Boiando em Moçambique

Desventuras de Rafael Moralez na África

Erratas humanum est

2 Comentários

Se aumentar a foto aparece eu saindo do embondeiro. Acredite e verás!

Se aumentar a foto aparece eu saindo do embondeiro. Acredite e verás!

Um grande embondeiro!

Um grande embondeiro!

Há uma errata.

Recebi um longo e-mail de meu amigo Leandro que lembrava toda a etimologia do adjetivo “bilontra”, utilizado por mim em duas ocasiões. A primeira se referia a mim, quando do feito da foto da autoridade policial, a segunda se referia a meu amigo Conrado Augusto, o famoso Augustinho das boas rodas da alta sociedade quatrocentana paulistana, habitué das colunas sociais e papai de plantão. O improvável aconteceu!! Sim! Eu errei! Ignorava o significado profundo e todo conceito submerso no adjetivo bilontreano. No entanto tive a memória refrescada pelas sábias linhas Leandrescas e agora, aqui, publico minha errata. Nunca quis referir-me a Augustinho como velhaco, tampouco a mim mesmo, mas sim, como um indivíduo de boa moral e costumes, como é de fato. Para resolver o feito de vez, substituí nos textos o uso do adjetivo bilontresco,  e depois de longa pesquisa no léxico do Balão Mágico (saudosa banda dos anos 80, qual nunca escutei, tampouco gostei), inseri o termo “Pimpão” em seu lugar, extremamente coeso com a ocasião. Desfeita a turba, oxalá erros assim não mais ocorram!

Aproveito para enviar a foto de outro embondeiro. Essas árvores são muito grandes mesmo, estou tentando dar uma proporção do negócio. Se prestarem atenção na foto tem um ser saindo de dentro do tronco, sou eu. Essa árvore é uma caverna, dentro funcionava uma cozinha, é grande, deve ter um pouco mais de 3 metros de uma parede a outra. Vou tentar tirar outras fotos.

Depois fui comprar umas balas e o vendedor organizava sistematicamente as balas de duas em duas, perguntei se ele vendia uma só. A resposta foi “Não, só duas!”, comprei seis, mas não sem antes tirar uma foto da organizada barraquinha dele. Depois quando estava indo embora uma mulher parou e perguntou:

– Porque ele está tirando foto?

– É das balas!! (respondeu ele)

– Vai entender brasileiro!!!

Fiquei pensando sobre isso, e ela está certa. Ando tirando foto de chinelo amarelo, camelô de bala, será que no Brasil faria mesma coisa?

Depois tentei dar umas balas para um casal de criancinhas na rua, todo empoeirados, quando mostrei as balas eles sairam correndo em disparada com cara de medo!

O que a nossa presença causa aqui?

Amanhã vou para Mussacama, não me pergunte onde é!

Na verdade estou com uma vontade muito grande de comer Virado paulista. Vocês não tem idéia da falta que um torresmo faz na vida de um homem!

 

Abreizas!

Ao som de slayer – Decade of Aggression LIVE

Autor: rafaelmoralez

Rafael Moralez é natural do interior de São Paulo, formado em Filosofia, possui Doutorado em Planejamento e Gestão do Território. Produziu durante muitos anos o Fanzine Produto do Ócio, publicação que ainda mantém ativa com edições esporádicas. Também lançou os dois livros de história em quadrinhos Peixe Peludo em parceria com Rodrigo Bueno. Tem mais dois outros livros publicados, um relato de viagem chamado Boiando em Moçambique, editado pela Balão Editorial, e o livro acadêmico Energia, desenvolvimento e sustentabilidade, este última em parceria com o professor Arilson Favareto, pela Editora Zouk. É o criador e organizador da Feira de Publicações independentes Mercado de Peixe, que já está na quinta edição. Como ilustrador colabora com a revista de Filosofia Política Fevereiro.

2 pensamentos sobre “Erratas humanum est

  1. eu sei a falta q um torresmo faz. to pensando seriamente em ralar o saboroso couro de porco na papinha do filhote pra ele sentir o bruto logo cedo
    abraço

  2. Impressionante o tamanho dessas árvores!
    Elas estão vivas? Não possuem folhas mesmo?
    Curiosidades de uma biólóga vc entende.
    Abreizes (adorei “abreizes”).

Deixe um comentário