ali, mas eis que quando vejo direito tinha uma galera olhando minha atuação, lógico que todo mundo rindo do branco fazendo pose pra foto sozinho. Me senti meio ridículo e só de raiva fui visitar uma base militar. Lembrar os velhos e bons tempos de Tiro de Guerra… …ô desgraça!!!

Lá fui para a base aérea. Antes mesmo de parar a bicicleta o guarda da guarita já veio em minha direção oferecendo a mão e rindo, nos cumprimentamos como velhos amigos. Perguntei se poderia entrar como quem não quer nada e eles disseram que não sabiam… …houve um momento de debate entre eles, um deles estava interessadíssimo na câmera e dava pra ver a vontade de que eu tirasse uma foto deles. Tirei uma foto, mostrei e disse que eles estavam muito bem na foto, tinha ficado “até bonito”, todos rimos e depois disso foi liberada minha entrada entre risos e apertos de mão efusivos. A galera aqui gosta de uma foto.

È uma base parte abandonada, parte ativa, eles disseram para eu ir só na parte abandonada. Eu fui, e depois fui um pouquinho mais além sabe!! Depois de andar um pouco de bike lá dentro e tirar umas fotos apareceu um cidadão com uma camiseta do Michael Jordan dizendo que eu não podia tirar fotos lá. Puxei papo sobre o Michael Jordan o que não foi correspondido, me despedi dizendo que ia embora e que não sabia que não podia tirar foto dentro de uma área militar. Meio absurdo,mas tá limpo!!

Depois disso tudo passando por Matema, um bairro antes da cidade de Tete, encontrei a relojoaria local do Sr. Aleixo, onde adquiri um belíssimo relógio “Rolax platinum”. Sr Aleixo tem um serviço personalizado que cativa os clientes, tratamento vip. A pulseira estava grande para meu pulso, ele parou as oficinas e fez com que meu relógio fosse ajustado ali mesmo, na hora. Como não virar cliente?

Agora vou estudar!

Apreixes!

Ao som de Slayer – Diabolous in musica

Gostei da placa!

Gostei da placa!

Uma guarita pacífica! Pessoal gente fina!

Uma guarita pacífica! Pessoal gente fina!

e

Pronto atendimento do Sr. Aleixo!

Pronto atendimento do Sr. Aleixo!

e

Rolax, um clássico é sempre um clássico!

Rolax, um clássico é sempre um clássico!


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Ainda sobre dores de barriga e outras coisas que dão dor de barriga!

Parabéns man!

Aqui é assim! Toda semana alguém chega ou vai embora, ou faz aniversário, ou completa um ano de vida em Mótrambique, ou é aniversário de namoro da tia avó, ou tá muito quente mesmo então tem que sentar em algum lugar pra beber algo gelado. Como os refrigerantes esquentam rápido a gente toma cerveja mesmo. Mas eu tenho me comportado!

E conversando com uns amigos dias atrás, estava muito quente naquele dia e por coincidência comemorava-se bodas de ouro do casamento do fiscal de imposto de renda que multou um dos presentes a mesa. Tomava-se cerveja!! Como deixar tal data passar em branco? Mas conversámos sobre algo que todos temos em comum aqui, a dor de barriga! Um dos presentes disse que quando ela não vem até sente falta, outro comentou que acha bom de vez em quando dar uma soltada no intestino porque a comida aqui é muito dura!! Mas se a comida é dura então porque… …xá pra lá!

Um deles comentou que teve dores de barriga durante seis meses, hoje está tudo ok. Não é bonito isso, seis meses e agora é só alegria, não vejo a hora disso acontecer comigo. Tô que não me aguento de vontade de passar por essa experiência!! Bom… …vou voltar ao trabalho!

Encontrei uma brasileira que está aqui a 26 anos, casou com um moçambicano e vive a alegria de ser uma estrangeira quase nativa. Ela enche o peito e diz com todo orgulho que se sente moçambicana e que nem tem mais documentos brasileiros. Sei lá se isso é possível. Ela gosta tanto que passou uma meia hora falando bem dessa terra e do povo que nela reside, dizendo que o Brasil não é lá essas coisas. Argumentei que ela estava equivocada, que o Brasil é mais avançado e desenvolvido em diversos pontos embora ainda  exista muita pobreza e blá, blá, blá… …mas não adianta, ela é gosta mesmo é daqui. Ela “acha lindo” o povo ser atrasado, e não compreender raciocínios mais complexos pois mostra a “simplicidade” de uma nação, ela disse que os brasileiros tem muito ainda o que aprender com um povo paciente como o moçambicano. Um povo que passa fome e aguenta o inverno todo ano sem ter o que comer, e não faz nada para mudar isso tudo. Um povo que gosta de receber as coisas de graça, de mão beijada, um povo que não é dado ao trabalho. Embora na bandeira do país tenha uma enxada e um fuzil AK-47.

É… …acho que ela encontrou seu lugar no mundo!

fui!

rafa

Não sei se vai dar pra ver direito nessa foto, mas essa árvore é albina… …tá, não é assim “albina, albina!!!” mas ela diferencia-se das outras, é um verde diferente! Ao vivo é muito bonita!
Não sei se vai dar pra ver direito nessa foto, mas essa árvore é albina… …tá, não é assim “albina, albina!!!” mas ela diferencia-se das outras, é um verde diferente! Ao vivo é muito bonita!

Esse é albino!
Esse é albino!


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Katsanha ou Catsanha ou a dor de barriga como futuro inevitável!

Aqui em Mountainbike tá tudo bem! Tá quente! Tá bem quente!

Tá quente pra caramba!!!

E dizem, os brasileiros que cá estão a mais tempo, que ainda nem chegou no pico, no greatest hit, no supra-sumo, na cereja do bolo, na geléia na torrada que é o quente super-ultra-turbo!

Mas é quente de um jeito que coloca você em velocidade lenta. Não dá pra sair no sol de rolê, tem que esperar, ou entrar nas caminhonetes e ligar o ar condicionado no máximo, mesmo assim dá calor!

Mas pra dormir é diferente, porque fica quente, mas tem a vantagem de ter pernilongo a noite inteira!!

ô diliça!!!!

Fui a um povoado rural chamado Catsanha, ou Katsanha. Rodamos por mais ou menos uma hora por estrada de terra e lá no meio do nada eles estavam lá! Vivendo, dançando e cantando! Tem criança pacas no lugar. Com a nossa chegada (eu, mais uma consultora da Vale e dois moçambicanos) tudo se movimentou no lugar que parecia deserto, apareceram dezenas de crianças. Tudo gente boa, mas não falam português, só Inhungue! Tirei uma foto da criançada e mostrei na telinha da câmera, surpresa geral, depois disso me seguiam onde quer que eu fosse!

 

Veja o vídeo.

http://www.youtube.com/watch?v=K6SZIB0X49Q

 

O melhor foi lá no meio do nada surge um cidadão com farda militar toda pomposa. É que o presidente de Moçambique estaria no aeroporto de Moatize em campanha eleitoral, eles iam receber lá o tal do Presidente Guebuza. O cara faz campanha pra reeleição, continua sendo presidente em atividade e faz uso de todo aparato material do estado pra campanha numa boa! Aqui é assim!

A música e a dança foram bem legais. Registrei e vou por no youtube porque aqui não consigo colocar vídeos. O curioso é que ali a música não era percussiva mas sim melódica, com flautas parecidas com as peruanas e umas base ritmica feita com chocalhos. Gostei!

E toda semana tem o “dia da dor de barriga”, o meu dia foi ontem. E dói hein! Mas é normal… …uma diarréiazinha aqui, outra ali… …ah o viver africano!!

Falous

 

Rafa

Ao som de Talking Heads – Naked

Ninguém fala português, mas fiz aquele famoso "junta aê que vou bater uma foto!" e todo mundo entendeu, legal!!!
Ninguém fala português, mas fiz aquele famoso “junta aê que vou bater uma foto!” e todo mundo entendeu, legal!!!

Esse cara é gente fina!!!

Esse cara é gente fina!!!


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Frelimo x Renamo

Em outubro haverá eleições para presidente aqui em Mótrambique.

Dois são os partidos, Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) que tem base socialista e é forte aqui na região em que moro e que tem o atual presidente em seu quadro e o Renamo  (Resistência Nacional Moçambicana) cujo objetivo é a “Eliminação total das sequelas do sistema político económico Marxista-Leninista e suas consequências na vida social.”, tá escrito no estatuto deles, eu li lá e dei un control C + control V.

Não simpatizo com nenhum dos dois!

Como vão perceber pelas fotos aqui tem um comitê do Frelimo. Um não, mais de um. E a maneira deles fazerem campanha é a seguinte:

– Enfia o  máximo de gente dentro de uma casa com muita bebida

– Bebe o máximo que puder

– Coloca todo mundo beldo dentro de um carro  e sai de noite e de madrugada gritando e buzinando cidade afora.

Assim você convence qualquer um!!!!

Mas não é só desgraça!

Ontem, domingo, houve uma manifestação na cidade do partido Frelimo, nem fui ver!! Ouvi de longe e fiquei estudando bem quieto em casa. Até aí normal!!

Eis que hoje o Ricardo, um brother local disse que em Changara, uma comunidade próxima, ontem os caras deceparam o braço de um cidadão porque ele era do Renamo!!! Bota fé! Cortaram o braço do cara fora, esquema meio Hannibal.

Na hora que ele me contou isso eu disse!

– NÉÉÉÉÉÉÉÉM! Vixe tô fora!!!!!

Mas não é só desgraça!

O partido tem uma sede linda, como podem ver na foto, todo rosa, e oferece uma balinha de hortelã (meu sabor preferido), aos eleitores. Se você não aceita a balinha perde o mindinho, se não votar neles perde o braço e assim sucessivamente.

Ah! A Frelimo tem uma loja aqui na cidade… …acho que não vou lá ver nada!!

Parece que é fantasia esse negócio, mas não é não. Eles não tem as manha de atacar um branco, ainda mais um cara tão boa pinta como eu!! Mas entre os locais o negócio é feio, ainda mais aqui nesse sertãozão em que me encontro!

Depois conto do mercadão municipal em que fui no sábado de manhã, inacreditível!

Apreixas!

Toda rosa, a sede do partido reflete o carinho e o diálogo aberto as mulheres e adversários!

Toda rosa, a sede do partido reflete o carinho e o diálogo aberto as mulheres e adversários!

Balinha do partido, sabor hortelã, é um frescor que reflete as novas idéias socialistas e modernas estratégias de campanha!

Balinha do partido, sabor hortelã, é um frescor que reflete as novas idéias socialistas e modernas estratégias de campanha!

Rafa

Ao som de Bad Brains – I against i


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Escola

A aula não é a mesma com alguém estranho no fundo da sala!

A aula não é a mesma com alguém estranho no fundo da sala!

Como de costume sentei no fundão!! Pra lembrar dos velhos tempos de colégio!

Como de costume sentei no fundão!! Pra lembrar dos velhos tempos de colégio!

Assisti umas aulas aqui em duas escolas diferentes.

Uma chama Samora Machel e a outra Heróis Moçambicanos. O ensino é enciclopédico, de memorização mesmo e os professores estão na profissão por amor pois não tem estrutura alguma para o ensino.

Foi legal conversar com os alunos e professores, eles querem mudar a situação do ensino moçambicano, que tem um analfabetismo muito grande. Tem um ideal meio romântico no fundo, mas bem real e necessário. Depois fui conversar com os diretores das escolas que tem uma posição burocrática de dizer que tudo está muito bem encaminhado e que o que eles querem mesmo é dinheiro. Como aqui o funcionalismo público é grande e a corrupção é comum, não há constrangimento em pedir ou oferecer dinheiro por fora, faço cara de quem não compreende o discurso das entrelinhas.

Hoje é domingo então vou assar um frango como de costume.

E estudar porque o negócio tá ficando feio no mestrado!

Há lontras!

Rafa

Ao som de: Rollins Band – Weight


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Relojoaria

A relojoaria fechada.

A relojoaria fechada.

A relojoaria aberta, serviço autorizado Rolex, ele vemde jóias também.

A relojoaria aberta, serviço autorizado Rolex, e vende jóias também.

Perto do hotel onde morava tem a relojoaria local. Como vocês podem perceber é um ambiente sofisticado, oferece serviço autorizado de várias marcas. Conversei com o proprietário mas ele não fala muito bem o português, como não sou fluente nos dialetos locais restringi o papo aos dois modelos disponíveis a venda. Uma imitação chinesa do G-shok, e um outro analógico com cara de que nunca mais vai funcionar direito. Reparem nas pinturas da fachada da loja.

Depois vou mostrar o esquema que usam aqui para plastificar documentos! è muuuito legal!

Ando sem horas mesmo! Pra que saber as horas? Aqui o tempo é comandado pelos desejos da Grande Mãe Àfrica!!

Isso ficou com cara de frase que se ouve em documentáro da Discovery Channel.


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Ainda sobre bilontras e o tempo!

Ontem fez 40º C, tava quente hein fiotão!!!

Mas ainda não estamos de vento em popa, dizem que verão passado chegaram nos 49ºC, eita!! Isso sik é que é lugar quente! A pele seca! Tudo seca! O ar condicionado seca, eu mesmo que nunca gostei de tal aparelho tenho recorrido ao uso!

Algumas coisas parecem clichê da National Geographic mas é real… …as mulheres com filho nas costas, toda colorida e carregando o mundo na cabeça!

Esse dog é o Sabire, gente fina.

Tenho recebido grande número de mensagens sobre o uso do adjetivo bilontra! A língua portuguesa realmente excita (ui!!) o pensamento das pessoas! Conrado Augusto, aquele socialite paulistano/assisense enviou-me a seguinte resposta:

“Quanto ao emprego do adjetivo atribuído a minha pessoa, você pode argumentar que fez dele um uso poético, operando deste modo uma modificação no nível sêmico da parole. Apelando para o sentido implícito do vocábulo em seu nível fônico e não semântico propriamente. Empregando a terminologia poundiana,  valeu-se da melopéia, ao invés de privilegiar a logopéia. Ou dizer simplesmente que sou bilontra mesmo, atenuadamente patife, pouco espertalhão mas dado – no passado – a conquistas amorosas e ex-frequentador de prostíbulos tipo Maçã do Amor, Tropical e outras casas situadas nos arredores da metrópole do oeste paulista, a princesinha do vale, cidade de gente bonita e alegre, cidade de Assis”

Já Sr. Moralez, conhecedor das letras e das orquídeas de nossa terra e além mar aponta que:

“De outra parte, ocorre-me comentar que tenho alguma dificuldade em concordar com a opinião do  do teu amigo, cujo nome não me vem à mente, a proposito adjetivo “bilontra” que se aplicaria, no seu entender, a indivíduo pouco recomendável, de comportamene duvidoso. O termo, concordo, pode ser usado TAMBÉM nesse sentido, mas não somente. João do Rio, grande cronista dos costumes cariocas nos começos do século passado, recorria ao termo com alguma frequência dando-lhe, no entanto, conotações outras que não aquelas ligadas a maus procederes. O “bilontra” de João do Rio e, certamente, da linguagem popular de então, soava, no contexto em que éra aplicado, ao um misto de “folgazão”, “pândego”, “estróina” e “doidivanas”, todas elas expressões de sentido mais ou menos crítico, mas não ofensivas.Simpáticamente críticas, digamos. O que poderia também aplicar-se ao simpaticíssimo “bilontra” na forma e no contexto em que você o usou.”

 

Sendo assim volto a postar o termo Bilontra sem o intuito ofensivo, mas sim, como bilontra nato, apenas a folgar a liberdade de nosso idioma!

Há peixes!

 

Rafa

 

Ao som de Bad Plus – Prog

Equilíbrio total!

Equilíbrio total!

Sabire, o cão não cão! Mas ele é gente fina!

Sabire, o cão não cão! Mas ele é gente fina!


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O comércio, a comida, a casa e a cabelaria!

Aqui tem muita coisa de outros países.

O comércio para quem tem grana é todo de importados, locais só vegetais e frutas nada parecidos com aqueles de propaganda mas sim pequenos e judiados na estética, no entanto as frutas são saborosas. A banana é boa, o mamão também. O peixe é o forte da região, visto que o Rio Zambeze que divide Tete e Moatize é grande e tem muito peixe, mas eles cozinham o peixe mal. As vezes com umas técnicas (conforme mostra a foto) pouco promissoras no quesito limpeza.

Esse que mostro logo abaixo é o peixe seco, fiquei pensando entre experimentar ou não… …confesso que demorei uns bons minutos entre o como ou não como!!?? No fim peguei um pedacinho mas não comi, devolvi para o chão. Pelo menos o feirante não ia poder reclamar que estava devolvendo o peixe mais sujo, ou que tinha colocado a mão no peixe!! Você prestou atenção na situação do coitado do peixe!!

A carne bovina vem de Botsuana ou Zimbabwe. Prefiro não comentar o estado ou a aparência.

Funciona assim: Você compra, frita, come e reclama depois… …daí vai lá e compra de novo!

O comércio também é feito na beira da estrada, sempre as mesmas coisas. Mas em barraquinhas diferentes, o que faz com que eu compre cada coisa em uma para conversar mais com o povo. Na cidade tem umas vendinhas de indianos e árabes, mas eu não gosto muito de conversar com eles não! Também lá eles vendem coisas estragadas e com o prazo de validade tudo vencido. Mas tá limpo!!

Os portuga vieram pra cá, depois foram expulsos, mas deixaram umas construções bonitas, essa da foto é bem legal, vou postar mais umas depois! E tem também as cabelarias, são uns boxes onde o povo raspa a cabeça, ainda não preciso cortar as madeixas, no entanto, lá irei quando precisar! E por fim o Take away Almas, que coloco aqui só pra fazer o trocadilho de que aqui se vende ATÉ A ALMA.!!! Há, há, há… …entenderam!! Muito boa essa!!

Fui!

Apeixes!

Ao som de John Zorn & Electric Masada

O pão de açucar local!

O pão de açucar local!

Cabelaria na sobreloja!

Cabelaria na sobreloja!


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Ainda Malawi e um pouco de Moatize

As vezes está em português mesmo. Mas tem horas que aqui o idioma é outro! Ou então o sotaque é tão forte que não se compreende nada. As perguntas devem ser feitas com cuidado e pausadamente. Muita informação confunde. Cheguei aqui com a ansiedade que me é peculiar e o jeito paulistano de viver, hoje projeto um jeito zen de comer e andar. Os carros vão a 40 km hora nas estradas, não há pressa. Não há razão para correr!

É até melhor porque não tem nada organizado no transito, você vira onde quiser, obedece o semáforo se tiver com vontade e estaciona onde bem entender. Adar de bike é um exercício a parte, tem que ter muuuuito cuidado. Eles não temem o trânsito, entram na frente dos veículos que estão vindo em sua direção,mas não com uma atitude desafiadora, mas sim por total ausência de noção de como se portar no trânsito, ou o que isso representa de perigo. Até uns anos atrás aqui era um sertãozão, e de repente enche de caminhonete grande e gente guiando pra tudo quanto é lado. Vai levar umas gerações até organizar o lugar aqui.

Estou organizando um curso de apacitação ao ensino do Inhungue, ou Nyungwe, que é o idioma local, tem um povo aqui que está escrevendo um dicionário Inhungue/português, vou levar uns pro Brasil, mas aproveito desde já para adiantar alguns verbetes que podem ser úteis.

 

Adubação – Acto ou efeito de espalhar adubo no campo para melhor desenvolvimento das plantas

em Inhungue:

Kuwaza ndovolo m’munda kuti mbewana zikule 

Abate clandestino: Kugwesa miyi mwa kuba

Capacidade: Nkati

Locomoção: Ufambi

E por aí vai… …a gente nunca sabe quando vai encontrar a chance de bater um bom papo sobre adubação e abate clandestino em Nyungwe certo!? Então é bom se interar a respeito para aproveitar a oportunidade!

 

O clima tá começando a esquentar, ontem mesmo fez um calor do cão! Mudei do hotel, agora moro em uma casa, ela fica entre a Fofinha e a barraca Ipanema, estou no eixo gastronômico de tete. Vou frequentar os melhores ambientes. Os pratos mais sofisticados. A comida aqui tá dureza meu amigo!!!

Fui!

Rafa

Ao som de Erasmo Carlos – 1971

Com desenho fica fácil descobrir em qual entrar!

Com desenho fica fácil descobrir em qual entrar!

 

Voltando pra pousada no Lago Niassa! Saudade grande da Marginal Pinheiros e do fim de tarde no trânsito paulistano!

Voltando pra pousada no Lago Niassa! Saudade grande da Marginal Pinheiros e do fim de tarde no trânsito paulistano!


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Frango

KFC de Mussacama!

KFC de Mussacama!Quitutes especiais, detalhe para o pé de frango no alto do prato!

Não  posso privar os convivas deste pequeno sítio virtual de experiência gastronômica tão intensa quanto a por mim vivida no feriado último. Foi feriado aqui também, 7 de setembro é Dia da Vitória, Em homenagem à assinatura dos Acordos de Lusaka. Voltando de Malawi deparei novamente com o mercado de Mussacama, é a terceira vez que vou lá. Estava tendo feira de novo e tinha os frangos… …ah os frangos! Uma sequência de mesas de ferro em que as mulheres fritam frango e batata. É o KFC mussacaniano. O cheiro é bom, as batatas brilham a luz do sol, os frangos estão bem passados, mas confesso que encarei só a batatinha. O frango não dei conta não! É muito sujo e não tem como saber a quanto tempo eles estão ali, nem como foram abatidos! Dá pra pegar um vírus ou algo assim muito fácil por aqui, entonces o negócio é não bobear. Mas que dá vontade isso dá! Detalhe para a foto dos quitutes especiais, o pé de frango preto é o mais caro e requisitado!

Apeixes!!

Ao som de – teclado do escritório

Quitutes especiais, detalhe para o pé de frango no alto do prato!

Quitutes especiais, detalhe para o pé de frango no alto do prato!


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Malawi

Fui pro Malawi, país vizinho aqui! Fiquei em Cape Maclear, ou Lago Niassa, bonito lugar. Água bem clara, boa temperatura, dias quentes e cerveja Carlsberg. O mestrado lá me esperando! Perguntei se havia crododilos por ali, todos os locais disseram que não, só bem longe, então podia nadar tranquilo. Mas vai nadar lá pra ver se você fica tranquilo?!.

 Até porque não vi um habitante local nadando, fica todo mundo na areia! Dá pra desconfiar, mas fui mesmo assim. Nadei um tanto, mas lá no fundo dá maior medão! Vem a sombra das nuvens e faz uma mancha escura no fundo do lago que tem àgua bem clara, vixe!! Tive meu momento Michael Phelps, voltei pra terra rapidinho! Até porque os locais são bem confusos, uns disseram que crocodilo fica só na beirada, lá no fundo não tem problema que eles não vão. Mas pra ir pro fundo tem que passar pela beirada pô!!!

 Outros disseram que crocodilo só fica no fundo, então a beirada é o melhor lugar! Lembrei dos documentários da TV em que o aligator pega zebra e afins na beirada. Na dúvida fiquei no fundão!

Um pouco mais longe tem uma praia com babuínos, mas o esperto foi sem câmera. A vila tem uns lugares para turista americano ficar, que são bons e confortáveis, mas o legal mesmo é o boteco local. Fui em um com o Ricardo, um amigo moçambicano, tocava reggae, a cerveja era Kuche-kuche marca localç e não Carlsberg, acabou que comprei um djembe feito pelo cara que estava jogando sinuca. Tudo bem pacífico e tranquilo. Lá eles só falam inglês, mas com um sotaquezinho ruim de entender!

A viagem é longa e tem uma fronteira entre os países ruim de passar, demorada, burocrática e com policiais extremamente corruptos. Eles querem tirar alguma grana de você a qualquer custo. Passei por ali a noite, tudo escuro, tem pouca luz e por uns 3 minutos a luz acabou de vez. Foi bem esquisito ficar entre o Malawi e o Moçambique sem luz, ali tem um trecho que é terra neutra, fiquei pensando “Se acontecer alguma coisa agora acho que não vai ser muito fácil de resolver!!”. Mas nada aconteceu e tudo correu bem como sempre!

Agora acho que vou terminar o mestrado!

Abreizes!!

Rafa

Ao som de Faith no more – Angel dust

Arquitetura malawiana

Arquitetura malawiana

O trapiche como base segura!

O trapiche como base segura!


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The Kasupe Jazz Band

O baixo tem como corpo um bumbo, duas pessoas tocam ao mesmo tempo.

O baixo tem como corpo um bumbo, duas pessoas tocam ao mesmo tempo.

A batera de sucata, os partos são campainhas de bicicleta!

A batera de sucata, os pratos são campainhas de bicicleta!

Músicos locais com instrumentos feitos ali mesmo e uma musicalidade muito interessante. O nome é The Kasupe Jazz Band, estava escrito no barço do baixo a caneta!

Estava em Mussacama que é um povoado a 150 Km de Moatize. Uma série de cabaninhas na beira da estrada e um mercado de rua tipo Kuatchena (veja uns posts atrás caso não saiba o que é) só que mais interior, mais caipirão. Lá conversamos com o lider local e fomos ver a banda. Muito bom!! A batera é uma mesinha de sucata com os mais diferentes sons, o baixo tem um corpo que é um tambor e serve de bumbo, a guitarra é feita ali mesmo e tem corda de arame. Encomendei uma guitar, custa 200 meticais, só não sei como vou levar para o Brasil!

Todo mundo dança e canta! E nínguem tem vergonha ou fica de frescura! Muito legal mesmo!

Postei uns videos no youtube, aqui não dá pra colocar, dá uma olhada lá:

 

http://www.youtube.com/watch?v=k4va4E2dL_s

 

http://www.youtube.com/watch?v=3_obLCDF-b0

 

http://www.youtube.com/watch?v=V2IOherB-do

São curtinhos mas dá pra ter uma idéia.

Antes disso fomos buscar 10 lanches na sede do trabalho aqui para levar aos lideres da comunidade, só que na cozinha nos deram duas caixas enormes com 54 lanches e sucos, colocamos tudo na caçamba da caminhonete, assinei o protocolo do cozinheiro e pé na estrada. Só depois fomos perceber que os lanches não eram nossos, foi uma confusão. Distribuimos lanche pra todo mundo lá em Mussacama, depois ficamos sabendo que eram para uns técnicos da empresa que trabalho. Tarde demais!! Fizeram outros para eles!

Abreixes!!

Ao som de Intronaut – Null


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Erratas humanum est

Se aumentar a foto aparece eu saindo do embondeiro. Acredite e verás!

Se aumentar a foto aparece eu saindo do embondeiro. Acredite e verás!

Um grande embondeiro!

Um grande embondeiro!

Há uma errata.

Recebi um longo e-mail de meu amigo Leandro que lembrava toda a etimologia do adjetivo “bilontra”, utilizado por mim em duas ocasiões. A primeira se referia a mim, quando do feito da foto da autoridade policial, a segunda se referia a meu amigo Conrado Augusto, o famoso Augustinho das boas rodas da alta sociedade quatrocentana paulistana, habitué das colunas sociais e papai de plantão. O improvável aconteceu!! Sim! Eu errei! Ignorava o significado profundo e todo conceito submerso no adjetivo bilontreano. No entanto tive a memória refrescada pelas sábias linhas Leandrescas e agora, aqui, publico minha errata. Nunca quis referir-me a Augustinho como velhaco, tampouco a mim mesmo, mas sim, como um indivíduo de boa moral e costumes, como é de fato. Para resolver o feito de vez, substituí nos textos o uso do adjetivo bilontresco,  e depois de longa pesquisa no léxico do Balão Mágico (saudosa banda dos anos 80, qual nunca escutei, tampouco gostei), inseri o termo “Pimpão” em seu lugar, extremamente coeso com a ocasião. Desfeita a turba, oxalá erros assim não mais ocorram!

Aproveito para enviar a foto de outro embondeiro. Essas árvores são muito grandes mesmo, estou tentando dar uma proporção do negócio. Se prestarem atenção na foto tem um ser saindo de dentro do tronco, sou eu. Essa árvore é uma caverna, dentro funcionava uma cozinha, é grande, deve ter um pouco mais de 3 metros de uma parede a outra. Vou tentar tirar outras fotos.

Depois fui comprar umas balas e o vendedor organizava sistematicamente as balas de duas em duas, perguntei se ele vendia uma só. A resposta foi “Não, só duas!”, comprei seis, mas não sem antes tirar uma foto da organizada barraquinha dele. Depois quando estava indo embora uma mulher parou e perguntou:

– Porque ele está tirando foto?

– É das balas!! (respondeu ele)

– Vai entender brasileiro!!!

Fiquei pensando sobre isso, e ela está certa. Ando tirando foto de chinelo amarelo, camelô de bala, será que no Brasil faria mesma coisa?

Depois tentei dar umas balas para um casal de criancinhas na rua, todo empoeirados, quando mostrei as balas eles sairam correndo em disparada com cara de medo!

O que a nossa presença causa aqui?

Amanhã vou para Mussacama, não me pergunte onde é!

Na verdade estou com uma vontade muito grande de comer Virado paulista. Vocês não tem idéia da falta que um torresmo faz na vida de um homem!

 

Abreizas!

Ao som de slayer – Decade of Aggression LIVE


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Omoletes Conradianos

Como vão vocês todos por aí!?

Aqui tá tudo numa nice!

Tudo birináite!

Tudo all right!

Tá quente e tenho saudade de coisas básicas como pão francês. Aqui a gente come o que tem. Tenho vontade de ir no cinema também. Além disso tudo tenho vontade de estar a direita de deus pai todo poderoso, de onde há há há de vir julgar os vivos e os mortos.

Aqui é assim! Gosto de falar isso pois dá a impressão de que aqui é assim mesmo. Legal o Omolete, tinha pensado em ser um omolete com Omo, detergente seria como um tempero, mas acho que prefiro a alternativa dos ovos do mesmo sexo! Dica do Conrado Augusto, pimpão como sempre e futuro-papai de plantão!

Fim de semana que vem é feriado aqui, vou para um país vizinho que chama Malawi, sei lá o que vai rolar, mas me disseram que tem uma caminhonete indo, eu vou subir em cima e seja lá o Jah desejar!

Escrevi um micro conto:

Conheci uma ex-BBB. Ela é turbinada. Ela é sarada. Ela é uma ampola de sabedoria. Ela é global. Ela não é SBT. Ela é tudo o que sempre quis ser. Ela não tem conteúdo, mas está cheia de si. Ela não entende bulhufas de música. Ela samba miudinho. Ela sabe que já sofreu, e esconde isso querendo mostrar. Ela fez o “jogo” dentro da casa. Ela sorri a qualquer instante, e para qualquer coisa. Ela está pronta para os flashes. Ela quer o Amaury Jr no cangote dela, embora ele não seja da groba. Ela usa saia curta. Ela usa saia longa. Ela usa qualquer saia que derem para ela. Ela gosta mesmo é da atenção. Ela diz que não vai ligar se as pessoas esquecerem dela daqui uns meses, mas olhando bem lá no fundo dos olhos dela você já percebe uma ponta de angústia desse futuro e certo esquecimento. Ela nunca vai deixar de ser ex-BBB. Ela não vai estudar, nem começar a ler. Ou mesmo fazer um curso de técnico administrativo no Senac. Ela é um estouro. BUM!!!!

Fui!

Abraxas!

Ao som de Bad Brains – Black dots


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A pedidos... ...o menu do Copa!

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Marilina, um lugar sofisticado! Para os padrões locais!

Marilina, um lugar sofisticado! Para os padrões locais!

A pedidos envio o menu do Copacabana. Mas tem outro lugar que fica na Vila de Moatize que é um caso a parte. Chama Marilina. A história é a seguinte. Marilina, jovem portuguesa, casa com um homem mais velho, tipo ela tinha 17 e ele 50, e vem com seu old maridão para Moçambique fazer a vida aqui no sertão de Moatize. Porém o marido morre alguns meses depois da chegada, Marilina em um momento de atitude “E o vento levou” assume a bronca de viver sozinha em Moçambique e tocar o pequeno restaurante com a promessa de que um dia a mina de carvão voltaria funcionar. E não é que voltou!!! UEBA!!

Ela é conhecida por bater nos funcionários. Não sei se é lenda ou folclore local, mas não pago pra ver! Tem que ouvir todas as versões da história. Só tomei um café da manhã lá. Eles trazem o pão e o café e como quem não quer nada tem uma garrafa de Johnny Walker na bandeja, oferecem de maneira casual, como se fosse uma geléia a mais na mesa. Vai um whiskizinho junto com o pão na chapa?? A engenheirada local deve chupitar um malte desgraçento naquele lugar! Pros garçonetos oferecerem goró logo no período matutino é porque houve uma dependência de caminho que promoveu um processo cognitivo de aprendizagem local! Bonito esse momento institucional do dia!! 

Abreizes!

 

Rafa

Ao som de Groundation – Each one teach one


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Segunda etapa da Volta Ciclistica de Moatize

Embondeiro e eu mais a bike no pé da foto

Embondeiro e eu mais a bike no pé da foto

Era sábado de manhã e eu fui comer alguma coisa e junto com um brother local fomos ao talho (qe é como chama aqui o açougue) comprar picanha que vem de Botsuana para fazer um churrasco mais a noite. A picanha local parece tudo menos uma picanha, nem tem gosto de picanha, ou seja, não é uma picanha, mas como do outro lado do balcão tem um sujeito que fala Inhungue, com uma faca na mão, você compra a pseudo-picanha, agradece e reclama só lá na churrasqueira, lá na sua casa. No meu caso reclamei na casa de meu amigo pois moro em um hotel, o que é motivo para reclamar um pouco mais. Sobre a picanha e sobre o hotel.

Dessa vez eu fui o churrasqueiro, e pasmem!! Mesmo com todas as adversidades, mesmo com tudo caminhando contra, mesmo com o vinagrete fora do ponto, mesmo com a ausência de uma lingüiçinha como comitê de boas vindas ao evento fiz um baita de um churrasco. Pelo menos foi o que me disseram!

Mas antes disso tudo eu saí de manhã e fui bem longe de bicicleta. Peguei uma estrada maior, depois uma menor, depois uma menor ainda. Fui parar em um lugar bem vazio. Foi legal! Tinha os embondeiros, que é essa arvore da foto.

Muito grande!

Linda!

Vou tirar e postar mais fotos. Mas o calor das 11:00 da manhã mata o cidadão. É muito forte!

Hoje é domingo e eu tô com uma baita preguiça. Já falei com meus pais com a Pati e tá tudo bem! Que bom!

Vou dormir!

Abreize!

Rafa

Ao som de Primus – Sailing the seas of cheese


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Mea culpa

Falei de Ipanema no post passado! Amigo meu mora em frente a essa lanchonete, ele fala que mora de frente pra Copacabana! Postei para fazer justiça ao RJ, e também ao meu brother e Xará Rapha que vai construir uma batera de bambu! Ele já fez uma guitarra, vou colocar o link dele aqui no próximo post! Ainda não comi no Copacabana, prometo que irei assim que for possível!

Copacabana princesinha do mar!!

Copacabana princesinha do mar!!


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Voz de prisão!

Voz de prisão De manhã… …umas oito horas, a caminho do escriptorium, tem uma ponte em obras para atravessar. Como o trânsito anda lento aproveito para tirar umas fotos. Vi um cidadão com chinelo amarelo e boné rosa. Achei interessante as cores nas extremidades do cidadão, cabeça e pé. Não tive dúvidas e tasquei uma foto dele, porém atrás do cidadão haviam dois guardas. Se você prestar atenção um deles está com a mão levantada , na hora ele me disse:

– Você está preso, PRESO!!!

– Mas eu não tirei foto do Senhor, foi do chinelo dele!!! (nessa hora o cara do chinelo olha feio pra mim e o guarda repete.)

– PRESO, PRESO!!!!

(o pessoal dentro do carro disse para mim, não discute, pede desculpas rápido!)

– Tá! Tá!!!  OK! Me desculpe, foi mal, só queria fotografar o chinelo dele!

(o cara do chinelo olha feio de novo, ele não tava entendendo porcaria nenhuma, mas olhava feio porque tinha um policial falando “preso” e um branco falando e apontando “chinelo dele!”)

Nessa hora o trânsito andou então meio que o guarda Belo deixou por isso mesmo. Depois meu brother local Inocêncio disse que são policiais old school, ainda pensam como no tempo do socialismo, em que tudo poderia ser ameaça para o estado. Desde quando tirar foto de chinelo é perigoso para o estado. Perigoso é usar chinelo amarelo!!!!

O pior é que o trânsito estava devagar, então o cara do chinelo ultrapassou o carro algumas vezes, ficava naquela de acelera e para. Toda vez que ele passava do lado do carro olhava feio. E eu lá de ray-ban no ar condicionado todo pimpão!!!

Falous!

Abreixes!

Rafa

Guarda putão!!

Guarda putão!!

Ao som de Infectious Grooves – Sarsippious Ark


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Celebration

Ontem foi meu aniversário. Então o povo do escritório, galera gente fina, foi tomar umas comigo num bar/restaurante local que chama Why not?, o lugar é um dos poucos que tem comida que parece limpa. Administrado por sul africanos tem um rango bom e uma beer gelada. Comi um prato chamado bitoque, que consiste em um bife a cavalo, mas a carne é dura, muito dura. Se você tentar fazer uma carne dura não vai chegar nem perto dessa daqui. A carne é dura e a faca é mal afiada, então a refeição é uma luta. Putz quando voltar ao Brasil vou numa churrascaria, pode ter certeza. No meio do jantar a luz da cidade acabou, tudo no completo breu. Pagamos e fomos. Cheguei no hotel sem luz e sem sono, não tive dúvidas, a noite estava fresca, um vento bom, saí andando a toa, sozinho na completa escuridão. E aqui meu amigo quando fica escuro pódicre que é escuro mesmo. Tinha estrelas porque não tem cidade perto e não é poluído como São Paulo, então a caminhada foi boa. Sem piadinha, mas é real, as vezes percebia alguém perto quando estava muito perto, não se via as pessoas, mas as ruas estavam vazias. Acabei que voltei em um lugar que já tinha ido anteriormente, as barraquinhas. Não tem foto porque o esperto aqui saiu sem a câmera. Mas também esse negócio de registrar e fotografar tudo é um saco, e meio invasivo, parece que nunca viu!!! De fato algumas coisas eu nunca tinha visto, mas não vêm ao caso. As barraquinhas é uma quadra onde corredores apertados, menos de um metro as vezes, compõem uma sucessão de barraquinhas (há, entenderam o nome agora!) vendem de tudo, goró e rango. Não dá pra comer, é sujo, eu não arrisco, mas pra beber é bom. Entrei lá e fui até o fundo, é tranqüilo, mas se necessitar de uma saída rápida… …não vai rolar. Então sorrisos e boa noite são uma boa tônica para o lugar. Sentei num saco de carvão com uma cerveja e fiquei a escutar as pessoas falando e passando. Uma mulher grande me pergunta o que faço, explico superficialmente. Dois caras sentam e conversam que querem conhecer Ipanema, a praia, digo que o que eles viram na novela é tudo mentira, e que devem ir para São Vicente que é um praião e é divertido! Eles anotaram o nome da praia, explico que tem que descer via terminal Jabaquara, eles anotaram também. Agradeceram e continuamos conversando sobre outras coisas, falamos do tempo, da luz, do Habibs (que eles também não conhecem, mas esse nome eles não anotaram, vão perder um esfihão), de futebol e outras coisas mais. No fim eles eram bem gente fina. Mas Ipanema não dá né! Tudo isso a luz de velas e brasas em que os frangos assavam em grelhas pretas. Foi legal. Quente! Tomei mais umas duas em outras barracas. O lugar é feio, mas é legal por causa disso, me senti bem lá. Voltei pro hotel ainda sem luz e dormi pra acordar cedo e ter uma reunião com um cara que chama Alface. Dá pra crer!? Meio ressaquento, com a tampinha da cerveja no bolso ainda. Quando puxei o celular do bolso ela cai sobre a mesa do Sr. Alface. Acho que pegou meio mal! Mas tá tudo bem! Depois mando uma foto das barraquinhas!!!

Fiquem bem!arvore sem fio2

Abruxas

Ao som de Dub Trio – Another sound is dying


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Volta ciclística de Moatize!

Perguntei no hotel se eles poderiam colocar água no quarto. Pra beber. Água mineral sabe! Porque eles colocaram um frigobar mas não tem nada dentro, acho que é porque deve ser um puta luxo ter um frigobar, mas comida seria pedir demais. Muita gente come pouco por aqui. Levei eu mesmo uma caixa de garrafa de água pro quarto, tipo abastecimento de bunker. Eles devem achar que sou um tipo de dromedário humano, que bebe 500 litros,  uma vez por ano e passa seis meses andando por aí!

Aliás por falar em andando por aí nesse fim de semana último dei uns rolês de bike. Foi bem legal! Como sou o único branco andando de bicicleta é mais ou menos como se estivesse pelado, todo mundo olha. E eu pelado é um espetáculo a parte!! Percebi também que a campainha que tem na bike, aquelas antigas que fazem  trim-trim bem alto, são usadas aqui não para avisar de sua presença, ou mesmo para alertar outros transeuntes e motoristas de plantão, mas sim tem a função local de saudar quem quer que seja, amigo, amante, parente, etc. Não sabendo de tal peculiaridade quando algum carro se aproximava e demonstrava perigo (o que consiste em mais de 70% do trânsito visto que eles não sabem dirigir) eu tascava a mão na campainha!! Eles em retribuição acenavam alegremente enquanto dentro de mim o ódio-ciclista-contra-o-carro crescia forte, gordo e saudável. Depois de 20 minutis (como diz o Mussum) percebi que a campanhia é um tipo de “hey brother!” e não um “Vai tomá no cú brother!”. Desfeita a confusão prossegui o passeio sem utilizar da campainha, o que foi uma pena, visto pedalar e usar a campainha foi um dos maiores prazeres que tive aqui desde que cheguei.

Tem uma vantagem. Aqui é como na Inglaterra, o trânsito anda ao contrário, mão inglesa sabe!? Então para quem tem vontade de descer uma rua e entrar rasgando de bike na contramão, pode fazer numa boa! Na verdade você vai estar obedecendo a lei, mas com a falsa sensação interna de que tá fazendo coisa errada! Outra coisa bem legal é fazer rotatória ao contrário! No passeio de bike dei umas três voltas seguidas na rotatória local, (a única da cidade) só pra sentir a transgressão invadido minha mente. Depois percebi que estava fazendo tudo certo, então fui embora tomar refrigerante sabor corante vermelho.

Acho que vou comprar uma moto. Tem umas chinesas de 50 cilindradas, baratinho!

Abraxas!

Rafa

A galera curte uma foto! E eu também!

A galera curte uma foto! E eu também!


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Kuatchena

Indo embora com uma puta sede!

Indo embora com uma puta sede!

Esse é um mercado que chama Kuatchena. Não sei como se escreve. É onde o moçambicano compra sua comida e roupa. Povão mesmo. Um labirinto de vielas e barraquinhas e gente carregando e vendendo de tudo. Me enfiei la no meio e foi bem legal. Três moleques me seguiram o tempo todo, eles rodavam pneus velhos de moto como brinquedo, não paravam de olhar para minhas pernas, ficaram vidrados. Me senti a Luma de Oliveira na Sapucaí! Não… …me senti um btanco no meio de um lugar onde só tem preto e gente muito pobre mesmo! Comprei um canivete, descobri depois que estava quebrado, vou voltar lá e reclamar com a faca na mão!!!

Acho que posso entrar gritando com o a lamina aberta e perguntando onde tá p f*%$ da p%@# que me vendeu o canivete quebrado.

Acho que vou ficar com ele quebrado mesmo!

moleques-kuatchena

Esses são os moleques que me seguiram durante uns 50 minutos!

Vai uma foto aí! Eu em meu momento turista deslumbrado!


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Oficinas

Outra bicicletaria local.

Outra bicicletaria local.

Fui adquirir uma bicicleta dias atrás. Antes de mais nada fiz uma longa pesquisa entre as duas marcas locais, que por sinal fazem o mesmo modelo. Então não tendo muito a pesquisar fui lá e escolhi a que tem o nome de Hunter, fazendo assim justiça ao espírito de gringo-na-africa. Hunter!

Faltou dizer que as marcas são locais da China, como em todo lugar do mundo aqui os chineses estão a invadir ora pois! Eles vendem tudo quanto é badulaque pros moçambicanos, que, desprovidos de tudo quanto é bem material compram na medida do possível. E esse possível é bem pouco!

Mas voltando a bike, numa dessas pesquisas fui conversar com um cidadão no fundo de uma loja que sentado no chão montava as bicicletas. Desnecessário dizer que o lugar era imundo e que no lugar de chaves e ferramentas diversas ele fazia tudo com “um” alicate. No momento da conversa ele montava os raios do aro, e percebi que conforme ele falava alguma coisa reluzia na boca dele, pensei ser um aparelho de ortodontia, mas logo descartei pois o cara nem dentes tinha. Cheguei mais perto e fiz outra pergunta, quando ele falou percebi que todas as porcas e arruelas do aro estavam dentro de sua boca, ele colocava ali para ser mais fácil tirar e colocar na montagem do aro. Então observei, e vi, que ele separava na boca a porca e a arruela para a montagem das rodas, intercalando e otimizando a linha de montagem, que se resumia a ele mesmo. Uma hora saia da boca uma arruela, que era colocada em seu lugar, depois vinha uma porca, que sempre traz consigo um pouco mais de baba, dá-se um apertãozinho e vamos para o outro raio. Terminada esta roda ele não titubeou e pegou um montinho de porcas e arruelas que estavam no chão, cheio de óleo e areia, deu umas batidinhas pra tirar o grosso e colocou tudo na boca, iniciando assim a montagem de mais uma roda. Oficina moderna. No pneu da minha bicicleta tem um pouco de baba africana, nada mais colonizador ou estrangeiro dominante que isso.

Descobri que existe também o dia da mulher que é 7 de abril, devia ser 1º de abril, maior mentira. Elas sofrem o ano inteiro e ficam com um dia só para elas. No dia da mulher elas podem sair a tarde e beber, mas depois tem que prestar satisfação aos maridos, e quando anoitece voltam pra casa. Tudo mentira que é dia delas.

Conheci um cidadão que chama Verniz Manjericão, você pode achar que é brincadeira mas não é! Os portugueses que aqui estiveram não sabiam escrever os nomes dos africanos, então colocavam a função ou alguma outra palavra que tivesse relação com a família do cidadão. Tive uma reunião com uma pessoa chamada Sr. Tapuletha Trabuco. Mas mantive a seriedade o tempo todo!

Ah… …conheci também uma agradável senhora gringa americana que está fazendo o lindo trabalho de traduzir a bíblia para os idiomas africanos como o Inhungue, assim ela poderá catequizar toda a África com a palavra do Jéza nos dialetos locais. Não é bunitu isso! Jéza is beautiful! Os costumes, lendas e tradições locais que se fodam, vamos enfiar o salmos goela abaixo e colocar todo mundo de joelho pra repetir o credo! Agora todo mundo com a mão pro alto!! É parecido com uma micareta, mas tem menos cerveja!

Fui!

Abreizes!

Quero deixar aqui meu agradecimento a Geraldo Martins por ter dado a idéia do blog (vejam link para o blog do Geraldo nos links que indico) e ao Mateus Potumati (vou colocar um link para o Mateus logo mais) que também me incentivou e construiu a página para mim. Valeu mesmo! Thanks!


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Dia normal

Inocencio, um brother local!

Inocencio, um brother local!

Ontem voltando do trabalho, por volta das 7 da noite, a pé, escuro pra burro, porque tem uma lâmpada de 30 velas a cada 400 metros e todo mundo é negão, então não consigo ver ninguém, e eu lá no meio parecendo um marca texto pilot amarelo, mó bandeira, mas fui comprar umas bananas numa banca que nem sei por que parei ali, era o pior lugar para comprar banana, todas as outras bancas tinham frutas melhores, mas comprei mesmo assim, fiquei com vergonha de ir embora. Caipirice minha mesmo.

Depois fui numa vendinha dum indiano e só tinha uns queijos podrões lá. Comprei mesmo assim porque estava com vontade de pão com queijo, aproveitei e tomei um refrigerante local, chamado Sobo e que tem o delicioso gosto de corante amarelo. Depois fui na mesquita que não me deixaram entrar, insisti, mas de nada adiantou, disse que precisava “ver-lá-dentro” pois iria embora do país amanhã, eles disseram que tudo bem, desejaram boa viagem e fecharam o portão. Amanhã volto lá e digo que meu vôo atrasou, e que agora é sério mesmo, preciso entrar pra rezar ou vou me foder com o Alah.

Antes de ir pro hotel, que chama Smart Náira, um hotel de uma estrela com serviço de cinco estrelas, está escrito na placa da porta, voltei da mesquita para o indiano porque tinha esquecido de comprar água, comprei 4 garrafas e ele não tinha troco, me deu em chicle (artimanha universal essa de dar bala e chicle no lugar do troco), devolvi o chicle e disse que queria meu dinheiro mesmo. Ele disse de novo que não tinha, então devolvi as águas e fui comprar em outra venda, que descobri que fecha cedo. Voltei ao indiano e peguei as águas e as balas de troco. Desgraça!

Aqui tomo água pra caramba, e há entre os gringos a paranóia de que tem que ser mineral de garrafinha, então até nos banheiros para escovar os dentes usa-se água mineral, eu uso da torneira mesmo. Desconfio que tem gente que até lava a mão com água de garrafinha. Bom… …aí é pobrema deles! Mas é necessário beber muita água, o clima é quente e muito seco e ficar doente aqui não é uma boa estratégia, então manter-se hidratado é legal. O que ocorre é que todo mundo, branco, anda o tempo todo com uma garrafinha de água na mão, pra cima e pra baixo, então parece que você está numa rave, só falta o trance-jungle-beat-disco-mega-mix-dildo-turbo-5000, daí os branquelo ia delirar.


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Suvaco!

Moleques perto do trampo!

Moleques perto do trampo!

Aqui no escritório as lâmpadas ficam acesas o dia inteiro. Tem janelas grandes e um sol de rachar lá fora, mas mesmo assim as lâmpadas ficam acesas. Como tenho uma espécie de TOC em relação a lâmpada acesa e torneira aberta sempre apago a luz aqui. Tem uma em especial que fica no corredor que eu sempre apago, e tem um sujeitinho que acende. Ontem ele acendeu, e eu apaguei, isso aconteceu umas três vezes durante o dia, entre idas e vindas da cozinha e do banheiro, apagava a luz. Na última ocasião em que ele acendeu a luz, esperei um pouco, quando levantei e estava com o dedo no interruptor pra apagar ele saiu da sala e me viu, apaguei do mesmo jeito. Como todo africano ele não moveu um músculo da face, mas devia estar pensando alguma coisa por dentro que não tenho o mínimo interesse em saber.
Aliás eles deixam tudo aceso, aberto e ligado, a torneira da cozinha fica aberta também, a água indo ralo abaixo e todo mundo conversando e dando risada. É bonito de se ver. Daí você diz: “Pode fechar a torneira?”, e elas respondem, “Estou a usar!”, com o sotaque lusitano fazendo jus a maneira de utilizar a água.
Na frente do escritório tem um bairro bem popular. No Brasil seria chamado de favela, mas para os padrões locais de assentamento urbano é um bairro comum, não dividido em ruas, mas sim com vielas tortuosas que ainda não percorri, e pelo jeito nem vou me meter lá no meio. Eles gostam muito de assitir filmes e tem uma espécie de cineminha, composto por um aparelho de TV e um DVD, em que pequenos grupos ficam a ver filmes o dia todo. Ah… …são uns playboys esses africanos, bons vivants, curtem a vida, o dia e o jeito quente que o continente aplica sobre o ser. O detalhe é que daqui onde estou não consigo ver a TV, porque está lá no meio do tortuoso-bairro-que-não-vou-visitar-pelo-jeito, mas o sistema de som dos filmes é dividido com todos através de um potente, e de baixa qualidade, alto-falante. Então passamos o dia a escutar filmes aqui no escriptorium. As vezes rola uns de terror e da pra saber os picos de tensão típicos do cinema norte americano. Semana passada rolou um em que tocava uma música que se parecia com aquela “…chorando se foi, nã, na, na…” sabe?
Mas eles gostam mesmo é das comédias românticas… …ah, o viver africâner!! Na verdade eu não sei que filme eles assistem. Mas sei bem o que eles estudam, o que ando lendo de relatório de ensino do governo do Moçambique não tá no gibi!
As mulheres se vestem com uns panos coloridos enrolados na cintura por cima da saia, no tronco e carregam os filhos de um jeito muito legal, chamam Kapulana, muito bonito.
Como nem sempre a água ta gelada como uma bala tipo halls extra-forte, na verdade é uma que chama Fishermans friend Super strong mint, e tomo água na seqüencia, assim parece que ta geladinha. Comprei um pacote grande dessas balas, tinha nada pra fazer quando passei pelo aeroporto de Johanesburgo, uns dólares marcando bobeira na carteira… …gastei tudo em bala!
Amanhã vou a uma feira popular. E pergunto:
Tem alguma coisa aqui que não seja popular?
Aqui não se usa desodorante, o povo tem uma catinga desgraçenta, e para eles ta tudo ok. O garçom que traz a sua comida para a mesa segurando o prato com o dedo parte sobre o bife também tem futum suvacal. Você sente a uns 3 metros de distância. É sério! Amigo meu que morava no outro hotel da cidade disse que uma vez pediu uma toalha a camareira e ela trouxe debaixo do braço. Impossível usar, pediu pra trocar, e ela veio de novo com a toalha debaixo do braço. Ele pediu pra trocar pela terceira vez e disse bem claro carregue com as mãos, não coloque debaixo do braço. Parece brincadeira mas não é. Impossível usar a toalha, bote fé. Parece que o povo acorda cedo procura um gambá e passa no sovaco.
Vou comer, tô com fome!
Abraxas
Rafa


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Orientador

 

Trocando uma ideia com a rapaziada que frequenta a Fofinha!

Trocando uma ideia com a rapaziada que frequenta a Fofinha!

Acabei de descobrir que não estou em Moatize, mas sim em Tete, Moatize é do outro lado do rio. Fui comprar água e umas beers em uma birosca que chama fofinha, nada mais que um buraco numa parede suja e malcheirosa onde uns 20 moçambicanos ficam bebendo do lado de fora numa rua poeirenta de terra. Comprei e saí, eles ficaram falando da negra que tenho tatuada na perna, fiz de conta que não entendi, se eu arrumasse uma confusão ali teria sérios problemas. Aliás um brasileiro que aqui mora contou que lincharam um cara ontem na frente da casa dele. Esse papo de que aqui é tudo muito tranqüilo e pacífico pode funcionar para a capital, mas aqui no interior onde estou a coisa rola de outro jeito, Me disse que um cara tentou roubar a moto de uma mulher e os caras da rua bateram nele até a morte, o Estado não existe aqui, eles resolvem na mão mesmo. Fiquei muito mais cuidadoso depois dessa, acho que não vou invadir nenhuma casa como o pretendido. Não tem nada, umas duas vendinhas e tudo bem sujo. Moro num hotel que não lembro o nome, mas tem uma infra legal, os militares batem continência para mim, respondo com um positivo e as vezes com um sinal de metal (indicador e mindinho) dizendo YEAH! Eles levam a sério e mantêm a continência.

Aliás… …o olhar do negro moçambicano é um misto de que-porra-você-ta-fazendo-aqui com você-é-branco-tem-mais-dinheiro-que-eu-então-me-ajuda um misto de desprezo e submissão, ainda vou pensar isso melhor, mas, por exemplo, educadamente dei passagem na rua a uma mulher e ela se recusou a passar antes de mim, insisti e ela baixou a cabeça e ficou imóvel. Outra situação, cumprimentei  com aperto de mão e olhar nos olhos agradecendo os caras que carregaram minha mochila no hotel e no aeroporto pequeno de moatize, eles me olharam com espanto, tipo, que-ce-tá-fazendo, depois, meio segundo depois, um largo sorriso e algo como reconhecimento estampado na cara. Não sei, me sinto um aproveitador, preciso pensar isso melhor.

Conheci um cachorro, me disseram que ele era agressivo e arredio, fui chegando e brinquei com ele um tempão, a galera da rua ficou de cara, um dog bonito, de rua, vou tirar uma foto dele, acho que faltava carinho pra ele, não lembro o nome dele. Vou voltar lá.

Vou dormir!

 

Falous


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Corrida de Kart

Fofinha, a place to be!

Fofinha, a place to be!

Sexta feira aqui é chamado de Dia do Homem, no começo pensei ser
alguma coisa de igreja ou coisa assim, mas não, o Dia do Homem
consiste na liberdade do sujeito sair na sexta, beber, fazer o que
quiser e voltar para casa sem dar satisfações a ninguém, é o dia da
farra, dia em que eles voltam a ser solteiros. Tive a lúdica
oportunidade de participar de tal festejo, que acontece todas as
sextas feiras. Não é nada demais. Consiste em uma bebedeira grande, o
único diferencial é que as mulheres não reclamam depois. Como minha
cônjuge está no Brasil, então não corria esse risco. Agora sim pois
cometo o deslize de escrever e mandar com cópia para ela. Prova de que
não fiz nada de errado.
As mulheres aqui não tem vez em nada, elas não participam de nenhuma
tomada de decisão, o único direito delas é trabalhar nas Machambas
(que é a roça local para subsistência), cortar e carregar a lenha na
cabeça, cuidar dos filhos e arrumar o que comer, o homem bebe e fica
andando de lá pra cá de bicicleta.
Abridor de garrafas aqui chama abre-garrafas, não adiantou eu
argumentar que chama “abridor” apenas, pois eles dizem que abridor é
algo que abre tudo, e aquele objeto abre apenas garrafas. Faz sentido.
Então cheguei à conclusão que no Brasil muitas vezes o abridor de
latas, que tem abridor de garrafas junto no mesmo objeto, é chamado de
abridor. Isso não mudou a vida de muita gente aqui, eles não
entenderam. Aliás o raciocínio do moçambicano é igual ao do português,
é lógico, mecânico e no meu entender lento. Eles assistem ao mesmo
filme duas vezes seguida e se interessam por ele da mesma forma, como
se estivessem vendo pela primeira vez, olhos fixos na TV, não percebem
mais nada do que acontece em sua volta, hipnotismo total.

Pedi ao cozinheiro do hotel que ele fizesse purê de batatas, o diálogo
aconteceu da seguinte forma:
– Você sabe fazer purê batatas?
– Sim, sei.
– Então gostaria que hoje no jantar você fizesse purê de batatas com
frango, ok?
(Neste momento vejo sobre a bancada da cozinha uma pilha de batatas
cortadas em formato de fritas)
– Não é possível, estão cortadas para fritar.
(Detalhe que tem 2 hóspedes no hotel e o restaurante funciona para
atender estes dois hóspedes, sendo que um deles sou eu.)
– Mas… …basta pegar a quantidade de batatas que você ia fritar
para meu prato, cozinhar na água e amassar!? Certo!?
– Não é possível, estão cortadas para fritar.
– Mas dá na mesma!!!! Não importa o formato, para purê vai amassar
depois, então pode ser feito purê de batatas mesmo com elas cortadas
no formato para fritar, certo!?
– Não é possível, estão cortadas para fritar.
– …
– … (Silêncio em que o cozinheiro olha para você sem mover um
músculo da face, não há qualquer indício de movimentação interna ou
raciocínio no ser)
– ok, você venceu, batata frita!

O pior é que isso é corriqueiro, em todas as situações eles agem
assim, o Lucas que trabalha comigo acenou com um cigarro na mão para a
copeira aqui do escritório e disse “Sra. Laurentina traz uma caixa de
fósforos por favor!). Ela prontamente entrega a ele uma caixa de
fósforos vazia. Ele diz mostrando o cigarro: “Mas Laurentina está
vazia essa caixa!!“, ela responde, “Mas o Sr. Pediu a caixa, eu tirei
os fósforos de dentro.”

Tem um caminhão de situações, mas por hoje chega!
Só mais uma. Hoje no cardápio tinha arroz, feijão, bode ensopado e
camarão frito.
Sensacional!
Coloquei tudo no mesmo prato e mandei ver. Vai saber quando teria
oportunidade de comer bode com camarão de novo!!

Abreize!


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Maputo é Nóis

Ja encontro-me em Maputo, capetal do Moçambique. O tecrado e deferente
entonces vai tudo sem acento.

Aqui eu me sinto aqueles gringos cor de papel sulfite que a gente ve
na Praça da Republica andando de boca aberta olhando pra cima. So tem
pretos, e raro ver um branco e quando vejo ele esta dentro de uma
Mercedes ou algo assim.

O Oceano Indico e parecido com o Atlantico, um monte de agua.

Vou dormir que estou zumbi de sono, depois mando as novas do
mundinho africaner.

Fiz uma poesia no voo:

Uns nasceram pra brilhar no mundinho
Outros nasceram pra correr o mundao
Eles passarao eu passarinho
Disse assim o poeta cuzao

Abreize

Rafas